quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

MAIOR DOADOR DA ELEIÇÃO FAZ LOBBY CONTRA NOME DE DILMA PARA CHEFIAR AGRICULTURA


<p>Governo afirma que decisão já está tomada.</p>


Maior grupo empresarial de carnes do mundo e principal doador da campanha eleitoral realizada neste ano no País, o frigorífico JBS, da marca Friboi, faz lobby contra a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para comandar o Ministério da Agricultura no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. 

Governo afirma que decisão já está tomada.

O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo, esteve na quarta-feira com o chefe da Casa Civil do governo, Aloizio Mercadante, com quem tratou do tema em uma reunião reservada, fora da agenda oficial do ministro. 

O JBS doou ao todo R$ 352 milhões nas eleições de 2014, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos quais R$ 69,2 milhões foram destinados à campanha de Dilma à reeleição. Também desembolsou R$ 61,2 milhões aos postulantes a uma vaga na Câmara dos Deputados e R$ 10,7 milhões aos candidatos ao Senado. 

Apesar do volume aplicado na bancada ruralista, Kátia Abreu, que tentou e conseguiu renovar seu mandato de senadora pelo Tocantins, não recebeu nenhuma doação do JBS. 

Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), ela é uma das principais lideranças do agronegócio no País, o que lhe ajudou a arrecadar quase R$ 7 milhões neste ano - incluindo doação de R$ 100 mil realizada pelo frigorífico Minerva, concorrente do JBS. 

O lobby do maior frigorífico do mundo explicita uma guerra nos bastidores sobre o comando na Agricultura. Como representante dos pecuaristas, a senadora assumiu uma posição de ataque à empresa de Batista. Os criadores de gado temem a concentração de mercado que a empresa exerce cada vez mais, influenciando no valor da carne vendida por eles. O grupo JBS é responsável por cerca de 20% do abate bovino no País. O peso do frigorífico na formação de preço é uma das explicações para a acidez da senadora contra a empresa. 

O clima entre Kátia e Batista ficou ruim depois que a senadora acusou de antiética a campanha publicitária do JBS sobre a segurança sanitária representada pela Friboi. Em discurso no Congresso, em agosto de 2013, a senadora protestou: "Vá e diga que a sua carne é boa, que tem boa qualidade, que é produzida em frigoríficos de primeira. Mas não diga que é a única que o povo brasileiro pode comer." 

Influência

O Ministério da Agricultura acumula uma série de decisões favoráveis ao JBS. Todas adotadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), cujo titular, Rodrigo Figueiredo, é apadrinhado do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O parlamentar peemedebista, que hoje vive às turras com o governo Dilma, chegou a assinar um ofício indicando Figueiredo para o cargo em 6 de junho de 2013. 

Em outubro deste ano, a Justiça impôs derrota ao ministério por ter beneficiado o JBS. Determinou a aplicação de multa diária de R$ 100 mil caso não fosse suspensa uma limitação à exportação pelos Entrepostos de Carnes e Derivados (ECDs), operados por pequenos frigoríficos, conforme determinado pela SDA. Agricultura acatou a decisão. Em setembro, menos de dois meses após proibir o uso de expressões como "especial" e "premium" em rótulos de carne, a SDA desobedeceu a própria regra para atender demanda do JBS. Empresa e ministério não se manifestaram sobre os benefícios. A direção do grupo confirma a reunião com Mercadante, mas nega que esteja fazendo lobby contra a senadora. 

Balaio

A resistência do JBS vem se juntar às reclamações do PT e de movimentos sociais contra Kátia Abreu. Na lista de insatisfeitos reúne os mais diferentes campos ideológicos. A conservadora União Democrática Ruralista (UDR), por exemplo, também é contra a indicação.

Apesar das resistências, Kátia Abreu vai ser anunciada oficialmente ministra da Agricultura - algo que já está decidido há algumas semanas por Dilma, segundo assessores do Planalto - logo após o dia 15 de dezembro. É que nessa data ela tomará posse como presidente reeleita da CNA - se fosse indicada ministra antes, não poderia assumir o cargo na entidade de classe.

O QUE ACONTECE NA PETROBRAS OCORRE NO BRASIL INTEIRO, DIZ PAULO ROBERTO COSTA NA CPI

Paulo Roberto Costa participa de acaração com Nestor Cerveró na CPMI da Petrobras.




O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou na tarde de ontem,  terça-feira em sessão da CPI mista que confirma tudo o que disse no processo de delação premiada que firmou com a Justiça. Acusado de irregularidades na estatal, ele está colaborando com as investigações, com o objetivo de ter uma redução da pena. Ele disse estar arrependido e que decidiu participar da delação premiada por orientação da família. Isso teria lhe trazido “sossego à alma”. Paulo Roberto disse que todas as indicações para cargos de diretoria da empresa são políticas e que está arrependido de ter assumido o posto. Afirmou ainda que as irregularidades na Petrobras acontecem no Brasil inteiro, das rodovias às hidrelétricas.

A CPI fez uma acareação entre Paulo Roberto Costa e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para esclarecer as divergências em depoimentos anteriores feitos pelos executivos. Costa já disse à Polícia Federal (PF) que houve pagamento de propina para que a empresa adquirisse a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Cerveró nega irregularidades.

Em sua primeira fala, Paulo Roberto Costa disse que, assim como na primeira vez que foi à CPI mista, em 17 de setembro, permaneceria calado, justamente para não atrapalhar o processo de delação premiada. Segundo ele, todas as dúvidas já haviam sido esclarecidas ao Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Federal. Mas ressaltou que faria alguns esclarecimentos. Neles, lembrou que assumiu o posto de diretor de Abastecimento 27 anos depois de ter entrado na empresa por concurso público. Nesse período, disse, ocupou postos importante por sua competência técnica, mas destacou que isso não seria suficiente para se tornar diretor.

- Nesses 27 anos, assumi cargos importantes. Em todos esses cargos que assumi, não precisei nunca de apoio político. Consegui esses cargos por competência técnica. Quando surgiu a oportunidade de obter uma diretoria, era sonho meu ser diretor e, quem sabe, a presidência. Mas desde os governo Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, todos os diretores, se não tivessem apoio político, não chegavam a diretor. Infelizmente, aceitei uma indicação política para assumir a diretoria de Abastecimento. Estou extramente arrependido de fazer isso. Se pudesse, não teria feito isso. Quisera eu poder não ter feito isso. Isso tudo, para tornar minha alma mais pura, confortável, para mim e para minha família, fiz o acordo de delação. Passei seis meses na carceragem. O que acontece na Petrobras acontece no Brasil inteiro, nas rodovias, ferrovias, portos, aeroportes. hidrelétricas - disse Paulo Roberto.

Ele confirmou tudo o que disse no processo de delação premiada, mas não quis dar detalhes. Segundo eles, fatos e pessoas envolvidas nas irregularidades serão conhecidos no momento oportuno.

- Tudo que falei lá eu confirmo. Não tem nada lá que não confirmo. É um instrumento sério, que não pode ser usado de artificio, de mentira, que não pode ser na frente confirmado. Nos mais de 80 depoimento que eu fiz, foram mais de duas semanas de delação, o que está lá eu confirmo. Provas existiram e estão sendo colocadas. Falei de fatos, de pessoas. Na época oportuna, virão a conhecimento público - disse Paulo Roberto.

Ele afirmou ainda que a família está sofrendo e que foi, por orientação dos familiares, que está colaborando com as investigações.
- Quando resolvi falar a delação premiada, não foi orientação do advgado, de ninguém. Foi da minha família. Quem colcoou com clareza foi minha esposa, minhas filhas, meus genros e netos. Falavam: por que só você? E os outros? Você vai pagar sozinho. Fiz a delação para dar um sossego à minha alma e conforto à minha família.
Cerveró, por sua vez, disse que não conhece o conteúdo da delação premiada de Paulo Roberto. Perguntado pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS), autor do requerimento que levou à acareação, Cerveró negou ter recebido propina.

- Ratifico o que disse antes, que não recebi - disse Cerveró.

- Então se o Paulo Roberto disse que o senhor recebeu ele está mentindo - pergunta Bacci.

- O senhor (Bacci) está fazendo uma ilação. Não conheço o depoimento do Paulo Roberto. Aí é o caminho do "se" - disse Cerveró.

Cerveró confirmou que sua defesa está sendo paga pela Petrobras, mas de forma indireta, por um seguro que cobre acões dos gestores da emprsa.

- A minha defesa está sendo paga pelo seguro, é uma forma indireta. Modelo americano que cobre atos de gestão de diretores e conselheiros. Cobre toda atividade de defesa de gestão desses diretores.
Em seguida, Paulo Roberto Costa negou que tenha se valido do mesmo mecanismo.

- A defesa de Paulo Roberto Costa não pagou um centavo. A defesa de Paulo Roberto Costa quem paga, com muito sacrificio, é Paulo Roberto costa - disse Costa 

Cerveró afirmou que não conhecia esquema ilícito na Petrobrás como um todo. Perguntado que citasse nomes envolvidos no escândalo, Paulo Roberto disse que não declinou nomes no depoimento para Sérgio Moro mas que confirmava tudo que disse ao juiz. 

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que o Brasil "vai ter limpa sem igual".
- Onde está o problema em afirmar o óbvio, que Aécio Neves perdeu a eleição para uma quadrilha? - disse Carlos Sampaio, acrescentando: - Quadrilha havia. Desvio, houve. Propina, inegável. Corrupção não tem coloração partidária. O senhor Paulo Roberto errou, merece críticas. Mas sua mudança de postura trouxe um ganho ao país. O Brasil vai ter uma limpa sem igual.

O deputado perguntou a Cerveró se não tinha corrupção na Petrobrás ou ele desconhecia.

- Desconhecia, logo, não tinha - respondeu Cerveró.

Os dois diretores já foram convocados a depor na CPI Mista. Na primeira vez em que esteve presente na comissão, em 17 de setembro, Costa se recusou a responder as perguntas. Na época, o acordo de delação premiada de Costa ainda não havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, ele preferiu ficar calado para não se comprometer. Pelo acordo, Costa decidiu colaborar com as investigação, tendo em vista uma redução da pena.

Cerveró, por outro lado, declarou, em 10 de setembro, não ter havido desvio de dinheiro na compra da refinaria de Pasadena. Ele também garantiu desconhecer qualquer participação direta do também ex-diretor Paulo Roberto Costa nos acertos empresariais para a compra da refinaria nos Estados Unidos.

Costa está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro depois de ter firmado o acordo de delação premiada. A presença dele na CPI foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da operação Lava-Jato. Moro determinou que Costa fosse escoltado pela Polícia Federal até o Senado, devendo ser “evitada a utilização de algemas”.

SESSÃO DO CONGRESSO PARA VOTAR MUDANÇA EM META FISCAL É SUSPENSA APÓS TUMULTO





Senador Renan Calheiros durante sessão para eleger presidente do Senado em Brasília. 01/12/2013

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu nesta terça-feira a sessão do Congresso que tinha na pauta a mudança na meta fiscal do governo e ordenou o esvaziamento das galerias do plenário da Câmara, que estava ocupada por manifestantes contrários à aprovação do projeto.

Ele decidiu pelo esvaziamento das galerias depois que a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), que estava discursando, havia sido xingada de "vagabunda" pelos manifestantes. 

Renan suspendeu a sessão às 19h53 por cinco minutos, mas ainda não retomou os trabalhos porque os manifestantes não foram retirados das galerias. Deputados e senadores da oposição, que são contra a aprovação do projeto, subiram até o local e estão impedindo que os seguranças retirem os manifestantes.
Antes da votação dos projetos, há dois vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso. 

O governo enviou o projeto ao Legislativo há três semanas e vem tendo dificuldades para conseguir mobilizar os aliados para a aprovação rápida da matéria. Enquanto isso, a oposição tem resistido com manobras de obstrução no plenário e ingressado com ações judiciais no Supremo Tribunal Federal para impedir a tramitação da proposta.

O texto enviado pelo governo permite abater do cálculo da meta de superávit primário, que é a economia feita para pagamento de juros da dívida, a totalidade das desonerações tributárias feitas pelo governo e dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na prática, o projeto desobriga o governo federal de realizar um superávit primário. Governistas argumentam que o projeto é necessário para garantir as desonerações e os investimentos em infraestrutura, já a oposição argumenta que o texto visa livrar a presidente Dilma Rousseff do crime de responsabilidade por descumprimento da meta.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

SANTA CLARA CLAREOU





Recebi quatro convites para este fim de semana. Um foi para ir a Bacabal para o lançamento do loteamento do empresário Osvaldino Pinho, outro foi para ir a Pedreiras para prestigiar o festejo de São Benedito e para o lançamento do CD com músicas exclusivas para o Santo onde assino três faixas, um outro para ficar em São Luis e participar de um grande encontro de amigos promovido pelo Coronel Pimentel e o que resolvi aceitar, por ter dado a minha palavra há várias semanas, foi o de ir até a Ilha de Santa Clara, ilha essa que pertence ao complexo de ilhas da cidade de Humberto de Campos.

A vam passou as três da manhã de sexta feira e após percorrer por vários bairros pegando passageiros, ganhamos a estrada, paramos para um café na zona rural de Morros, e as oito horas estávamos em Humberto de campos. Como era dia de feira, a caminhonete que ia até a ilha, só foi sair as onze e rodando por uma estrada de barro e areia branca, cheia de irregularidades e três perigosas pontes de madeira, as onze horas e quarenta minutos, chegamos na ilha.

Da última vez que fui lá, até agora, pouca coisa mudou, e o que mudou representou muito, foi colocado sobre a areia solta que cobre a cidade, algumas carradas de barro, o que deu mais mobilidade aos automóveis e aos pedestres, e foi calçada com bloquetes de concreto uns duzentos metros  de rua, o que beneficiou algumas residências. Até aí, tudo bem.

Com um trânsito constante, a principal ponte, a que da entrada a cidade, está prestes a cair e precisa de um conserto urgente, pois com a aproximação do inverno, com as chuvas torrenciais que costumam cair na região, a ilha poderá ficar isolada. Logo no começo da estrada, existem dezenas de montes de piçarra para a melhoria da artéria, mas que está lá e, com certeza, nas primeiras chuvas se perderão.

Já dentro da ilha, milhares de bloquetes estão sendo levados pela população, já que o projeto, segundo fontes fidedignas, foi feito apenas para dar votos aos deputados protegidos. Justamente, bem em frente onde estão os bloquetes, o poder público deixa ruir uma escola Municipal, o Jardim de infância Joaquim Simões dos Santos com quatro salas de aula, um refeitório e uma excelente área de lazer. A reforma deste prédio depende de muito pouco, talvez um pouco mais de pulso do Dr. Jam, advogado e vereador da ilha.

 Jam vem fazendo um bom trabalho dentro de Santa Clara, mas, se tiver um pouco mais de força de vontade, se der um pouco mais de pressão no prefeito Deco, pode muito bem fazer uma grande revolução em sua ilha natal.


No mais, a ilha é bela, muito peixe, camarão, sururu, caranguejo e gente bonita, nativos hospitaleiros.

Acordar na ilha é fantástico, o canto do galo, o barulho das ondas, o cheiro de terra, o ruído dos motores ao longe, tudo isso faz de Santa Clara, um sono cheio de sonhos.

Até a volta