Por Max Barros
Em um momento diferente de tudo que já vivemos, tempos de pandemia, participamos de um processo eleitoral também distinto, mas não menos importante que os demais, pelo contrário.
A grata surpresa nesta eleição é a participação de um conjunto de candidatos, que, a despeito das divergências, de ideias e posicionamentos diferentes, surpreenderam positivamente. Trouxeram um certo ar de rejuvenescimento à eleição municipal, com boas opções de escolha para o comando da Prefeitura de São Luís.
O Franklin buscou apontar as contradições políticas dos demais candidatos entre suas propostas e suas alianças políticas
O Jeisael demonstrou empatia principalmente com os mais humildes. O Yglesio, grata surpresa, conhecedor dos problemas de São Luis, particularmente da saúde, bom debatedor Bira mostrou coerência com sua trajetória e suas convicções. Rubens Jr, bom advogado, bom deputado federal, poderia ter enfatizado mais suas próprias qualidades durante a campanha. Neto, mostrou-se um excelente articulador político, com um bom arco de alianças, uma pessoa do bem.
Faço uma pausa, para enfrentar um possível questionamento. Os candidatos só têm qualidades?
Efetivamente não! Todos têm deficiências, defeitos, equívocos.
Não vejo, em nenhum deles, entretanto, algo que macule a moral ou o caráter dos mesmos.
Prefiro não entrar na onda do marketing político, que busca, em fatos isolados, ou factóides, desconstruir e desqualificar trajetórias de vida, induzindo o eleitor a votar no menos pior.
Procuro a qualidade, as melhores propostas, aquelas que farão São Luis prosperar.
Em relação aos candidatos que estão no 2º Turno, vou me ater um pouco mais.
O Duarte mostra uma garra e determinação muito grandes, além de um histórico de gestão eficiente no Procon e no Viva, órgãos que tiveram, anteriormente, também excelentes administradores como Felipe Camarão (Procon) e Graça Jacinto (Viva), a qual, inclusive, foi quem implantou esse projeto em nosso estado.
A intensidade para executar as boas intenções deve ser dosada para que excessos não sejam cometidos, em nome delas.
O Braide sempre mostrou competência e correção. Na Assembleia Legislativa estudava os projetos a serem deliberados e promovia debates sobre os diversos temas sempre com argumentos sólidos.
Assim o fez contra os projetos que aumentaram impostos. Da mesma forma contra a diminuição de representatividade da sociedade civil nos conselhos de previdência, da cultura, do esporte. A favor do aumento salarial dos professores. Em prol das taxas sobre as multinacionais mineradoras para destinar recursos para os mais pobres. Lutou para alocação de verbas permanentes e específicas para saúde.
Braide, ao divergir do governo estadual, adotou, na Assembleia, posições distintas do Executivo Estadual, arcando com os riscos políticos e eleitorais que esta decisão poderia lhe causar, preferindo manter sua coerência.
Integrante, junto comigo e outros companheiros do Bloco Independente na AL, seus posicionamentos jamais ultrapassaram o campo político, sempre respeitando os colegas deputados e os membros do governo que pensavam diferente.
A hora, portanto, não é de escolher quem é contra Bolsonaro, quem é contra Lula, quem é contra Flávio, quem é contra Sarney, ou quem é contra quem quer que seja.
O momento é de escolher, nesta quadra da história política de São Luis quem é mais preparado, quem é mais equilibrado, quem é mais articulado, quem soma mais, quem promove mais consensos, quem já teve coragem de se posicionar firmemente a favor de suas convicções, a despeito desta postura poder lhe custar sua própria carreira política.
A hora é de votar a favor.
A favor do que é melhor para São Luis. Parafraseando o título, de uma obra de Guimarães Rosa, agora é “A hora e a vez de Eduardo Braide”.
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