A mão,
esse órgão tão importante, politico, filosófico, analítico, poético, conceitual,
romântico, áspero, literário, pejorativo, sinistro, musical, religioso, instrumental, substantivo
concreto... concreto??? Não!!! Essa mão
que nos incomoda é meio abstrato, nem tão concreto assim.
A mão que toca um violão, se
preciso, faz a guerra, já cantava Marcos Vale no Festival de
Abertura lá pelos anos 60 e essa é mesma mão de Deus, que segundo Maradona,
foi a co-autora do seu gol mais importante, e é a mesma mão cantada nos
velórios, segura na mão de Deus e vai.
A Mão mais atrevida de
Roberto Carlos em sua Cavalgada, como é que eu vou pegar na tua mão e não poder te levar pra casa, sucesso atual cantado por centenas de artistas brasileiros, a mão na consciência no quadro humorístico do Jô Soares, A mão e a Luva na literatura de Machado
de Assis, é a mão na mão e união, homens no reggae de Santacruz, assim como
canta Rogéryo du Maranhão no seu Anjo Lilás, me dá tua mão e vamos sair por
aí.
A mão que afaga é a mesma
que apedreja, poetizou Augusto dos Anjos e o medo de avião
do Belchior, fez com que pela primeira vez segurasse a mão da
amada e aquele que com um revolver na mão vira um bicho feroz como cantou Bezerra
da Silva, contrasta com em frente ao portão nós dois coladinhos
minha mão na tua mão, no sucesso A raposa e as uvas do rei Reginaldo
Rossi.
A religiosidade de Lúcio
Barbosa na música Cidadão, tá vendo aquela igreja moço, onde o padre
diz amém, pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo, tem tudo a
ver com pelo vinho pelo pão do paraibano Zé Ramalho quando diz claros
pelos evidentes, nascerão em cada mão, lívidos e conscientes, pelo vinho e pelo pão..
Tem mão pra tudo e pra todos em verso, prosa, mote, glosa e rimas.
Mão boba, mão de cola, mão
atada
Mão de onça, mão de ferro, mão furada
Mão de pilão, mão santa, mão pesada
Mão leve, mão no bolso, mão
cagada.
A mão no ombro é um sinal
de amizade, de companheirismo, de apoio. Falar em mão e não falar na mão
fantasma que aparece na propaganda politica de César Brito, candidato a
prefeito de Bacabal, e de Fufuquinha, candidato a deptado federal, é uma mão
que vem de outras galáxias, uma coisa meio cabalistica, mão de bruxa. e olha que essa mesma mão já apareceu no ombro de Florêncio Neto no cartaz de propaganda quando era vice de Zé Vieira.
Se é peso, a mão
de Zé Vieira hoje nos ombros de qualquer candidato, eles disfarçaram
bem, mas se esta mão, que é evidente que não é, for creditada ao Zé Vieira, é
preciso fazer um trocadilho na obra prima de Augusto dos Anjos.
Se
alguem inda causa ânsia a tua chaga
Apedreja
essa vil mão que te afaga
Ou troca de artista gráfico,
e sua mão de obra barata, ou manda incinerar os cartazes, pois esta
montagem está uma verdadeira mão no saco.
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