Prisão de ventre
Também chamada de obstipação ou constipação intestinal, a prisão de ventre é uma condição em que a pessoa não consegue evacuar mesmo estando com vontade de ir ao banheiro e precisa fazer muito esforço para as fezes saírem.
A prisão de ventre também pode se manifestar por meio de fezes arredondadas (pelo esforço feito na evacuação), ressecadas e endurecidas.
A prisão de ventre é um quadro que pode ser tanto um sintoma como uma condição em si; no entanto, quando se torna crônica, pode causar diversos problemas e incômodos para o paciente.
O que é prisão de ventre?
Prisão de ventre ou constipação intestinal ocorre quando o indivíduo tem dificuldade e/ou não consegue evacuar mesmo com intensa vontade de ir ao banheiro. Com a dificuldade, é comum que a pessoa faça mais esforço para a saída das fezes, que podem sair em formato arredondado e consistência endurecida.
Cada pessoa tem seu próprio hábito intestinal; no entanto, quando o indivíduo vai menos de três vezes ao banheiro na semana, já podemos dizer que ele sofre de prisão de ventre.
Estima-se que entre 20 e 30% da população no Brasil tenha alguma alteração intestinal relacionada à constipação intestinal.
A prisão de ventre é mais comum entre as mulheres por questões hormonais – mas também culturais, já que muitas mulheres têm vergonha de ir ao banheiro fora de casa mesmo sentindo vontade, o que pode desencadear ou agravar o quadro.
Também é comum que pacientes idosos tenham prisão de ventre por conta das alterações no organismo causadas pela idade avançada.
Sintomas da prisão de ventre
O principal sintoma da prisão de ventre é a dificuldade e/ou o esforço para evacuar, com idas ao banheiro que não chegam a três vezes na semana – mesmo com intensa vontade.
Outros sintomas comuns da prisão de ventre são:
Grande esforço que resulta em pouca quantidade de fezes eliminada;
Fezes em formato arredondado, ressecadas;
Evacuação dolorosa e, por vezes, causando fissuras;
Sensação de fezes presas dentro do corpo;
Distensão abdominal (barriga inchada);
Gases;
Dor e/ou desconforto abdominal.
Quando a prisão de ventre se torna crônica, ela pode causar complicações. Uma delas é o fecaloma, uma massa fecal endurecida que impede a saída das fezes mesmo com mudanças na alimentação para estimular o funcionamento correto do intestino.
Além disso, a prisão de ventre também pode provocar problemas como diverticulite (inflamação interna intestinal) e favorecer o aparecimento de hemorroidas.
Causas da prisão de ventre
Há diversas causas para a prisão de ventre. As mais comuns estão relacionadas aos hábitos de vida:
Alimentação deficiente em fibras;
Alto consumo de alimentos industrializados e ultraprocessados;
Baixa ingestão de água;
Estresse;
Sedentarismo;
Hipotireoidismo;
Envelhecimento.
Outras doenças mais complexas podem ter a prisão de ventre como sintoma, tais como:
Diabetes;
Depressão;
Lúpus;
Tumores intestinais.
Diagnóstico da prisão de ventre
O diagnóstico pode ser feito pelo médico com base na observação clínica e nos sintomas descritos pelo paciente.
Para ser diagnosticado com prisão de ventre, o paciente precisa ir ao banheiro menos de três vezes por semana, sentir dificuldade e fazer muito esforço para evacuar, ter episódios de dor na evacuação e ainda eliminar pouca quantidade de fezes, geralmente secas e endurecidas.
Além do diagnóstico da prisão de ventre por si, é muito importante que se busque a causa do problema, que pode variar desde condições simples até doenças graves.
Tratamentos para prisão de ventre
O tratamento para a prisão de ventre inclui mudanças de hábito, como adotar uma dieta rica em fibras (com grãos integrais, frutas, verduras e legumes) e alimentos que ajudem a “soltar” o intestino, como ameixa, mamão e laranja. Além disso, outras modalidades podem ser incluídas a depender da causa do problema.
É ainda recomendado o aumento na ingestão de água (pelo menos dois litros por dia) e a prática de exercícios físicos: ao acionar a região do intestino, eles estimulam os movimentos peristálticos, que provocam efeitos mecânicos empurrando o bolo alimentar ao longo do intestino.
Em casos mais sérios, quando o paciente está sem evacuar há dias, é recomendada a lavagem intestinal para ajudar a saída das fezes. O uso de laxantes é feito de forma pontual, já que o uso contínuo pode prejudicar o funcionamento natural do intestino.
Alimentação para prevenir a prisão de ventre
A prisão de ventre pode ser causada pela alta ingestão de alimentos com baixa quantidade de fibras e ricos em carboidratos, como os ultraprocessados.
Por isso, a alimentação para prevenir a prisão de ventre deve conter grandes quantidades de alimentos com fibras, in natura e de preferência preparados em casa. Exemplos disso:
Vegetais, especialmente os folhosos como alface, couve e repolho;
Frutas com casca, já que cascas têm bastante fibra;
Cereais, de preferência integrais, como trigo, aveia, farelo de aveia, arroz;
Leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico;
Frutas secas, como ameixa e uva passa;
Probióticos naturais como iogurte, kefir e kombucha (que ajudam a regular a microbiota intestinal).
É importante ainda aumentar a ingestão de água, já que o líquido é responsável por hidratar as fibras e facilitar a saída das fezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário