Um eventual segundo turno entre o governador Flávio
Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) – o mais provável cenário,
a partir da leitura das pesquisas de intenção de votos – poderá reordenar as
forças políticas nacionais no estado e redefinir projetos para os próximos
quatro anos.
A campanha local iniciou-se em agosto, com a
declaração aberta do agora candidato Fernando Haddad (PT) – ainda na condição
de vice – de apoio a Flávio Dino, totalmente antagônico ao deputado federal
Jair Bolsonaro (PSL). A possibilidade de Haddad no segundo turno forçará ainda
mais o antagonismo de Dino em relação a Bolsonaro.
O candidato do PSL e capitão reformado do Exército
tem no Maranhão como aliada a ex-prefeita Maura Jorge (PSL). E parece ter pouca
ou nenhuma relação com Roseana ou qualquer um dos seus aliados mais próximos.
Mesmo com Fernando Haddad vinculado ao palanque de
Flávio Dino, Roseana tem usado em campanha a condição legítima de aliada de
Lula, para reivindicar os votos mais próximos ao ex-presidente. Mas terá de se
posicionar no embate direto contra Dino, sobretudo diante do fato de que o
comunista jamais se juntará ao capitão do Exército.
E isso pode ser um trunfo também para mostrar aos
maranhenses que, sob Dino, o estado terá ainda mais dificuldade na relação com
o Palácio do Planalto.
Estado Maior
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