O governador
Flávio Dino (PCdoB) conseguiu o que vinha tentando desde que assumiu o governo
do estado: suprimir do contracheque de servidores públicos estaduais a
readequação salarial de 21,7% já garantida por decisão no Supremo Tribunal
Federal (STF). Por meio de uma liminar, concedida pelo desembargador José de
Raimundo Castro, ficará suspenso o pagamento do percentual que já estava com
decisão judicial favorável.
Foi com a
certeza de que conseguiria suspender o pagamento dos 21,7% que Dino revogou o
decreto que previa o descumprimento de decisão judicial relacionada a
vencimentos de servidores públicos, como adiantou a coluna na edição de ontem.
O
comunista editou o decreto da desobediência para ganhar tempo para conseguir a
decisão favorável no Tribunal de Justiça (TJ).
Este é
mais um “duro golpe” – como classificou o Sindicato dos Policiais Civis do
Maranhão (Sinpol) – que o comunista aplica nos funcionários públicos. Além de
conseguir retirar a readequação salarial, Dino não concedeu aumento de salários
para diversas categorias durante seu primeiro mandato.
Para
reverter, os servidores terão que esperar mais um bom tempo. Talvez o tempo do
segundo mandato de Flávio Dino, que pode deixar para seu sucessor um problema
com dimensões gigantes.
Relação
estranha –
Para o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (Sindsep), há uma estranha
relação política na decisão judicial favorável ao governo do estado.
O
presidente da entidade, Cleinaldo Bill, disse que a revogação do decreto da
desobediência e a decisão liminar ocorreram em datas próximas demais.
“Acreditamos
que a suspensão da execução da ação dos 21,7% é fruto de um acordo político,
uma vez que o despacho foi proferido, coincidentemente, logo após a revogação
do decreto”, disse o presidente.
Estado
Maior
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