Três
nomes são analisados pela diretoria do São Paulo no momento para substituir
Muricy Ramalho como técnico: Abel Braga, o argentino Alejandro Sabella e
Vanderlei Luxemburgo. E as três opções reúnem situações que não permitem
apontar o favorito a assumir o cargo no momento. Os dirigentes ainda não
chegaram a um consenso e tentam definir um alvo principal para avançar numa
negociação.
Confira
abaixo a situação de cada um dos alvos e os prós e contras para um possível
desfecho:
LUXA
Dos
nomes, é o único empregado atualmente, no comando do Flamengo. A situação pesa
contra, pois a diretoria preferia não entrar neste tipo de negócio, que tende a
ser desgastante. Mais: há uma boa relação com a diretoria do Flamengo,
sobretudo entre o presidente Carlos Miguel Aidar e o vice de futebol Ataíde Gil
Guerreiro, do Tricolor, com Eduardo Bandeira de Mello, mandatário do Flamengo.
Aidar já conversou algumas vezes com Bandeira sobre a ideia de criar uma Liga
entre os clubes para fugir do controle da CBF e das demais federações. Uma
investida em Luxa poderia trazer transtornos à relação. Há uma multa pela
quebra de contrato do treinador com o Rubro-Negro, definida pelo clube em dois
salários, algo em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão.
A
favor Luxa tem a simpatia de alguns dirigentes e o bom trabalho que vem
realizando no Flamengo desde o ano passado. Foi semifinalista da Copa do Brasil
e lidera o Campeonato Carioca com um time considerado ajustado e bem encaixado.
Luxemburgo seria, no Brasil, um nome de impacto semelhante ao de Muricy
Ramalho, como disse querer Ataíde Gil Guerreiro logo após a saída do técnico.
ABEL BRAGA
Começa bem por ter sido sugerido por Muricy Ramalho, por quem Ataíde Gil Guerreiro nutre grande respeito. O estilo dos dois técnicos são semelhantes e significaria de certa forma uma continuidade no trabalho, defendida por parte da cúpula. Abel tem currículo vencedor e, até pela análise feita por Muricy, teria credencial para chegar causando impacto no grupo, uma das necessidades diagnosticadas pelos dirigentes nas últimas reuniões.
Abel,
porém, precisaria resolver uma pendência para chegar ao Tricolor. Isso porque o
técnico tem um acordo apalavrado com um time dos Emirados Árabes Unidos. À
ESPN, ele falou que a situação não é definitiva, dando a entender que pode haver
uma reviravolta no acerto com os árabes. Abel também vem de um salário alto no
Internacional, em que recebia acima dos R% 500 mil que a diretoria são-paulina
pagava a Muricy. O perfil do técnico não é o preferido do presidente Carlos
Miguel Aidar.
SABELLA
Argentino tem a simpatia do presidente Carlos Miguel Aidar, cujo perfil aponta para uma decisão mais ousada, segundo quem o acompanha. O argentino já está sendo analisado pela cúpula e viria com uma grande credencial: foi vice-campeão mundial com a Argentina no Brasil ano passado, sendo derrotado na final para a poderosa Alemanha. Também agrada ao técnico argentino a ideia de treinar uma equipe fora do seu país.
Contra
o argentino pesa a adaptação ao futebol brasileiro vista como necessária pelos
dirigentes, ao mesmo tempo em que a equipe se vê em meio a decisões
fundamentais para o restante da temporada. Nas próximas duas semanas, o São
Paulo iniciará o mata-mata do Paulistão e terá as duas últimas partidas da
primeira fase da Libertadores para se garantir nas oitavas de final. Sabella
também tem a intenção de treinar um clube na Europa