O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, causou polêmica ao defender, neste fim de semana, que a existência da Polícia Rodoviária Federal seja “repensada”.
Mendes se manifestou dessa forma após a confirmação da morte da pequena Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi baleada na cabeça por um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio de Janeiro, na semana passada. A criança foi atingida na cabeça quando estava dentro do carro da família.
De acordo com a PRF, o carro em que a menina e a família se encontravam tinha um registro de roubo realizado em agosto do ano passado. O motorista, pai da criança, disse ter comprado o carro sem saber deste registro.
Gilmar Mendes lembrou outros episódios polêmicos envolvendo policiais rodoviários federais ao questionar a continuidade da PRF.
“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses – e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais -, merece ter a sua existência repensada. Para violações estruturais, medidas também estruturais”, defendeu Gilmar Mendes.
Tanto o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentaram e lamentaram o episódio, deixando claro que providências foram e estão sendo tomadas, mas nenhum comentou a proposta, que pela generalização parece absurda, de Gilmar Mendes.
É bom lembrar que a Polícia Rodoviária Federal no Brasil, na sua maioria, é composta por pessoas de bem e que trabalham por um país melhor.
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