Pelo visto o número de candidatos na disputa da Prefeitura de São Luís em 2024, deve superar o das eleições de 2022. A cada dia mais um político vai demonstrando interesse em disputar o pleito e se colocando como pré-candidato.
No dia de ontem, terça-feira (29), o mais novo pré-candidato é o deputado estadual Wellington do Curso. O parlamentar reeleito pelo PSC, anunciou que deixará a legenda, já que o partido estará sendo incorporado pelo Podemos, uma vez que não conseguiu atingir a cláusula de barreira.
Além de anunciar a sua saída do PSC, Wellington disse que vai em busca de um partido que lhe assegure a oportunidade de disputar a Prefeitura de São Luís. Vale lembrar que em 2020, Wellington não conseguiu disputar as eleições municipais justamente por falta de uma legenda.
Sendo assim, além de Wellington do Curso, já temos como pré-candidatos: o deputado estadual Yglesio Moyses (PSB), o presidente eleito da Câmara de São Luís, Paulo Victor (PCdoB), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), o deputado federal eleito Duarte Júnior (PSB) e o deputado estadual Neto Evangelista (União). Isso sem falar no ex-prefeito Edivaldo Júnior (atualmente sem partido), que cogita disputar novamente a Prefeitura de São Luís e o atual prefeito da capital, Eduardo Braide (PSD). Devemos ter um número recorde de candidatos, o que, em tese, pode beneficiar quem está disputando o pleito no cargo.
PRECISAMOS DE ELEIÇÕES GERAIS
O Blog já destacou a grande quantidade de políticos que, mesmo em 2022, saindo de uma eleição, estão se colocando como pré-candidatos à Prefeitura de São Luís para o pleito eleitoral de 2024 (reveja).
No entanto, não apenas a grande quantidade de pré-candidatos tem chamado atenção, mas também o fato de que a maioria desses postulantes a Prefeitura de São Luís acabaram de se eleger ou reeleger.
Ou seja, fizeram campanha e pediram os votos do eleitor para exercer uma função que podem não passar nem 50% do mandato e isso acontece pelo simples fato de no Brasil não termos eleições verdadeiramente gerais.
No atual modelo brasileiro, temos eleições municipais e eleições “ditas” gerais, num intervalo de dois anos. Desta forma, quem se elege numa eleição, pode se candidatar e se eleger em outra eleição num intervalo de dois anos, sem cumprir o mandato inteiro para que foi eleito inicialmente.
Entre os pré-candidatos temos deputados federais eleitos e reeleitos, bem como deputados estaduais reeleitos, que nem saíram direito desta eleição de 2022 e mesmo assim já se movimentam para disputar o pleito de 2024.
O próprio atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), usou a mesma estratégia, já que se elegeu deputado federal em 2018, mas dois anos depois, em 2020, renunciou ao mandato na Câmara Federal após ser eleito prefeito da capital maranhense.
Se tivéssemos uma única eleição, verdadeiramente geral, de quatro em quatro anos, e reduzíssemos o mandato de senador, que parece interminável, essa situação seria evitada.
Sendo assim, é necessário termos verdadeiramente eleições gerais no Brasil. O problema é que apenas os políticos podem mudar isso e, infelizmente, a maioria não tem interesse, afinal são os maiores beneficiados com as eleições de dois em dois anos.
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