MÚSICA
GOSPEL, A $IFRA DA
VEZ
Quem viu ou
ouviu os axés de Lázaro, sacudirem as ladeiras do Pelourinho no Centro
Histórico da Bahia interpretados pelos principais blocos como Ilê Aiê, Olodum e
Timbalada e agora o vê todo engravatado, dando testemunho e cantando “Tudo é do Mestre”, pode até
pensar que o homem se santificou. Ledo engano. O Irmão Lázaro foi apenas
inteligente e pegou o inicio de um filão que rende milhões, a música gospel. Mudando apenas as letras e mantendo o
ritmo original, ele é hoje um dos maiores vendedores do gênero no Brasil.
Constantemente vê-se nos programas de televisão,
pastores, missionários, conferencistas, bispos e apóstolos, se digladiarem com
insultos, calúnias, difamações e outros tipos de baixaria, fazendo tudo ao
contrário do que Jesus mandou, isso por causa dessa cifra que abarrota os
cofres das igrejas e as contas dos mandatários.
E o que a música tem a ver com isso?. A Rede Globo de
Televisão, com todo o seu poder, contratou os melhores cantores de cada igreja,
inclusive da católica, fez um mega-show, mostrou em horário nobre e
conseqüentemente , administrando essa dinheirama que fugiu dos cofres das
igrejas, deixou os pastores em pé de guerra.
A poderosa Rede Globo provou que tudo é comércio e que
a música do mundo, a música do diabo tão pregada pelas igrejas evangélicas, não
passa de simples música, pois na festa de réveillon a ícone da música
evangélica, Aline Barros, cantou com as baianas Margareth Menezes que faz a
linha umbanda e com Ivete Sangalo que é do candomblé, como ela mesmo diz, cem
por cento axé..
O que está valendo em tudo isso é o dinheiro que essa
jogada gera, a Som Livre toma conta de tudo e administra cada passo de cada
cantor deixando para as igrejas uma pequena fatia que não sacia nem a fome e
nem a sede dos pastores.