No começo eram tantas bacabeiras
Eram índios no imenso matagal
Eram lagos, lagoas, lamaçal
Lindos pássaros, muitos bichos e palmeiras
Eram foices fazendo uma clareira
Pra dali se tornar a Conceição
A Fazenda que ficou por tradição
Pioneira para todos os teus planos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão
Foi no dia 17 de abril
Do ano de 1920
De vermelho o calendário assim pinte
Essa data de um sentimento ardil
Quando Urbano Santos decidiu
Assinar a lei da emancipação
Bacabal se tornou nome e condição
Para novos moradores, novos manos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão.
Devagar Bacabal foi progredindo
E Chegaram os grandes fazendeiros
Conquistadores e muitos aventureiros
E o comércio em alta se expandindo
A cidade se viu evoluindo
Com critério e organização
E diante de tanta evolução
Atraiu bandoleiros e ciganos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão.
Os pastores os padres; umbandistas
Com seus templos, igrejas e seus Santos
Orações, seus louvores e seus cantos
Cada um a buscar suas conquistas
É a fé aumentando a sua lista
Para Santa Terezinha e Conceição
Padroeiras da nossa devoção
E assim sermos nessa vida mais humanos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paião.
Desce as águas do Rio Mearim
Batelão, lancha, balsa e
vapor
Na tarrafa do velho pescador
A branquinha, o Piau, o surubim
No arrasto o bodó e o niquim
No anzol o mandi e o sabão
Lavadeira e o cacete na mão
Bate a roupa sem dó, sem deixar danos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão.
No esporte um grande vencedor
Com destaque pra nossos estudantes
Bons atletas e vis perseverantes
A Vitória com garra e com amor
Pelo grito do grande torcedor
O meu BEC sagrou - se campeão
A torcida lotando o Correão
Babaçus e também Americanos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão.
E migraram pra cá os carcamanos
Grandes árabes, barbudos libaneses
O comércio cresceu com os portugueses
E com a força dos negros africanos
Os vizinhos irmãos paraibanos
E o flagelo do povo cearense
Misturado com a mão piauiense
E o labor e a visão dos sergipanos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão
As sementes que planta o lavrador
E que enche de verde o nosso chão
Mandioca, arroz, milho e feijão
A colheita é feita com amor
Quebradeira de Coco e sua dor
Como os calos de sangue em sua mão
O azeite tirado é o quinhão
Que sustenta a gana dos insanos
E assim lá se vão 101anos
De trabalho, progresso e de paixão
A cultura daqui é maravilha
Muita coisa pro povo se animar
Bumba boi e o bom Cacuriá
O tambor de crioula e a quadrilha
Um balão que no céu a noite brilha
Anuncia que é dia de São João
A cidade em festa, em combustão
Não distingue os fiéis dos tais profanos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão
Mas o tempo é cruel, não alivia
É o povo vivendo afastado
Muitos hoje morrendo isolados
Consequência da grande pandemia
Esperamos que chegue esse dia
Em que mude essa tal situação
Pra poder abraçar, pegar na mão
Sem temer nem fulanos nem sicranos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho progresso, e de paixão
Pela tela de um velho cimema
Uma linda imagem, colossal
Pra mostrar que já teve em Bacabal
Tudo que não cabe hoje em uma cena
Expoaba já foi, é uma pena
Beira Rio, Cassino e Canecão
As usinas de arroz e algodão
Um passado de ares desumanos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho progresso e de paixão.
Bacabal hoje é linda de se olhar
É cidade que cresce a cada dia
Com sucesso e cercada de alegria
O seu povo só tem muito a se orgulhar
Como é bom vir aqui comerar
O sucesso de uma administração
Do prefeito que é Edvan Brandão
A cidade, o seu povo, são seus planos
E assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão
Mas a cidade so se agigantou
Com asfalto, avenidas e hospitais
Muitas pontes e estradas vicinais
Novo rumo que a cidade então tomou
Um gestor que a manga arregaçou
E que trata o seu povo como irmão
Energia ele pôs na fiação
E a água abundante pelos canos
É assim lá se vão 101 anos
De trabalho, progresso e de paixão
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