O pré-candidato ao
Governo do Estado pelo PMDB, senador Lobão Filho (PMDB), afirmou não temer e
estar preparado para o debate contra o seu adversário nas eleições de outubro,
o comunista Flávio Dino (PCdoB).
O peemedebista propõe ao eleitor a
comparação de ideias, da postura ética e profissional, da história de vida, da
relação familiar e de experiências adquiridas no campo administrativo. Convicto
de que a eleição poderá ser decidida ainda no primeiro turno, Lobão Filho
afirmou que já aguarda com ansiedade o embate político com o seu adversário.
As considerações e análises do atual
cenário político foram feitas pelo pré-candidato durante visita de cortesia à
Redação de O Estado na manhã de ontem. O senador foi recepcionado pelo diretor
de Redação, Ribamar Corrêa, e participou de um bate-papo com toda a equipe de
política do jornal.
Para Lobão Filho, o confronto de
ideias e de projetos propostos para a administração pública será fundamental
para a disputa eleitoral, polarizada entre ele e Flávio Dino. E é justamente o
debate entre ambos, o que mais o motiva para o enfretamento público.
Para ele, o eleitorado precisa
comparar e conhecer mais profundamente cada um dos candidatos, levando em
consideração todos os aspectos. “As pessoas precisam entender quem é o Edison
Lobão Filho e quem é Flávio Dino. O eleitor precisa comparar os dois, comparar
a experiência, o discurso, comparar a capacidade de promover as mudanças. As
pessoas precisam analisar quem é realmente o novo: se sou eu ou se é o meu
adversário”, disse.
Lobão Filho afirmou não ter dúvida de
que leva vantagem sobre Dino, principalmente, segundo ele, pelo fato de o
comunista sustentar um discurso cansado, que apenas critica o oponente e não
apresenta soluções para a administração pública estadual.
“Eu tenho uma visão empreendedora, de
estipular metas e cobrar resultados. É a minha visão de gestão, uma visão
empresarial e que pode elevar a economia do nosso estado. Portanto, entendo ser
eu a novidade dentro do estado do Maranhão. O outro, representa a política na
essência, com o discurso fácil da crítica, da esculhambação. É fácil
esculhambar, você não precisa ter densidade para isso. E ele, ainda por cima,
se cerca de tudo que nós já conhecemos na política maranhense”, enfatizou.
Debate - Se dependesse
do peemedebista, o debate entre ele e Flávio Dino já poderia ter sido iniciado.
“Se fosse por mim, o debate começaria hoje. O maranhense vai poder comparar
tudo, o meu caráter, minha personalidade e a minha vida com a dele. O eleitor
vai poder comparar o que sou eu para a minha família e o que é ele para a
família dele. Tem de analisar o caráter porque governante tem de ter caráter,
isso precisa ser avaliado. Um governador influi na vida de todas as pessoas,
sejam elas servidoras públicas ou não. O governo está presente na vida de
todos, por isso a importância do debate e da comparação dos candidatos pelo
eleitor”, completou.
Ao final do bate-papo, Lobão
reafirmou o entusiasmo e unidade de seu grupo político, informou que permanece
em diálogo com os deputados estaduais e prefeitos e assegurou que a sua relação
com a governadora Roseana Sarney (PMDB) é a melhor possível.
Oligarquia - O
pré-candidato do PMDB, senador Lobão Filho, desafiou o comunista Flávio Dino
(PCdoB) – que utiliza como tema central de sua campanha o “fim da oligarquia”
no Maranhão – a mostrar ao eleitor maranhense quem de fato é beneficiado pela
política tradicional.
Segundo ele, dos 50 anos de
“manutenção” de poder no estado, como prega Dino, pelo menos 30 foram de
alternância entre aliados do comunista, que tenta esconder a situação de seu
eleitor.
“Sempre falam de oligarquia, mas
praticamente todos os governadores que integraram essa tal oligarquia de 50
anos, propagada por eles, estão apoiando o nosso adversário. Estão lá o Luiz
Rocha [pai do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB)]; familiares de
Jackson Lago; o próprio José Reinaldo Tavares (PSB) e João Castelo (PSDB). Se
somarmos isso, dará mais anos do que os governos do meu pai [ministro Edison
Lobão] e da governadora Roseana Sarney (PMDB)”, disse.
Ele afirmou que esse aspecto também
deve ser levado em consideração pelo eleitor.