O Ibope divulgou na noite
desta terça-feira, 23, uma nova pesquisa eleitoral para o segundo turno da
disputa pela Presidência da República. A cinco dias de os brasileiros voltarem
às urnas, o candidato do PSL, Jair
Bolsonaro, tem 57% das intenções de votos válidos, enquanto
o candidato do PT, Fernando
Haddad, aparece com 43%. A margem de erro da pesquisa é de
dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Os
votos válidos são calculados excluindo-se os eleitores que declaram votar nulo,
em branco e os indecisos. Para vencer a eleição, um candidato deve obter 50%
dos votos válidos mais um.
Em
relação ao Ibope anterior, divulgado no último dia 15 de outubro, Bolsonaro
teve oscilação negativa de dois pontos porcentuais e Haddad cresceu dois
pontos. A diferença entre os dois passou de 18 pontos porcentuais para 14
pontos.
O
pesselista ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições, no último
dia 7 de outubro, com 46,03% dos votos válidos. Haddad, o segundo colocado,
teve 29,28% da votação.
Em
votos totais, Jair Bolsonaro tem 50% e Fernando Haddad, 37%. Votos brancos e
nulos somam 10% e os indecisos são 3%.
O
instituto de pesquisas também mediu o índice de rejeição aos presidenciáveis
que disputam o segundo turno, perguntando aos eleitores entrevistados sobre
qual candidato não receberia seu voto de jeito nenhum.
Bolsonaro
é rejeitado por 40% do eleitorado, variação de cinco pontos porcentuais em
relação ao levantamento anterior. O número é de 41% para Haddad, oscilação de
seis pontos porcentuais.
A
nova pesquisa Ibope foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo e
está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo
BR-07272/2018. O instituto de pesquisas entrevistou 3.010 eleitores. O nível de
confiança do levantamento é de 95%, ou seja, há uma probabilidade de 95% de os
números retratarem a realidade, considerada a margem de erro .
A pesquisa Ibope divulgada nesta
terça-feira, 23, traz duas más notícias ao candidato do PSL à Presidência da
República, Jair
Bolsonaro, além da redução de sua vantagem sobre Fernando
Haddad (PT) de 18 para 14 pontos porcentuais. O instituto de pesquisas aponta
um aumento na rejeição a Bolsonaro, isto é, no número de eleitores que não
votariam nele de jeito nenhum, e diminuição no porcentual de eleitores que com
certeza votariam no capitão reformado do Exército.
Segundo
o instituto de pesquisas, descartaram votar no pesselista 40% do eleitorado,
número que era de 35% no levantamento anterior, divulgado em 15 de outubro.
Quanto à certeza de voto, o porcentual passou de 41% para 37%. A margem de erro
da pesquisa Ibope é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
A
rejeição a Jair Bolsonaro, que estava 12 pontos porcentuais abaixo da de Haddad
há uma semana, agora tem apenas um ponto porcentual a menos. O petista era
rejeitado por 47% dos eleitores, índice que foi a 41%. O número dos que declaram
votar com certeza no ex-prefeito de São Paulo passou de 28% para 31%.
Responderam
que poderiam votar em Bolsonaro 11% dos eleitores, índice que é de 12% para
Haddad. Os que não conhecem os candidatos o suficiente para opinar são 11% para
o deputado federal e 14% para o ex-prefeito. Eleitores que não sabem ou
preferiram não opinar somam 2% para ambos.
Líder
das pesquisas de intenção de voto válido no segundo turno, com 53% no Ibope,
Jair Bolsonaro passou por desgaste nos últimos dias, após vir à tona um vídeo
em que seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal reeleito por São Paulo,
declarou que bastam “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal
Federal (STF).
Diante
da repercussão negativa e das manifestações de ao menos cinco ministros do STF,
incluindo o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, o presidenciável
desautorizou a afirmação de Eduardo e enviou uma carta ao decano do Supremo,
ministro Celso de Mello, em que afirma que o “Supremo Tribunal Federal é o
guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”. Mello havia
classificado a afirmação de Eduardo Bolsonaro como “inconsequente e golpista”.
No
último domingo, 21, Jair Bolsonaro também deu declarações polêmicas. Em uma
transmissão via celular para um ato em seu favor que ocorria na Avenida
Paulista, em São Paulo, o candidato falou, em referência aos petistas, que “ou
vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de
nossa pátria”..
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