O
prefeito Edivaldo anunciou, durante a inauguração do décimo Ecoponto em São
Luís, desta vez no bairro do Anil, a construção de dois galpões destinados às
cooperativas que recebem materiais de reciclagem provenientes destes
equipamentos. A construção dos galpões de triagem garantirá que São Luís
continue avançando entre as poucas capitais brasileiras que apresentam ações
específicas para coleta seletiva a partir do funcionamento dos 10 Ecopontos
instalados na cidade.
“A
construção dos galpões garante que as cooperativas tenham condições de trabalho
mais dignas e seguras, além do aumento nos seus rendimentos, completando a
transformação definitiva da realidade dos catadores iniciada com a desativação
do Aterro da Ribeira, em 2015. Esses espaços são parte importante da nossa
política pública de inclusão e fomento ao seguimento da reciclagem, dinamizando
o mercado da sustentabilidade. A ação faz parte dos nossos investimentos em uma
política de resíduos sólidos eficiente, importante para garantir mais saúde
para a população e para a preservação do meio ambiente”, contou o prefeito
Edivaldo.
Para a
presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Carolina Moraes Estrela, este
será mais um passo importante na gestão de resíduos sólidos implantada pela
gestão do prefeito Edivaldo. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos já
determina que as cooperativas de catadores sejam incluídas nesta cadeia, mas
não basta apenas incluir. Precisamos garantir a elas as condições adequadas
para realizarem o seu trabalho e estes dois galpões fortalecerão este trabalho
que já desenvolvemos”, disse.
Atualmente,
duas cooperativas recebem os materiais descartados nos Ecopontos pela população
de São Luís, a Associação de Catadores de Material Reciclável de São Luís
(Ascamar) e a Cooperativa de Reciclagem de São Luís (Coopresl). A Ascamar
funciona em um prédio localizado na Rua São Pantaleão, cedido pela Prefeitura
de São Luís. Já a Coopresl funciona dentro do Campus Dom Delgado, da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio de uma cessão de área feita
pela universidade.
Com a
construção dos galpões catadores terão aumento na renda e mais espaço para
trabalhar. O objetivo é que os galpões sejam construídos anexos a dois novos
Ecopontos em São Luís, um no Centro, para abrigar a Ascamar, e outro na área
Itaqui-Bacanga, para abrigar a Coopresl. A previsão é que as obras sejam
iniciadas no mês de maio. “Desde que os Ecopontos começaram a ser implantados
em São Luís, o volume de materiais recicláveis recebidos pelas cooperativas
aumentou. Com os galpões de triagem nós vamos garantir que 100% do que é
encaminhado a elas seja revendido para a reciclagem. Com isso a renda mensal
dos cooperados vai aumentar também”, explica Carolina Moraes Estrela.
Em 2016,
quando começaram a ser implantados os Ecopontos, a Coopresl coletava 55
toneladas mensais de materiais recicláveis, mas só tinha o aproveitamento de 50
toneladas mês. Já ao longo de 2017 a coleta chegou a 110 toneladas mensais, com
aproveitamento de material processado de 80 toneladas. Além disso, a construção
de galpões de triagem vai permitir o uso adequado de maquinários como
containers, prensas, esteira, balança eletrônica e empilhadeira hidráulica que
vão melhorar o trabalho das cooperativas, além de aumentar sua capacidade de
recebimento e processamento de materiais recicláveis.
Os
galpões de triagem são importantes porque cada tipo de resíduo tem um processo
próprio de reciclagem. Na medida em que vários tipos de resíduos sólidos são
misturados, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo inviável, pela
dificuldade de separá-los de acordo com sua constituição ou composição. O
processo industrial de reciclagem de uma lata de alumínio, por exemplo, é
diferente da reciclagem de uma caixa de papelão.
Por este
motivo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta
seletiva nos municípios brasileiros deve permitir a segregação entre resíduos
recicláveis secos e rejeitos. Os resíduos recicláveis secos são compostos,
principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak,
diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos são os resíduos não
recicláveis.
ECOPONTOS – Desde maio de 2016, quando o
primeiro Ecoponto foi entregue, mais de 11 mil toneladas de materiais
recicláveis, entulho e outros resíduos foram recebidos nos locais. Os dez
ecopontos, distribuídos em áreas estratégicas da cidade já alcançam 91 bairros,
beneficiando 30% da população da capital, o que corresponde a 350 mil pessoas.
Os 10 ecopontos em São Luís estão distribuídos no Parque Amazonas, Angelim,
Bequimão, Habitacional Turu, Jardim América, Jardim Renascença, Residencial
Esperança, Cidade Operária, São Francisco e Anil.
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