Durante entrevista a TV Brasil, na noite de ontem, segunda-feira (19), o presidente da República, Jair Bolsonaro, deixou claro que não só não concorda com o aumento proposto para o fundo eleitoral do ano que vem, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias, como também deverá vetar o chamado fundão eleitoral.
De acordo com o que foi aprovado no Congresso Nacional, o fundão eleitoral chegaria a R$ 5,7 bilhões. O valor, fruto de dinheiro público, representa três vezes o valor de R$ 2 bilhões previsto para as eleições de 2018 e de 2022.
“É uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada. Caso ela seja sancionada – posso adiantar para você que não será sancionada. Que afinal de contas, eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo, e nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo o que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar”, afirmou.
Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro disse que esse recurso “astronômico” precisa ser aplicado em obras em benefício da população brasileira.
“O valor é astronômico. Mais R$ 6 bilhões para fazer campanha eleitoral. Imagine na mão do ministro Tarcísio (se referindo ao ministro de infraestrutura) o que poderia ser feito com esse dinheiro”, disse Bolsonaro.
É aguardar e conferir, mas a medida deve agradar em cheio a maioria da população, já que paralelamente a esse reajuste triplicado do fundo eleitoral, a LDO aprovou um salário mínimo do ano que vem de R$ 1.147, sem portanto, aumento real. Atualmente, o valor é de R$ 1.100. Ou seja, enquanto o fundo eleitoral triplicaria o valor, o salário mínimo não terá um aumento real, mas sim um reajuste irrisório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário