Roberto Costa: corrida pela reeleição sem abandonar
a luta por Bacabal, onde o processo eleitoral está aberto
“Vou para
a reeleição, porque a Assembleia Legislativa é o meu foco político. Mas não
abro mão de lutar para mudar as coisas em Bacabal, porque a Prefeitura de lá
está sendo loteada por um grupo que só pensa em sugar as finanças do
Município”. Os dois eixos, e mais São Luís, onde tem forte atuação, são a base
que mantém a ação política do deputado Roberto Costa (PMDB), o mais ativo e
independente quadro da corrente liderada pelo senador João Alberto (PMDB)
dentro do Grupo Sarney. Depois de mais de um ano na guerra judicial que mantém
aberto o processo eleitoral em Bacabal, como candidato a prefeito, Roberto
Costa decidiu priorizar o seu mandato parlamentar, convicto de que a situação
será revertida, com o afastamento definitivo do prefeito José Vieira (PR) e a
posse do presidente da Câmara, vereador Edvan Brandão, seu aliado, “que será o
prefeito por um bom tempo, até que a situação se resolva em definitivo”.
Nesse
contexto, o deputado se programou para intensificar sua ação no parlamento,
manter a ação independente da bancada pemedebista, dar suporte parlamentar ao
presidente Othelino Neto (PCdoB), e acelerar a corrida pela renovação do
mandato. Ao mesmo tempo, contribuir para que o partido defina suas prioridades
e o quadro de alianças em torno da provável candidatura da ex-governadora
Roseana Sarney ao Governo.
Aos 43
anos e reconhecido como um dos quadros mais destacados da geração forjada no
movimento estudantil dos anos 80/90 e que está chegando ao poder, o deputado
Roberto Costa tem como mentor político o senador João Alberto, cm quem discute
e planeja seus passos e traça o futuro do PMDB. Na Assembleia Legislativa, atua
com independência e com um pragmatismo inteligente, operando como um dos
principais articuladores da Casa. Atuou forte na gestão do presidente Humberto
Coutinho (PDT), com quem mantinha um sólido elo de amizade e identificação
política, mesmo estando em campos opostos. Em meio à comoção pela morte de
Humberto Coutinho, foi o autor do projeto de lei que, aprovado, garantiu que o
então 1º vice-presidente Othelino Neto ascendesse automaticamente à
presidência, sem necessidade de nova eleição, que poderia quebrar o equilíbrio
no parlamento. Como operador político, construiu um amplo leque de relações
dentro e fora da Casa e mantém com o Governo uma convivência pragmática e
produtiva, às vezes ajudando na solução de pendências complicadas, às vezes se posicionando
contra medidas propostas pelo Palácio dos Leões, mas usar o radicalismo como
método de ação. Mesmo distante e sem contato direto, alinhavou uma convivência
respeitosa com o governador Flávio Dino (PCdoB).
– É uma
relação de respeito mútuo entre adversários – explica, lembrando que essa
convivência vem de um “pacto” de geração forjada no movimento estudantil, de
onde saíram políticos ele é vários nomes que estão assumindo o poder no
Maranhão.
O
deputado Roberto Costa defende que agora o PMDB deve começar a definir suas
ações para as eleições, a começar pelas candidaturas para o Governo do Estado e
para o Senado, cuidando também das chapas para a Câmara Federal e Assembleia
Legislativa. “O partido é forte, tem muitos quadros bons. Podemos fazer um arco
de aliança forte e entrar para disputar a eleição para valer em todos os
níveis”, avalia, enfatizando que a ex-governadora Roseana Sarney pode liderar o
partido e o grupo para uma campanha de bons resultados. Avalia que o governador
Flávio Dino é forte, se o deputado Eduardo Braide (PMN) se lançar candidato, a
disputa irá para um segundo turno. “O resultado será imprevisível”, avalia.
Roberto
Costa assinala também que a arrancada do PMDB para as eleições depende de uma
definição de como irá para o pleito presidencial. “Quem será o candidato
do partido? O presidente Michel Temer? O presidente (da Câmara Federal) Rodrigo
Maia (DEM)? Revela que tem discutido esse cenário com o senador João Alberto,
que acredita que esse cenário será definido até abril. “Quanto antes melhor”,
diz.
Do Blog do Abel Carvalho
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