A Câmara
dos Deputados colocará em pauta hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que muda o calendário eleitoral de 2020. O texto, que veio do Senado, coloca as
eleições para o mês de novembro, adiando em 42 dias a data constitucional.
Sobre o tema, as negociações na Casa permanecem e os deputados do Maranhão
divergem quanto à mudança na data do pleito.
À coluna,
dois deputados se declararam contrários ao adiamento das eleições. O primeiro é
Hildo Rocha (MDB), que diz que há inconstitucionalidades na PEC aprovada pelos
senadores. Para ele, são necessárias mudanças no texto.
Antes
disso, Rocha já havia dito que adiar as eleições enfraquecerá a democracia e
defende a adaptação da campanha ao período de pandemia do novo coronavírus.
O
deputado do PL, pastor Gildenemyr, também votará contra o adiamento. Segundo
ele, há incertezas sobre a chamada segunda onda da Covid-19 no Brasil e esta
segunda onda, ainda de acordo com o parlamentar, pode coincidir com a nova data
proposta pelos senadores.
Era
contra e se tornou favorável o deputado do PTB, Pedro Lucas Fernandes. Ele
ouviu os argumentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e “percebeu” que a
melhor saída é mudar o calendário eleitoral.
Baseando-se
nos números do novo coronavírus no Brasil, o deputado federal Márcio Jerry
(PCdoB) declarou à coluna que é favorável ao adiamento das eleições. Esse
adiamento, aliás, muito pode favorecer o candidato do seu partido, em São Luís,
Rubens Júnior, que notadamente precisa de mais tempo para tentar alavancar sua
candidatura.
Se
colocou ainda em dúvida o deputado Juscelino Filho (DEM). O mais provável é que
ele vá pelas mudanças no calendário eleitoral, já que seu partido assim quer.
Os
deputados ainda estão ouvindo os aliados no Maranhão – muitos pedem que as
eleições se mantenham em junho. Por isso, nem todos os parlamentares definiram
seus votos. Além disso, claro, há uma negociação evidente na Câmara para que a
matéria seja votada.
Também é
a favor – O
deputado do MDB, João Marcelo de Sousa, também votará a favor de adiar as
eleições no Brasil.
Segundo
ele, a campanha está prejudicada devido à pandemia e é preciso de mais tempo
para que os candidatos possam buscar o voto dos eleitores.
João
Marcelo acredita que a data de 15 e novembro para o primeiro turno e 29 do
mesmo mês para o segundo é a melhor opção neste momento de pandemia.
Estado
Maior
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