A notícia de que foi encaminhado para o Supremo
Tribunal Federal (STF) um acordo de colaboração premiada do ex-presidente da
empresa OAS Léo Pinheiro deixou muitos políticos atentos aos próximos
acontecimentos envolvendo o que o empreiteiro poderá falar sobre assuntos de
interesse da Operação Lava Jato.
A OAS é uma das empresas investigadas por
participação nos crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a ordem
econômica, contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. A empreiteira também é responsável por doações a 13 dos 26
governadores eleitos em 2014. Entre estes nomes estão o chefe do Poder
Executivo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Para sua campanha, em 2014, a OAS fez 19 doações ao
comunista maranhense totalizando mais de R$ 3 milhões. Doações legais e
registradas na prestação de contas na Justiça Eleitoral. Mas isto não diminui
em nada a desconfiança da oposição a Dino sobre a atuação da empreiteira em sua
campanha daquele ano.
Não somente pela OAS ter sido denunciada por vários
crimes na Lava Jato, mas também pela empreiteira ter sido uma das mais
beneficiadas em contratos junto ao Ministério dos Esportes, que por mais de uma
década foi comandado por membros do PCdoB.
Se os ministros decidirem aceitar o acordo com Léo
Pinheiro, o que o empreiteiro dirá poderá causar problemas aos que foram
beneficiados com os erros cometidos com o dinheiro público. E o que Pinheiro
dirá será acompanhado com muita ansiedade e atenção pela oposição no Maranhão.
Estado Maior
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