Blog do Zé Lopes

PREÂMBULO

Aconteceu no fim de semana que passou, 25, 26 e 27, sexta-feira, sábado e domingo, respectivamente, o 24º FESMAP- Festival da Música de Pinheiro que teve com tema – Canta meu Nordeste “Tributo ao Cantador Coxinho”. Organizado, presidido e apresentado pelo produtor cultural Waldomiro, o evento, mais uma vez foi um sucesso e premiou três músicas e um intérprete. Para o melhor intérprete R4 2.000 (dois mil reais) e R$ 4.000 (quatro Mil Reais), R$ 6.000 (seis Mil Reais) e R$ 8.000 (oito Mil Reais), para o terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente. Os troféus foram desenhados e confeccionados pelo designer e artista plástico Wilson Bozzó.

CAPITULO I – A VIAGEM

Madrugada de sexta-feira, depois de uma longa espera no Porto da Ponta da Espera, um monte de pessoas que se viram pela primeira vez e nunca mais, outros nem se viram e outras já se conhecem, em uma longa e lenta fila, se acotovelaram para adentrar no ferry boat. São poetas, cantores, compositores, escritores, músicos, doutores, anônimos, pretos, brancos, jovens, velhos, gordos, magros, todos com sua importância e com destinos diferentes. Lentamente aquele monte de ferro, abarrotado de gente e automóveis, rasga o mar, num tum, tum, tum ensurdecedor, misturado com sopro forte do vento e centenas de vozes. Destino final: Porto do Cujupe, a maioria para a cidade de Pinheiro onde aconteceu o 24º FESMAP- Festival da Música de Pinheiro.

CAPÍTULO II – FESMAP

O FESMAP- Festival da Música de Pinheiro, que homenageou o cantador Coxinho, apresentou a sua 24ª edição, é um dos poucos do Brasil e atrai compositores de várias cidades do Maranhão e até de outros estados. Foram classificadas 24 canções, divididas em duas eliminatórias, classificando cinco de cada uma para a final com as dezmelhores. Cada vez maior, o evento foi realizado através da Lei de Incentivo a Cultura, com patrocínio da CEMAR e da Secretaria Pinheirense de Cultura e apoio da Caixa Econômica e de várias prefeituras da região da baixada. O FESMAP ofereceu aos participantes, jurados e atrações,alojamentos nos melhores hotéis e pousadas, alimentação de primeira e todo apoio logístico.

CAPITULO III – A PRIMEIRA ELIMINATÓRIA

Alisson Ribeiro

Carol

Yudson cassio

Manuel baião de Dois

Dentre os doze intérpretes que se enfrentaram na primeira noite, apenas um não havia ganhado festivais o que acirrou mais a disputa e o resultado deixou de fora grandes nomes como Iudson Cassio, Manuel baião de Dois, Nato Araújo, Fernando Pessoa, Allisson Ribeiro, todos vencedores de edições passadas do mesmo festival. Foram para a final as cantoras Ana Cláudia, Fernanda Garcia, Marcio Belo, Doégnes e a dupla Luis Junior e Mário Fernando. A grande atração da noite foi o cantor e compositor Gildomar Marinho.

Gildomar Marinho

CAPITULO IV – A SEGUNDA ELIMINATÓRIA

Luan Azoubel

Jonathans Prado

Adriano Moraes

Jonaldo

Ronaldo Queiroz

Considerada como uma eliminatória mais leve, isso pelo fato de grandes vencedores saírem eliminados na primeira, apenas onze músicas foram apresentadas, o cantor e compositor Jhoie Araújo não compareceu. Com músicas mais agitadas, a noite, alem das baladas, teve rock, afoxé, reggae e xote. Foram para a final Gilvan Mocidade, Nato Silva, Davy, Tony Soubles e Mila camões. . A grande atração da noite foi o cantor e compositor Rommel.

Rommel

CAPÍTULO V – AS DEZ FINALISTAS

01 – Lamento, de Murilo Rego com Mila Camões

02 – Águas de um rio, de Ricardo Azoubel com Ana Cláudia

03 – Teté, de Zé Lopes e Gilvan Mocidade com Gilvan Mocidade

04 – Urrou, urrou, de Smith Jr. com Luiz Júnior e Mário Fernando

05 – Efêmero, de Evaristo Filho com Davy

06 – Indecisão, de Tony soubler com Tony Soubler

07 – Borogodó, de Selma Delgado com Márcio Bello

08 – Pois é, de Gico Silva com Doégnes

09 – Sentido, de Nato Silva com Nato Silva

10 – Banzeiro Grande, de Paulinho Oliveira com Fernanda Garcia

CAPITULO VI – OS JURADOS

Formado por jornalistas, poetas, compositores, músicos, produtores culturais, o corpo de jurados do FESMAP- Festival da Música de Pinheiro,foi do mais alto nível e, apesar do resultado final não ter agradado ao público e causar surpresa para os concorrentes, tudo aconteceu no maior clima de paz e harmonia. Os cantores Adler São Luis, Jorge Tadeu, Gildomar Marinho, Davy Boás, Elizeu Cardoso, os jornalista Gutemberg Bogéa e Gil Maranhão, compuseram a mesa.

CAPÍTULO VII - A CHUVA

Era exatamente, 15h, na passagem de som para a grande final, quando São Pedro resolveu não deixar que o ensaio acontecesse. Uma chuva torrencial, um verdadeiro dilúvio, caiu na cidade, que ficou toda alagada, e molhou boa parte do equipamento de som o que botou em xeque a realização do evento naquela noite. Depois de uma hora de aguaceiro, os técnicos avaliaram a situação, desmontaram todo o som para secagem e por fim, a finalíssima aconteceu.

CAPÍTULO VIII - A FINAL

Dez canções foram apresentadas, a maioria lentinhas, fazendo valer mais a interpretação e os arranjos e depois da apresentação da quinta participante, o festival parou para a apresentação de um documentário sobre o mestre “Coxinho”, produzido há mais de uma década pelo apresentador José Raimundo Rodrigues, e que, por ser muito longo, foi cortado pela metade.Na volta os outros cinco restantes deram conta do recado.

CAPITULO IX – O RESULTADO

Contrariando todas as apostas, incluindo a popular e a dos próprios concorrentes, todos foram surpeendidos com o resultado, principalmente o de melhor intérprete, que também ficou com o primeiro lugar.

Melhor Intérprete - Davy – Apesar de estar muito fora do peso, sem nenhuma ginga e expressão de palco, vestido com cores leves e cantando um reggae, não desafinou, fez o seu feijão com arroz e levou o prêmio para o Ceará.

Terceiro Lugar – Banzeiro Grande, de Paulinho Oliveira com Fernanda Garcia – Uma canção belíssima onde três ritmos são acentuados, uma letra não tão espetacular mas de grande inteligência. Apesar da grande intérprete que é, não levou para a final, a mesma emoção da eliminatória, por isso a colocação.

Segundo Lugar - Lamento, de Murilo Rego com Mila Camões – Como diz o título, um lamento, tocado a violão e sanfona, com uma letra no molde sertanejo antigo, mas com uma maravilhosa interpretação, para o povão, a melhor da noite, superando, e muito, a interpretação da eliminatória.

Primeiro Lugar - Efêmero, de Evaristo Filho com Davy – Foi a grande surpresa da noite. O cearense chegou com um reggae na pegada Cidade Negra, com uma letra comum mas que fez a cabeça dos jurados. Como a maioria dos jurados eram cantores, todos com influência latente no ritmo que veio da Jamaica, o davy cantou, não dançou, mas, correu pro abraço, levou pra sua estante dois troféus e botou em sua conta bancária o valor de R$ 10,000 (dez Mil Reais). A grande atração da noite foi o grupo de Coxinho cantando toadas do Pindaré.

EPÍLOGO

Pinheiro mostrou que continua sendo a cidade cultural do Maranhão