Filho de Valdemir Lago, Valdemir dos Correios, e de D. Helena, eterno morador da Rua Manoel Alves de Abreu, 220, Lílio Remi Lago é poeta, mas poucos sabem disso, dessa sua verve ou faceta.
Lílio é conhecido mesmo como funcionário público federal, hoje aposentado, tendo sido um dos mais destacados servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ocupando com destreza, por diversas vezes, o cargo de diretor do Instituto aqui em Bacabal.
Mas, Lílio é poeta. E o poeta Lílio Remi Lago está lançando um livro, o seu primeiro livro do que deve uma longa série. E o livro, intimista, se chama "A história da minha vida em versos".
Me coube a missão de prefaciar essa primeira obra, e é esse prefácio que eu transcrevo abaixo para explicar a poesia do meu colega de muitas histórias e meu amigo por toda a vida.
Poesias para muitas musas
Eu e Lílio somos amigos, nos conhecemos desde a infância, temos a mesma idade. Inventamos essa história de fazer poesias ainda na adolescência, entre tragos e goles, entre risos e dissabores. Nesse métier de escrever redigíamos cartas para as namoradas dos nossos amigos de ‘patota’, a pedido deles, é claro.
Lílio conta, quando nos encontramos, ainda nos vemos com frequência, que tivemos ‘algumas’ musas em comum na história da nossa vida de poesias.
Brincamos sempre com isso. Eu admito, pelo uma musa. Nada, além disso.
Mas, a edição desse compêndio de poemas trata exatamente disso, o variado, extenso e incontável número de amores que Lílio Remi Lago cultivou ao longo desses mais de 60 anos de vida e poesia.
Eu nunca consegui contar, mas, lendo cada uma das poesias aqui contidas fui capaz de identificar alguns desses muitos amores, dessas muitas musas.
A primeira, senão a mais perfeita, sua mãe Helena Lago, a quem reporta extremo amor, o maior de todos, extensivo, é claro, a toda sua família: pai, irmão e irmãs, filhos e netos.
A segunda, e especial musa, é sua Terra Natal, Bacabal. O poeta exala amor nativo em versos e estrofes cantadas em rimas puras e serenas. Se derrama em gritos surdos que nunca serão ouvidos, agora serão, enfim, lidos.
Por fim, vem a gama desvairada de sentimentos, e múltiplos sentimentos, jogados em prantos lentos e variados, um a um, musa por musa, infindas musas, centenas delas... Representação dos seus inúmeros amores.
Em cada linha Lílio canta um amor diferente. Em cada estrofe uma dor. Em cada verso uma saudade.
Quem tantas musas teve deve sentir muitas saudades, dores diversas, tempo remoto, presente, ausente, enfim...
Leia Lílio Remi Lago e sinta o que eu senti mesmo não tendo convivido com ele como em convivi.
Abel Carvalho
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