A Páscoa, por ser um feriado prolongado, é uma das épocas do
ano em que há um consumo exagerado de bebidas alcoólicas. E a certeza é uma só,
se você tomou umas a mais na noite passada, os sintomas da ressaca irão
aparecer pela manhã.
Para isso vou
explicar o que é a ressaca e se é possível ou não atenuar esses sintomas.
O que é ressaca?
A ressaca é um tipo de
intoxicação.
Quando a quantidade de álcool
ingerida é grande, o organismo se sente agredido e responde.
Alguns dos sintomas comuns são:
- Dor de cabeça,
- mal estar,
- sensibilidade a luz,
- diarreia,
- perda de apetite,
- tremor,
- náusea,
- fadiga,
- aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial,
- desidratação,
- problemas de concentração,
- ansiedade e fraqueza.
A sabedoria popular sempre irá
ensinar alguma estratégia para tentar atenuar os sintomas da ressaca, mas será que
algum deles irá funcionar?
Conheça os principais
MITOS…
- Chá de Boldo
O chá não age sobre o álcool,
e ainda poderá aumentar a irritação estomacal causada pela bebida alcoólica.
O estomago reage às altas
dosagens causando dores, vômitos e enjôos. No intestino a absorção de água e
sódio diminuem, o que também contribui para a desidratação. Ainda nesse órgão,
o consumo crônico de bebidas alcoólicas pode intervir no trabalho das enzimas
responsáveis por digerir carboidratos, proteínas e gorduras. O resultado é uma
menor absorção de nutrientes essenciais ao corpo.
- Fazer exercícios e sauna
Muita gente comenta que a
melhor forma de eliminar o álcool é suando! Seja fazendo exercícios ou uma boa
sessão de sauna. Cuidado! Essa
prática só vai levar seu corpo a um estágio ainda maior de desidratação.
O correto é fazer uma pausa e, em vez de suar, repor a água perdida.
- Consumir alimentos ricos em gordura
Após a bebedeira alimentos gordurosos só provocarão uma
dificuldade ainda maior de digestão, consuma alimentos leves e
de fácil digestão.
Remédios Substancias como ácido
cítrico e ácido acetilsalicílico podem irritar ainda mais o estômago após uma
noite de bebedeira.
- Café
A cafeína pode potencializar
os sintomas da ressaca, pois causa vasoconstrição aumentando a pressão
arterial. Também age como diurético podendo acentuar ainda mais os sintomas de
desidratação.
E será que existe alguma
forma de atenuar esses sintomas?
Provavelmente dependendo da
dose consumida a resposta infelizmente é NÃO!
O álcool é uma substancia
tóxica ao organismo e sempre trará consequências. Mas se o consumo não foi tão
exagerado assim, existem estratégias a serem consideradas…
Antes de encher o copo,
encha o prato!
Uma boa refeição antes de
começar a farra pode retardar os efeitos da bebida alcoólica. Com o estômago
cheio, o álcool permanece lá por mais tempo e é processado mais lentamente.
Beba água
Faça uma pausa entre as rodadas
para beber água, suco ou até mesmo água de coco. Assim é possível retardar a
desidratação.
Após a bebedeira consuma
água de coco e bebidas isotônicas.
Acompanhado com a perda de água
pelo suor, diurese e até mesmo diarreia e vômitos, há também uma perda
importante de sais minerais. Dependendo da quantidade esse estado de
desidratação pode ser revertido com o consumo dessas bebidas.
Suco de frutas
Uma das maneiras mais simples
de recuperar as reservas de energia exauridas pelo consumo de álcool (sobretudo
no glicogênio hepático) é por meio da frutose. Encontrada em frutas, a frutose
acelera o processamento do álcool pelo corpo.
Como todos gostam de uma
solução prática, deixarei uma sugestão de um suco para ser ingerido logo pela
manhã após uma noite de bebedeira, vale lembrar que é apenas uma tentativa de
atenuar os sintomas, e que, dependendo da quantidade de álcool ingerida dificilmente
é possível sanar esses efeitos:
Receita de suco para
ressaca
- 1 copo de água de coco;
- Suco de 2 laranjas;
- 1 fatia de abacaxi;
- 1 colher de sopa de gengibre ralado;
- 6 folhas de hortelã;
Bata tudo no liquidificador com
gelo e tome.
Ao longo do dia procure se
reidratar e realizar refeições balanceadas, evite alimentos ricos em gorduras
saturadas e uma quantidade excessiva de alimentos fonte de proteínas.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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