Por Adriano
Sarney
Depois da
enorme repercussão de meu último artigo, no qual informei aos maranhenses da
perda da siderúrgica da Vale e seus 15 mil empregos para o Pará, muitas pessoas
me pediram para escrever sobre como podemos trazer de volta os grandes
empreendimentos ao nosso estado. Topo o desafio e lamento que o governador e
seu secretário de indústria e comércio perderam uma ótima oportunidade de
entrar, pela primeira vez, em um debate sério e realmente relevante para a
população.
Ao invés
de propor solução ao problema que expus, o governo soltou uma nota, repleta de
insultos pessoais, desculpas e mentiras. Argumentos ad hominem, próprio dos
comunistas, são bem fáceis de fazer, não gosto de usá-los, mas vou construir a
próxima frase baseada neles.
A nota
foi assinada pelo secretário, eterno suplente de deputado federal, que de
tamanha incompetência nunca conseguiu a confiança dos maranhenses para se
eleger a um cargo político, mesmo utilizando-se da máquina do governo estadual
por 4 anos. Essa frase, apesar de verdadeira, não vai mudar a sua ou a minha
vida. Mas o fato é que um agente público que utiliza-se de argumentos como esse
ao invés de dar soluções ao problema não deveria estar no cargo. Está na
cadeira tão apenas por ser apoiador político do projeto de poder do governador.
Então vamos a primeira ação para trazer os empregos de volta ao Maranhão:
trocar o secretário de indústria e comércio por alguém mais preparado e que
saiba atuar na área.
Após
trocar o secretário, criar um programa de governo que incentive empresas a se
instalar no Maranhão e que ajude as nossas companhias a crescerem e a
investirem, principalmente no interior. Como mencionei no último artigo, o
atual governo acabou com o ProMaranhão, programa que conseguiu atrair centenas
de empresas ao estado, como a Suzano e a Eneva. No lugar dele lançou o
MaisEmpresas, um projeto que de tantas falhas se tornou um fracasso. Fui um dos
poucos deputados a votar contra essa mudança. O MaisEmpresas não incentiva em
nada o investimento no Maranhão.
É preciso
voltar a construção dos distritos industriais que foram iniciados no governo
retrasado. O recurso para finalizar essas obras foi deixado por Roseana no
âmbito do financiamento do BNDES, o programa Viva Maranhão.
Esses
distritos vão facilitar a instalação de empresas e reduzir custos ao investidor
em cidades de médio porte. Cada distrito terá sua vocação, dependendo do
potencial econômico de cada região. Eles podem virar no futuro polos
importantes de processamento de alimentos, produção de calçados, produtos de
limpeza, etc.
O próximo
passo é uma ação voltada à capacitação de mão de obra especializada. Após
mapear o potencial econômico de cada região, o governo deve oferecer cursos
voltados a área de interesse de cada distrito industrial.
O governo
também precisa passar credibilidade e estabilidade ao investidor. O governo
deve repensar os aumentos sucessivos de impostos e voltar a fazer o que
prometeu durante a campanha, as reuniões com a classe empresarial.
O
governador deve parar de bater boca com o presidente Bolsonaro e incentivar os
seus senadores a fazer o mesmo. É importante termos força a nível nacional para
não perdermos novamente empreendimentos para outros estados.
Em suma,
o Maranhão precisa de um bom profissional liderando a secretaria de indústria e
comércio, um programa de incentivo a atração de empresas, distritos industriais
espalhados nas cidades de médio porte do interior, trabalhadores capacitados,
um governo com credibilidade com os investidores e com força a nível nacional.
Quando tivermos isso, os empregos voltarão ao Maranhão!
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