O presidente
Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública no Estado do Rio
de Janeiro. O decreto foi publicado na manhã desta sexta-feira, 16/02. A
informação foi confirmada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Matéria do
Portal G1 informa que a decisão foi tomada em reunião no Palácio da Alvorada,
na noite de quinta-feira, 15/02. A intervenção na segurança teve a anuência do
governador Luiz Fernando Pezão.
A
intervenção suspende qualquer alteração na Constituição, como, por exemplo, a
PEC da Previdência que tinha votação marcada para a semana que vem.
Temer
designou também que o General Walter Souza Braga Neto, do Comando Militar do
Leste, será o interventor.
O Congresso
será convocado para apreciar o decreto, como prevê a Constituição. Mas o
presidente do Senado disse que ainda não há data definida para a tramitação do
texto.
A reunião
foi longa. Estavam no Palácio da Alvorada o governador do Rio, Luiz Fernando
Pezão, os ministros Raul Jungmann, da Defesa, Torquato Jardim, da Justiça,
Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, Henrique Meirelles,
da Fazenda, Dyogo Oliveira do Planejamento e Moreira Franco, da secretaria
geral da presidência. Além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do senado,
Eunício Oliveira.
Participantes
do encontro relataram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi,
inicialmente, contrário a essa solução para a escalada da violência no Rio. Mas
depois foi convencido a aceitar a decisão já que o próprio governador estava de
acordo.
O texto do
decreto foi escrito durante o encontro. Eunício Oliveira disse que, até o fim
da reunião, não ficou estabelecido o período que a intervenção vai durar.
A reunião,
logo após o carnaval, ocorreu em meio à escalada de violência registrada no Rio
de Janeiro. Houve arrastões, assaltos nos blocos, pessoas foram roubadas a
caminho da Sapucaí, saque a supermercado, entre outros crimes, da Zona Sul até
a Zona Norte da capital. Além disso, três PMs foram mortos durante o carnaval.
O governador
Luiz Fernando Pezão admitiu que houve falha no planejamento de segurança. “Não
estávamos preparados. Houve uma falha nos dois primeiros dias, e depois a gente
reforçou aquele policiamento. Mas eu acho que houve um erro nosso”, disse
Pezão.
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