quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

OPINIÃO - COLUNA O ESTADO MAIOR - O PODER MUDA


Em outubro de 2017, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), cuja carreira política – dele e da família – foi toda construída sob o prestígio do ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido), fez um inflamado discurso, em um evento de pré-campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) em São Mateus.
“É mais do que justo esse pleito do deputado Zé Reinaldo, justamente por tudo o que ele representa ao nosso campo político no Maranhão. Sem a história do governador Zé Reinaldo, não teria surgido o Flávio Dino, não teria o Jackson [Lago] vencido em 2006, não teria sido a história do jeito que foi”, disse.
Quatro meses depois, diante da confirmação de que Flávio Dino não iria mesmo apoiar Tavares – resultando no rompimento entre os dois -, o discurso de Rubens Júnior mudou completamente. Para ele, agora, a história do ex-governador já não tem qualquer importância, diante da “orientação do PCdoB”.
“Eu sigo orientação do PCdoB. Em tempo de pré-candidatura, o apoio é inicial. Que pode se confirmar ou não. Meu apoio é irrestrito no campo político ao governador Flávio Dino”, disse Pereira Júnior, ontem, em entrevista ao blog do jornalista Gilberto Léda.
A postura do jovem deputado do PCdoB encerra uma famosa máxima da política: “É melhor sofrer no poder do que fora dele”.
Juntos – Outro traído por Flávio Dino, o empresário Dedé Macedo mantém projeto de apoiar a candidatura de José Reinaldo ao Senado. Pecuarista e empresário, Macedo foi um dos pilares da estrutura usada pelo comunista em 2014, com cessão, inclusive, de um helicóptero para uso exclusivo na campanha.
No poder, Flávio Dino ignorou o empresário e o isolou até mesmo das visitas ao Palácio dos Leões.
Terceira via – José Reinaldo já começou a atuar para formar a terceira via nas eleições de outubro. Ele quer reunir no mesmo palanque o senador Roberto Rocha (PSDB), o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), o federal Waldir Maranhão e o prefeito Hilton Gonçalo (PCdoB).
A ideia é chamar também o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), e o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD).

Estado Maior

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