Hoje o dia fez questão de acordar mais cedo. O sol saiu e com sua luz fez brilhar o orvalho e a neblina, que em gotas, encontraram o chão, fazendo exalar um gostoso cheiro de manhã e terra molhada.
Sob o comando da brisa leve, um odor de mato verde, de fazenda, açude, casa de farinha, café torrado, leite mugido, fervido, urro de gado, aboio, estrume, canto do galo, pio dos pássaros, e aquele bom dia, dito com a mais pura e verdadeira inocência. Bom dia.
Parece que é só hoje, literatura elitizada, mas toda essa tradição, acompanhou a vida de Edvan Brandão, o aniversariante do dia.
Menino/homem, sempre teve na pressa dos seus dias, a labuta com a terra. Conhece como ninguém o peso de se dizer rural, com enxada, foice, facão, cutelo, machado, n'uma progressão campeira, até dominar pesadas máquinas agrícolas. O homem, a máquina e a terra.
Esse Edvan Brandão conheceu o sol nas costas, na moleira, a camisa encharcada, a pele queimada, o chão esturricado, o chão molhado, o chão arado, o chão adubado, o chão plantado, o chão em si, a lavoura verde, viçosa, no ponto de colher.
Milho, arroz, feijão, macaxeira, mandioca, batata doce, maxixe, cuxá, jerimum, abóbora, pepino, o verde vivo, alimento presente a encher de esperança a Bela Vista, em um gigantesco cenário que se estende até onde a vista alcança. Que bela vista.
Edvan/menino, de infância adulta, talvez até quisesse brincar como as crianças da cidade, da sua época, da sua idade, soltar pipas, jogar pião, criar passarinhos, bater uma bola, mas, membro de uma família quase toda evangélica, foi logo cooptado por Deus para dar segmento ao exercício prazeroso de ajudar o próximo, de fazer o bem.
Sempre prestativo, esse filho de Verediano Farias de Albuquerque, o popular seu Veras e dona Maria do Socorro Brandão (em memória), pai de Davy, Erly e Talita, nasceu predestinado ao sucesso. Com o tino de tomar pra si problemas de outros e ajuda-los a resolver, Edvan Brandão não teve como evitar que a política lhe envolvesse, e a família reta, sempre foi procurada por políticos influentes para apoio, até que resolveu lançar, com sucesso, Li, eleito a vereador.
Daí foi só vitória. Eleito a vereador, Edvan Brandão virou presidente da câmara, prefeito interino e por fim prefeito eleito, e hoje prefeito reeleito, e, além de carregar a responsabilidade de ser o gestor do centenário da cidade, em meio a uma pandemia, faz um trabalho tão bonito e tão eficaz em todas as esferas, que a olhos nus, lhe credenciou para a reeleição, tendo a maior margem de votos de toda a história de Bacabal.
De tradição carinhosamente diminutiva, seus pais chamavam pelos irmãos Verinha, Meirinha, Noquinha, Paquinha, Rosinha, Elizeu, Li e Elias, todos na mesa do café, todos na mesa do almoço, todos na mesa do jantar, a prole em nome da terra, Bela Vista, Taboca, Farias e Brandão.
E hoje, todos as salvas de foguete, todas as palmas, todas as belas palavras e frases, são para decifrar esse dia, dia do aniversário de Edvan Brandão, prefeito de Bacabal, cidade que completará em poucos dias 101 anos, cidade que, assim como Edvan Brandão, tem toda pressa de acontecer, e acontecerá, para todos os séculos e séculos sem fim.
Feliz aniversário Edvan Brandão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário