Os números sobre a Previdência nos estados
divulgados pelo Tesouro Nacional, ontem, são preocupantes. Os dados sobre as
finanças dos governos estaduais são alarmantes. E entre estes números o
Maranhão – mais uma vez – não aparece em posição cômoda.
Com quase 60% da receita corrente líquida
comprometida com folha de pessoal – resultado de uma máquina pesada para ser
sustentada -, o Maranhão aparece entre os estados que estão em limite de alerta
dentro do que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Com “tanto
investimento” no pessoal, falta na outra ponta: a do investimento em áreas
importantes como Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura.
E mesmo que o discurso seja de que a crise nacional
é a grande vilã e que o Governo Federal precisa trabalhar para tirar o país do
“buraco”, os governos do Maranhão e os da maioria dos estados precisam fazer o
dever de Casa. Devem cortar na própria carne e reduzir o tamanho da máquina.
Uma reforma no sistema previdenciário também fica
evidente ser necessária. O Maranhão e outros 11 estados estão com a Previdência
claramente comprometida, segundo os dados oficiais.
O momento agora é para esquecer os projetos
pessoais e políticos com voos altos e centrar todo esforço para resolver os problemas
financeiros de um estado que, em quatro anos, viu os números econômicos e
sociais assumirem as piores posições no país.
Reforma aqui – E diante deste cenário de falta de recurso
para pagamento dos inativos e com a real possibilidade de estados e municípios
não entrarem na Reforma da Previdência nacional, o Maranhão deverá fazer a sua
reforma.
Ou faz ou fica sem condições de manter o sistema já
que o déficit atual passa de R$ 1 bilhão. O Fundo Estadual de Pensão e
Aposentadoria (Fepa) está vazio. Resta saber se uma reforma em um cenário tão
desfavorável não custará demais aos servidores públicos.
Estado Maior
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