A ocorrência de um acidente no trabalho é motivo de preocupação tanto para as empresas como para os trabalhadores.
Seja por desrespeito às leis ou negligência às normas de segurança, as consequências podem ir desde um afastamento, perda ou redução da capacidade do trabalhador ou até mesmo óbito.
Veja agora o que define um acidente de trabalho, qual a realidade das empresas brasileiras, os principais acidentes registrados e como preveni-los.
O que é um acidente de trabalho?
Acidente de trabalho é uma ocorrência decorrente do exercício do trabalho, que acontece de maneira inesperada ou não, que interfere ou interrompe a atividade de trabalho, causando lesões, morte, perda ou redução da capacidade de trabalho.
Consideram-se também acidente do trabalho as doenças ocupacionais, peculiares a determinadas atividades e as doenças do trabalho, adquiridas ou desencadeadas em função de condições específicas em que o trabalho é executado.
Acidentes de trabalho no Brasil
Mesmo com todas as rígidas leis trabalhistas, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho.
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), em 2018, foram registrados no INSS cerca de 576,9 mil acidentes de trabalho, um número 3,47 vezes maior que no ano de 2017.
Os estados com maior número de acidentes entre trabalhadores com carteira assinada, em 2018, foram:
São Paulo foi o estado com o maior número de acidentes de trabalho, com 197.330 registros de acidentes. Seguido pelo Rio Grande do Sul, com 48.559 acidentes e Minas Gerais, com 59.553 acidentes.
Quais os acidentes de trabalho mais comuns?
Segundo o Ministério da Previdência Social, alguns acidentes são mais comum e atingem um maior número de trabalhadores. Entre os acidentes mais comuns estão:
Quedas;
Choques contra objetos;
Choques elétricos;
Golpes provocados por ferramentas;
Fraturas;
Contusão e esmagamento;
Lesões por Esforços Repetitivos (LER);
Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (Dort);
Estresse;
Ansiedade.
Quais as profissões mais vitimadas?
Segundo o Observatório Digital de Saúde e segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), os setores que mais registraram acidentes de trabalho foram o hospitalar público e privado com 10% dos registros de CAT.
Na sequência o vem o comércio varejista com 3,5%, administração pública (2,6%), correios (2,5%) e construção (2,4%).
Entre as profissões que mais sofrem acidentes estão os trabalhadores de linhas de produção; os técnicos de enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões.
Programas de segurança do trabalho para prevenção de acidentes
Os programas de prevenção de riscos e acidentes são uma forma de tornar o ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
Eles têm a finalidade de informar, conscientizar e determinar regras e normas que devem ser seguidas por empregados e empregadores, afim de tornar o ambiente o mais seguro possível.
A CIPA é uma delas. A CIPA é uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, e tem a finalidade de informar e conscientizar os trabalhadores a respeito das Normas Regulamentadoras (NR) de segurança e saúde no ambiente de trabalho.
Ou seja, o principal objetivo dessa comissão é estudar o ambiente de trabalho para identificar os possíveis riscos de acidentes para promover ações preventivas.
Outro programa importante e obrigatório para todas as empresas é o PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais).
O PPRA tem como objetivo implementar métodos e ações de combate a possíveis agentes químicos, físicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho que, devido a sua concentração ou tempo de exposição, possam ser prejudiciais à saúde ou a integridade física dos trabalhadores.
Para reduzir acidentes é necessário investir em segurança do trabalho. Esse investimento significa menos riscos, menos custos e mais motivação e produtividade para equipe e empresa.
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