O
Ministério Público Estadual (MP) entrou com Ação Civil Pública pedindo que a
Justiça obrigue o governo do Maranhão a adotar o lockdown e suspender a
circulação total de pessoas na Ilha de São Luís. O pedido foi deferido e
liminar decretando o lockdown foi dada pelo juiz da Vara de Interesses Difusos
e Coletivos de São Luís, Douglas Martins, no fim da tarde de ontem.
Com a
decisão judicial, que deve ser colocada em prática já na próxima terça-feira,
5, o governador Flávio Dino (PCdoB) perde o receio que tinha de ser taxado de
autoritário por ter de usar a polícia para impedir a circulação dos cidadãos.
O
desgaste político, sem dúvida, foi o medo maior do governador e de seus
aliados, por isso, mesmo quando houve 100% dos leitos de UTI ocupados em toda a
rede (estadual, municipal, federal e privado), Dino se manteve no campo das
possibilidades de talvez adotar o lockdown.
Mas,
agora não há mais como não adotar. A Justiça determinou e, durante 10 dias, o
governo do Maranhão terá de fiscalizar medidas que deverá adotar, conforme o
que diz a decisão judicial.
De
comércio, somente o de alimentos e as farmácias poderão funcionar. A entrada e
saída de veículos de São Luís não será permitida, com exceção de caminhões de
abastecimento de alimentos, ambulâncias e veículos que transportem pessoas para
irem ao hospital.
Existem
mais regras que devem compor o novo decreto – que seria anunciado na
terça-feira – do governador Flávio Dino. Ao site Uol, ontem, o comunista chegou
a falar em adotar medidas “próximas ao lockdown”. As medidas não foram
especificadas pelo governador. Mas agora não mais interessa. O gestor precisa
pôr em prática o que determinou a Justiça.
O fato é
que se existia receio por parte de Flávio Dino, ele agora não tem mais motivo,
afinal, o lockdown é determinação da Justiça.
E desta
forma, vidas serão salvas e a imagem política do governador também. É unindo o
útil ao agradável.
Estado
Maior
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