O Partido
Verde protocolou pedido para que o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão
impeça o Governo Flávio Dino de utilizar equivocadamente os recursos do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB).
A
representação do PV foi assinada pelo deputado estadual Adriano Sarney,
presidente da legenda no Maranhão. Tanto Adriano quanto César Pires, também do
PV, haviam denunciados que o governador Flávio Dino estaria utilizando recursos
do FUNDEB para serem deslocados para o Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria
(FEPA).
“O
cenário é gravíssimo e as provas estão explícitas no orçamento apresentado pelo
governador Flávio Dino na Assembleia Legislativa que, de forma descarada,
entregou o orçamento prevendo a alocação de R$ 145 milhões de recursos
vinculados à manutenção e desenvolvimento de ensino para custear pagamentos de
aposentadoria e pensões. Desse valor milionário, 104 milhões pertencem a
educação básica e 41 milhões a educação superior”, destacou o deputado na
representação.
César
Pires também já havia alertado essa irregularidade da gestão comunista, que
estava retirando recursos do FUNDEB para cobrir o rombo do FEPA (reveja).
Para o parlamentar, essa é uma grave improbidade administrativa que precisa ser
investigada pelos órgãos competentes.
Com base
em dados oficiais, César Pires informou que a contribuição dos servidores gera
uma receita anual de R$ 660 milhões para o FEPA, que somada à contribuição do
Estado, em torno de R$ 814 milhões, chega à arrecadação de R$ 1,475 bilhão. “Só
que a despesa anual da Previdência estadual é de R$ 2,476 bilhões, um déficit
de R$ 1 bilhão entre a receita e a despesa. O FEPA quebrou e estão cometendo
improbidade administrativa ao usar recursos do FUNDEB para tentar cobrir o
rombo previdenciário”, denunciou ele.
Coincidentemente,
o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, recentemente,
atendeu pedido da Procuradoria Geral da República e deferiu medida cautelar
para suspender uma iniciativa semelhante feita pelo Governo do Goiás.
Lá chegou
a ser criada uma Lei Complementar 147/2018, para permitir a inclusão de
despesas com pessoal inativo entre os gastos de manutenção e desenvolvimento do
ensino. Só que com a decisão do STF, o Governo de Goiás não poderá mais seguir
com a prática.
Agora é
aguardar e conferir o posicionamento do TCE, após a solicitação do PV.
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