O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse na tarde de ontem, segunda-feira (27) que o crescimento do 5G no Brasil cria condições para promover mais inovação e crescimento na indústria nacional. De acordo com ele, a tecnologia desempenha um papel fundamental na transformação do setor e já está causando uma “revolução”.
“O 5G abre portas para uma série de novas oportunidades e possibilidades, se tornando essencial para suportar as necessidades das indústrias. Com a tecnologia, as fábricas podem conectar e controlar uma ampla gama de dispositivos e sensores de forma eficiente, permitindo a automação avançada e a coleta de dados em tempo real para otimizar processos de produção”, disse Juscelino.
A afirmação foi feita no Rio de Janeiro, durante o seminário “Conectividade e o Futuro”, promovido pelo Grupo Globo.
No evento, o ministro destacou também a importância da tecnologia para o povo brasileiro: “Que esse ‘g’, do 5G, represente o ‘g’ de gente. De todos os brasileiros e brasileiras, para que possam usar essa tecnologia e acessar serviços públicos e privados. O 5G é das empresas, das indústrias, do setor produtivo. É da saúde, da educação, do agronegócio. É um avanço que pode melhorar significativamente a vida de muitas pessoas. E estamos trabalhando nisso. Para implementar políticas públicas que entreguem cada vez mais resultados aos cidadãos”, finalizou.
O ministro fez a abertura do evento e integrou o 1° painel do seminário. Também participaram das discussões o presidente da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as empresas de telecomunicações, Marcos Ferrari, e o gerente de monitoramento e controle de projetos da Diretoria de Tecnologia e Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rodrigo Pastl.
“O 5G possibilita a adoção de sistemas de manufatura inteligente, nos quais máquinas, robôs e equipamentos de produção podem se comunicar entre si de forma instantânea e coordenada. Isso permite uma produção mais flexível, personalizada e eficiente, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos produtos”, disse Juscelino.
Juscelino Filho afirmou ainda que, com a conectividade de alta velocidade do 5G, a realidade aumentada e a realidade virtual podem ser implementadas em ambientes industriais para oferecer treinamento imersivo, assistência remota e visualização de dados complexos – o que pode aumentar a eficiência operacional e reduzir o tempo de inatividade, permitindo uma manutenção mais rápida e precisa.
“Além disso, o 5G pode melhorar significativamente a eficiência da logística e da cadeia de suprimentos, permitindo o rastreamento em tempo real de produtos e ativos, otimizando rotas de entrega e facilitando a comunicação entre fornecedores, distribuidores e varejistas. Em resumo, o 5G está revolucionando a indústria, oferecendo novas maneiras de aumentar a eficiência, reduzir os custos e impulsionar a inovação”, complementou o ministro.
Ele lembrou ainda, no evento, que a partir desta segunda-feira, 27, mais 236 cidades brasileiras estarão aptas para receber a tecnologia 5G. Hoje, o total de municípios que vão poder contar com a tecnologia chegará a 4.134, nos quais vivem pouco mais de 189 milhões de brasileiros, aproximadamente 88,6% da população do País.
Produção e competitividade – No seminário, Rodrigo Pastl disse que o 5G pode, inclusive, aumentar as exportações brasileiras. “Podemos usar a tecnologia para melhorar a competitividade lá fora, e com isso, acessar novos mercados. O 5G é um grande diferencial”, disse.
Já o presidente da Conexis Brasil Digital falou sobre o impacto da tecnologia na economia. “O 5G permeia todos os setores produtivos, facilitando a logística, reduzindo perdas e gerando aumento de produção. Isso pode reverter em melhores salários, o que pode acarretar numa melhor renda per capita e em melhor bem-estar social e econômico. É o país que sai ganhando”, afirmou Marcos Ferrari.
Segurança – O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Barros Tercius, participou do 2° painel, com o tema “Desafios para os avanços das redes privativas na indústria”.
Entre os temas abordados, ele falou sobre segurança cibernética. “O governo criou o Comitê Nacional de Segurança Cibernética, onde se discute isso em âmbito nacional, com a participação de diversos órgãos. Outra ação importante é a segurança dos dispositivos, o que está sendo feito via Anatel, por meio de algumas regulamentações, implementadas para corrigir fragilidades de equipamentos e sistemas”, explicou.
Também participaram deste painel o vice-presidente de Relações Públicas da Huawei na América Latina e Caribe, Atilio Rulli, e o superintendente de Outorga e Recursos à Prestação, da Anatel, Vinicius Caram.
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