Embora o grupo do governador Flávio
Dino (PCdoB) tente forçar a barra de um cenário consolidado a ponto de levá-lo
à vitória até em primeiro turno, o fato é que nada no processo eleitoral no
Maranhão está definido. Dino não sabe, sequer, que adversários enfrentará.
Também não tem garantia alguma de que terá partido X ao seu dispor e enfrentará
partido Y.
O cenário ainda é totalmente
indefinido, tanto do ponto de vista dos candidatos quanto da arrumação dos
partidos. O que se pode dizer, apenas, é que tem Flávio Dino disputando pelo
PCdoB, Roseana Sarney cotada pelo MDB e Roberto Rocha (PSDB) convicto de
encarar qualquer embate. Quantas legendas estarão com Dino, Roseana, Rocha, ou
outro pré-candidato que se apresente é precipitado agora estabelecer.
Rocha, por exemplo, tem hoje o
controle do PSDB, o que é um trunfo fundamental em um processo – tanto para si
próprio quanto para uma negociação de aliança. O deputado Eduardo Braide, por
sua vez, se quiser mesmo ser candidato, não tem como ficar no PMN. E se for
para o PT, como fica a aliança do partido com Dino? Se, por outro lado,
conseguir apoio de legendas da base dinista – ou roseanista – com tempo suficiente
na propaganda?
São questionamentos que precisam ser
feitos por qualquer um que tenha o interesse na observação do cenário eleitoral
maranhense.
Estabelecer agora – faltando ainda
mais de quatro meses para as convenções – o número de partidos que cada
candidato tem é discutir o sexo dos anjos. A conjuntura nacional, a cooptação
de candidatos, as reformulações nas direções partidárias terão influência
direta na montagem das chapas.
E o que se vê agora, fatalmente não
será o que se terá ao fim de julho, quando terminará o prazo das convenções.
Insistir em cenários consolidados hoje, é não ter a capacidade de ver o amanhã.
Coisa para poucos.
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