sábado, 15 de setembro de 2018

BACABAL DE "Z" A "E"



Desde quando Zé Vieira se tornou politico em Bacabal, principalmente quando, vindo de uma edilidade,  se elegeu a prefeito derrotando Jura Filho e substituindo Jocimar e sua administração desastrosa, que o cenário politico municipal deu um giro de 360 graus.

Visto pela maioria como o salvador da pátria, o “osso duro de roer” nocivamente deu inicio a oito anos de uma gestão “mão de ferro”, perseguidora onde conseguiu como um toque de mágica, fechar o Hospital Santa Terezinha, o Hospital Veloso Costa, o Hospital Laura Vasconcelos, o Hospital Bom Pastor, o Hospital José Amourim, o Hospital das Freiras e a Clinica Santa Joana e ainda pregava que que a saúde municipal ia bem.

Não dá para não reconhecer que Zé Vieira teve seus méritos e fez acontecer o novo nas classes periféricas onde administrações passadas viraram as costas. Legislando em causa própria, ele comprou uma fábrica de asfalto e vendia asfalto pra si mesmo, mas, em compensação, os bairros mais carentes se sentiram valorizados.


Mesmo popularizado implantando o medo, Zé Vieira se mostrou um destemido e chegou a proferir a humilhante  frase: “ - Vou trazer homens da Paraíba para engravidar as mulheres de Bacabal”, mas o tiro saiu pela culatra, provou do próprio veneno, e viu, depois de poucos dias que declarou que tinha uma mulher bonita na cama, a mesma fugir com outro homem vindo da Paraíba, ou sei lá de onde, e comentam as más línguas, que ela está grávida. Zé Vieira agora tem que comer no próprio prato em que cuspiu.

Autor de obras magníficas como vender o parque de exposição aos olhos lassos da Associação dos Agropecuaristas, invadir terrenos e se apossar, acabar com o carnaval da cidade, extinguir o Tiro de Guerra, acabar com o futebol amador e com o profissional, acabar com a cultura, sobretaxar impostos por perseguição, pressionar ao extremo pessoas que não pensavam como ele, caso de Dr. Juarez, dona Raimunda Loiola, Pedro Alves, Pedro Santos, dentre outros, ele continuou com a sua popularidade.

Embora muito querido por grande parte da população, o “osso duro de roer” sucumbiu à panela de pressão do senador João Alberto e o caldeirão que ora fervia, hoje se encontra esfumaçado, sem tampa e esquecido sobre um monte de lenha carcomida por cupins.

Derrotado, já velho, doente, mente fraca, Zé Vieira não teve o seu final político como esperava, mas a sua marca é indelével, não se pode falar em politica sem citar o seu nome e, pra quem chegou em Bacabal para uma aventura e se tornou grande empresário, vereador, prefeito por dois mandatos consecutivos, deputado federal, secretário de Estado, prefeito pela terceira vez, embora que cassado, ter conseguido eleger  a deputado estadual Carlinhos Florêncio, Elijo Almeida, Pedro Alves e sua filha Fátima Vieira, não resta dúvida, é um nome para os anais da história. Apesar de uma vida cercada de pessoas, filhos, netos, esposas, amigos e afins, Zé Vieira encerra a carreira política sem deixar nenhum sucessor.

Cobrando caro nessa eleição, ele declarou que só apoiaria dois candidatos, o deputado federal Fufuquinha e o Governador Flávio Dino. Mesmo com o suposto “acordo” feito com Cesar Brito para a eleição suplementar para prefeito de Bacabal, o que se vê é a sua total ausência e até a mão que aparece no ombro do candidato em sua propaganda, foi colocada em programa de computador, não é a mão pesada de Zé Vieira. Embora ausente, falar em seu nome, aparecer ao seu lado gera votos e isso é um fato.

Com muita saúde, João Alberto botou seu bloco na rua e cooptou o apoio do coordenador Gilberto Lacerda, do ex-vice prefeito Dr. Almir Júnior, dos ex-prefeitos José Alberto Veloso e  Dr. Lisboa, esse emplacou o nome de sua ex-esposa Graciete como vice na chapa do Edvan, além de ter a grande maioria dos vereadores. O grupo ficou muito forte.

A campanha do Edvan está na rua e com muito sucesso, assim como a campanha do deputado estadual Roberto Costa, presente em todos os eventos, correndo atrás e esperando uma maioria absoluta e esmagadora,  tendo que buscar em outras cidades, apenas o complemento para sua vitória.

Já o candidato a deputado estadual Carlinhos Florêncio que é de Bacabal, tem comitês virtuais, lideranças, em oitenta cidades e investe em todas, menos em Bacabal,  tem a situação antagônica ao do Roberto. Carlinhos tem que fazer a maioria fora e  buscar o complemento em Bacabal para sua vitória. O vereador e candidato a deputado estadual Coronel Egidio, aproveita a grande movimentação da coligação "Bacabal em primeiro lugar" para barganhar votos, e está dando certo.

 
Quem tem que sair das redes sociais e botar a campanha na rua é o candidato a reeleição a deputado federal João Marcelo, que conta com uma equipe muito pequena de trabalho e está correndo o risco de ter menos votos em Bacabal do que Simplicio Araújo, Júnior Lourenço, Josimar do Maranhãozinho e Fufuquinha. Até o candidato Estelmo, que não dispõe de recursos, está mais presente.

O movimento dos cinco candidatos a prefeito de Bacabal, e a polarização entre Edvan (PSC) e Cesar Brito (PPS), deixa aberta a vaga para uma terceira força que está mais para o professor Maninho, que faz palanque para o deputado federal Kleber Verde, do que para Gisele Veloso (PR), apesar de ter colocado seu nome na disputa passada e, para o momento, até que teve uma votação dentro do esperado. 

Já o PSB, preferiu o candidato Luizinho da Padaria, que talvez tenha uma votação pífia e até agora não atraiu nenhum candidato de nome para seu palanque, ao contrario do advogado Dr. Estefânio, que colocou seu nome a disposição mas foi rejeitado por ser membro novo no partido.

Bacabal nunca foi tão agitado politicamente como agora e, se quem ganha política é grupo, o Edvan larga na frente e o Cesar Brito não conseguiu sequer, ainda, a mão de Zé Vieira. Talvez seja um peso que ele esteja tirando dos ombros.


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