O petista
Márcio Jardim segue persistindo e insistindo na possibilidade de compor chapa
com o governador Flávio Dino (PCdoB), como candidato ao Senado. Na tarde ontem,
quarta-feira (18), Jardim voltou a divulgar uma carta aberta ao PT, onde pede
apoio dos petistas à sua empreitada.
O
problema para Márcio Jardim é que o candidato que ele tanto defende, Flávio
Dino, segue, até de maneira desrespeitosa, desconsiderando a sua
pré-candidatura e jamais cogitou tal possibilidade. Veja abaixo o apelo do
insistente e persistente Márcio Jardim.
Aos petistas do Maranhão – ACEITE O DESAFIO: PT NO
SENADO
Temos
que fazer política avaliando e respeitando o nosso passado. Mas, sobretudo,
entendendo o presente e prospectando o futuro. Em disputas políticas sempre
ficam algumas mágoas ou dissabores. Isso é algo natural que precisa ser
superado quando se trata de dirigentes políticos que precisam entender que o
adversário e o inimigo não estão no partido, e sim do outro lado da rua
torcendo para que nossas divergências passadas nos impeçam de estar unidos no
presente.
O
PT é maior do que qualquer um de nós. Enfrentar o golpe de 2016 é tarefa prioritária
para que o país volte ao estado de direito, desmonte o conluio jurídico
midiático que criminaliza a política, em especial o PT, e recupere o caminho
introduzido por Lula na condução do país: equilíbrio fiscal, distribuição de
renda e opção preferencial pelos mais pobres com políticas inclusivas e de
resgate da cidadania daqueles que mais precisam.
Temos
eleições presidenciais e é consenso entre nós a defesa da candidatura do nosso
presidente Lula. Para o governo estadual a reeleição do governador Flávio Dino
é um passo natural, e também não é algo que, penso, hoje nos divida tanto
quanto em 2010 e 2014. Daí termos que ter a sensatez e a percepção para pensar
qual a melhor estratégia do PT para ocupar espaços no Legislativo.
Teremos
em outubro uma eleição decisiva para os rumos de nossa frágil democracia.
Somente em 2026 acontecerão novas eleições com duas vagas ao Senado em disputa.
E nunca a conjuntura foi tão favorável a que o PT do Maranhão possa eleger o
primeiro senador de sua história. Uma candidatura que possa carregar todo nosso
histórico de lutas, uma candidatura que possa – pelas suas características
majoritárias – ajudar nossas candidaturas ao Legislativo e, sendo eleita, poder
apontar um novo rumo de fortalecimento para o PT do Maranhão e para as lutas
sociais em nosso estado.
Vejo
algumas razões que nos impõe o compromisso histórico de aceitar este desafio:
colocar o PT do Maranhão pela primeira vez no Senado.
1)
Uma história de lutas que manteve nossa sigla organizada no Estado mesmo nos
momentos mais difíceis e até dramáticos das últimas 4 décadas.
2)
A necessidade de pensar nosso futuro enquanto sigla a partir de uma avaliação
do nosso papel não apenas na reeleição do governador Flávio Dino, mas na sua
sucessão em 2022.
3)
A importância de se ter um senador petista eleito para as disputas municipais –
eleições de prefeitos e vereadores – em 2020.
4)
Enfrentar o golpe e o golpismo a partir da trincheira petista. Nos roubaram a
Presidência, mas não nos roubaram a capacidade de lutar e de manter a
esperança. A candidatura do PT ao Senado é um contraponto aos golpistas e
aqueles que se disfarçam mas apoiaram o golpe.
5)
Numa conjuntura onde o eleitor vota duas vezes para o Senado, o PT tem chances
reais de eleger um Senador. Os índices de aceitação da sigla comprovam e as
pesquisas revelam isto. Precisamos apresentar um nome para atender a este
desejo do eleitor de votar no PT em uma eleição majoritária.
Meu
nome segue colocado para a apreciação dos companheiros e das companheiras.
Assumo – além do total respeito à nossa história, as nossas regras internas e
aos nossos documentos partidários – os seguintes compromissos:
1)
Representar o Maranhão, como reza a Constituição, mas o fazê-lo sob a lógica
daqueles que nunca foram aqui representados: os trabalhadores, as trabalhadoras
e o povo pobre de nosso Estado.
2)
Fazer um mandato coletivo e partidário. Respeitados os dispositivos
constitucionais, fazer do mandato um instrumento de organização das lutas
populares e de redenção econômica, política e social de nossos municípios.
3)
Ser a voz do presidente Lula e defender seu legado no parlamento e nas ruas,
lutando pela revogação de todas as medidas que suprimiram direitos impostas pelo
governo ilegítimo de Michel Temer.
4)
Atuar com ética, transparência e competência no Senado.
5)
Aprofundar a discussão no sentido de viabilizar formas legais dos suplentes
terem participação efetiva no exercício do mandato.
Quem
sabe faz a hora e esta é a hora: saudações a quem tem coragem.
MÁRCIO
BATALHA JARDIM, pré-candidato a senador pelo PT, foi secretário de Esporte e
Lazer no governo Flavio Dino, é membro do Diretório Nacional do PT e professor
da Rede Pública Estadual de Ensino.
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