O que é HIV?
O HIV é um retrovírus,
classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente
Transmissível. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns, como por
exemplo:
·
período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da
doença;
·
infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
·
supressão do sistema imune.
O que é sistema imunológico?
O corpo reage diariamente aos
ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema
imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de
diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do
organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa
estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e
do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São
esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos
agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer
e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.
O HIV liga-se a um componente
da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se
multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a
capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a
doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes
externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que
tem aids.
IMPORTANTE: Todas as pessoas
diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais
imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos
(coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam,
assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.
Janela imunológica é o
intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção
de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na
maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, esse
período pode variar, dependendo da reação do organismo do indivíduo frente à
infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade).
Se um teste para detecção de
anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a
possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja
infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados
não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja
repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.
É importante ressaltar que, no
período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo
nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não
reagente.
O que são Infecções
Sexualmente Transmissíveis?
As Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São
transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal)
sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja
infectada.
A transmissão de uma IST pode
acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a
amamentação. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida
e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o
tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
A terminologia Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à
expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a
possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e
sintomas.
A transmissão do HIV e, por
consequência da AIDS, acontece das seguintes formas:
·
Sexo vaginal sem camisinha.
·
Sexo anal sem camisinha.
·
Sexo oral sem camisinha.
·
Uso de seringa por mais de uma pessoa.
·
Transfusão de sangue contaminado.
·
Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na
amamentação.
·
Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Condutas que não transmitem a
Aids
É importante
quebrar mitos e tabus, esclarecendo que a pessoa infectada com HIV ou que já
tenha manifestado a AIDS não transmitem a doença das seguintes formas:
·
Sexo, desde que se use corretamente a camisinha.
·
Masturbação a dois.
·
Beijo no rosto ou na boca.
·
Suor e lágrima.
·
Picada de inseto.
·
Aperto de mão ou abraço.
·
Sabonete/toalha/lençóis.
·
Talheres/copos.
·
Assento de ônibus.
·
Piscina.
·
Banheiro.
·
Doação de sangue.
Como é feito o diagnóstico da
AIDS / HIV?
Conhecer o quanto antes a
sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa
que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo
certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de
vida.
Por isso, se
você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou
compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo
HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos
os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra
o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e
nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Os exames podem ser feitos de
forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um
processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado
pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque
Saúde (136).
Além da rede de serviços de
saúde, é possível fazer os testes por intermédio de uma Organização da
Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo. Em todos os
casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar
da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido)
busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse é o período
chamado de janela imunológica.
IMPORTANTE: As mães que vivem com HIV
têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento
recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Quando ocorre a infecção pelo
vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na
primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo
da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse
período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a
infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito
parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos
casos passa despercebida.
A próxima fase é marcada pela
forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações
do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas
doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período,
que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as
células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem
destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções
comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos
linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar
abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor
varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são:
febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa
imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome
por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio
mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua
infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer
de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e
alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar
sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade
de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e
faça o teste.
TRATAMRNTO DE HIV
Os medicamentos
antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação
do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do
sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para
aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir
o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
Desde 1996, o Brasil distribui
gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de
tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações
farmacêuticas, conforme relação abaixo:
Item
|
Descrição
|
Unidade de fornecimento
|
1
|
Abacavir
(ABC) 300mg
|
Comprimido
revestido
|
2
|
Abacavir
(ABC) solução oral
|
Frasco
|
3
|
Atazanavir
(ATV) 200mg
|
Cápsula
gelatinosa dura
|
4
|
Atazanavir
(ATV) 300mg
|
Cápsula
gelatinosa dura
|
5
|
Darunavir
(DRV) 75mg
|
Comprimido
revestido
|
6
|
Darunavir
(DRV) 150mg
|
Comprimido
revestido
|
7
|
Darunavir
(DRV) 600mg
|
Comprimido
revestido
|
8
|
Dolutegravir
(DTG) 50mg
|
Comprimido
revestido
|
9
|
Efavirenz
(EFZ) 200mg
|
Cápsula
gelatinosa dura
|
10
|
Efavirenz
(EFZ) 600mg
|
Comprimido
revestido
|
11
|
Efavirenz
(EFZ) solução oral
|
Frasco
|
12
|
Enfuvirtida
(T20)
|
Frasco-ampola
|
13
|
Entricitabina
200mg + tenofovir 300mg
|
Comprimido
revestido
|
14
|
Estavudina
(d4T) pó para solução oral
|
Frasco
|
15
|
Etravirina
(ETR) 100mg
|
Comprimido
revestido
|
16
|
Etravirina
(ETR) 200mg
|
Comprimido
revestido
|
17
|
Fosamprenavir
(FPV) 50mg/mL
|
Frasco
|
18
|
Lamivudina
(3TC) 150mg
|
Comprimido
revestido
|
19
|
Lamivudina
150mg + zidovudina 300mg (AZT + 3TC)
|
Comprimido
revestido
|
20
|
Lamivudina
(3TC) solução oral
|
Frasco
|
21
|
Lopinavir
100mg + ritonavir 25mg (LPV/r)
|
Comprimido
revestido
|
22
|
Lopinavir
80mg/mL + ritonavir 20mg/mL (LPV/r solução oral)
|
Frasco
|
23
|
Lopinavir/ritonavir
(LPV/r) 200mg + 50mg
|
Comprimido
revestido
|
24
|
Maraviroque
(MVC) 150mg
|
Comprimido
revestido
|
25
|
Nevirapina
(NVP) 200mg
|
Comprimido
simples
|
26
|
Nevirapina
(NVP) suspensão oral
|
Frasco
|
27
|
Raltegravir
(RAL) 100mg
|
Comprimido
mastigável
|
28
|
Raltegravir
(RAL) 400mg
|
Comprimido
revestido
|
29
|
Ritonavir
(RTV) 100mg
|
Comprimido
revestido
|
30
|
Ritonavir
(RTV) 80mg/mL
|
Frasco
|
31
|
Tenofovir
(TDF) 300mg
|
Comprimido
revestido
|
32
|
Tenofovir
300mg + lamivudina 300mg
|
Comprimido
revestido
|
33
|
Tenofovir
300mg + lamivudina 300mg + efavirenz 600mg
|
Comprimido
revestido
|
34
|
Tipranavir
(TPV) 100mg/mL
|
Frasco
|
35
|
Tipranavir
(TPV) 250mg
|
Cápsula
gelatinosa mole
|
36
|
Zidovudina
(AZT) 100mg
|
Cápsula
gelatinosa dura
|
37
|
Zidovudina
(AZT) solução injetável
|
Frasco-ampola
|
38
|
Zidovudina
(AZT) xarope
|
Frasco
|
A melhor técnica de evitar a
Aids / HIV é a pretenção combinada, que consiste no uso simultâneo de
diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em diversos níveis para responder
as necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas
formas de transmissão do HIV.
Intervenções biomédicas
São ações voltadas à redução do
risco de exposição, mediante intervenção na interação entre o HIV e a pessoa
passível de infecção. Essas estratégias podem ser divididas em dois grupos:
intervenções biomédicas clássicas, que empregam métodos de barreira física ao
vírus, já largamente utilizados no Brasil; e intervenções biomédicas baseadas
no uso de antirretrovirais (ARV).
Como exemplo do primeiro grupo,
tem-se a distribuição de preservativos masculinos e femininos e de gel
lubrificante. Os exemplos do segundo grupo incluem o Tratamento para Todas as
Pessoas – TTP; a Profilaxia Pós-Exposição – PEP; e a Profilaxia Pré-Exposição –
PrEP.
Intervenções comportamentais
São ações que contribuem para o
aumento da informação e da percepção do risco de exposição ao HIV e para sua
consequente redução, mediante incentivos a mudanças de comportamento da pessoa
e da comunidade ou grupo social em que ela está inserida.
Como exemplos, podem ser
citados: incentivo ao uso de preservativos masculinos e femininos;
aconselhamento sobre HIV/aids e outras IST; incentivo à testagem; adesão às
intervenções biomédicas; vinculação e retenção nos serviços de saúde; redução
de danos para as pessoas que usam álcool e outras drogas; e estratégias de
comunicação e educação entre pares.
Intervenções estruturais
São ações voltadas aos fatores
e condições socioculturais que influenciam diretamente a vulnerabilidade de
indivíduos ou grupos sociais específicos ao HIV, envolvendo preconceito,
estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias
fundamentais à dignidade humana.
Podemos enumerar como exemplos:
ações de enfrentamento ao racismo, sexismo, LGBTfobia e demais preconceitos;
promoção e defesa dos direitos humanos; campanhas educativas e de
conscientização.
Como forma de subsidiar
profissionais, trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde para o planejamento e
implementação das ações de Prevenção Combinada, o Departamento de IST, HIV/Aids
e Hepatites Virais apresenta um conjunto de recomendações, expressas na
publicação “Prevenção Combinada do HIV: Bases conceituais para profissionais,
trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde".
Espera-se que, a partir da
leitura do documento, tenham-se mais elementos para responder às necessidades
específicas de determinados públicos a determinadas formas de transmissão do
HIV.
Representação gráfica da
Prevenção Combinada
Uma das maneiras de pensar a
Prevenção Combinada é por meio da "mandala". O princípio da
estratégia da Prevenção Combinada baseia-se na livre conjugação dessas ações,
sendo essa combinação determinada pelas populações envolvidas nas ações de
prevenção estabelecidas (população-chave, prioritária ou geral) e pelos meios
em que estão inseridas.
Populações-chave
A epidemia brasileira é
concentrada em alguns segmentos populacionais que, muitas vezes, estão
inseridos em contextos que aumentam suas vulnerabilidades e apresentam
prevalência para o HIV superior à média nacional, que é de 0,4%. Essas
populações são:
·
Gays e outros HSH.
·
Pessoas trans.
·
Pessoas que usam álcool e outras drogas.
·
Pessoas privadas de liberdade.
·
Trabalhadoras do sexo
Populações prioritárias
São segmentos populacionais que
possuem caráter transversal e suas vulnerabilidades estão relacionadas às
dinâmicas sociais locais e às suas especificidades. Essas populações são:
·
População de adolescentes e jovens.
·
População negra.
·
População indígena.
·
População em situação de rua
Durante a gestação e no parto,
pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da aids), e também da sífilis
e da hepatite B para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a
amamentação. Por isso as gestantes, e também suas parcerias sexuais, devem
realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no
parto.
O diagnóstico e o tratamento
precoce podem garantir o nascimento saudável do bebê. Informe-se com um
profissional de saúde sobre a testagem.
Que testes a gestante deve
realizar no pré-natal?
·
Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites.
·
Nos três últimos meses de gestação: HIV e sífilis.
·
Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e
hepatites.
·
Em caso de aborto: sífilis.
Os testes para HIV e para
sífilis também devem ser realizados no momento do parto, independentemente de
exames anteriores. O teste de hepatite B também deve ser realizado no momento
do parto, caso a gestante não tenha recebido a vacina.
E se o teste for positivo para
o HIV durante a gestação?
As gestantes que forem
diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os
medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e, se orientado pelo
médico, também no parto. O tratamento previne a transmissão vertical do HIV
para a criança.
O recém-nascido deve receber o
medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado no serviço de saúde.
Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para a
criança por meio do leite materno
IMPORTANTE: Mulheres com diagnóstico
negativo para HIV durante o pré-natal ou parto devem utilizar camisinha
(masculina ou feminina) nas relações sexuais, inclusive durante o período de
amamentação, prevenindo a infecção e possibilitando o crescimento saudável do
bebê.
O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV (o vírus causador da
aids), e também para diagnostico da sífilis e das hepatites B e C. Existem, no
Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos.
Os testes rápidos são práticos
e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou
com fluido orale fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos.
Quando fazer o teste de HIV?
O teste de HIV deve ser feito
com regularidade e sempre que você tiver passado por uma situação de risco,
como ter feito sexo sem camisinha. É muito importante que você saiba se tem
HIV, para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando que você ganhe muito
em qualidade de vida. Procure um profissional de saúde e informe-se sobre o
teste.
O preservativo, ou camisinha, é
o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo
HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a
gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Além disso, ele evita uma
gravidez não planejada.
Existem dois tipos de
camisinha: a masculina, que é feita de látex e deve ser colocada no pênis ereto
antes da penetração; e a feminina, que é feita de latex ou borracha nitrílica e
é usada internamente na vagina, podendo ser colocada algumas horas antes da
relação sexual, não sendo necessário aguardar a ereção do pênis.
Onde pegar os preservativos?
Os preservativos masculino e
feminino são distribuídos gratuitamente em qualquer serviço público de saúde.
Caso você não saiba onde retirá-los, ligue para o Disque Saúde (136).
Saiba que a retirada gratuita
de preservativo nas unidades de saúde é um direito seu; por isso, não devem ser
impostas quaisquer barreiras ou condições para que você os obtenha. Retire
quantos preservativos masculinos ou femininos você julgar que necessite.
Como usar os preservativos?
Manusear a camisinha é muito
fácil. Treine antes - assim você não erra na hora. Durante as preliminares,
colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso. Só é
preciso seguir o modo correto de uso.
ATENÇÃO: Nunca reutilize a camisinha
e também nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo, pois ela pode se romper ou
estourar.
A PEP é uma medida de prevenção
de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções
sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para
reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer
situação em que exista risco de contágio, tais como:
·
Violência sexual.
·
Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da
camisinha).
·
Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato
direto com material biológico).
A PEP é uma tecnologia inserida
no conjunto de estratégias da Prevenção Combinada, cujo principal objetivo é
ampliar as formas de intervenção para atender às necessidades e possibilidades
de cada pessoa e evitar novas infecções pelo HIV, hepatites virais e outras
IST.
Como funciona a PEP para o
HIV?
Como profilaxia para o risco de
infecção para o HIV, a PEP consiste no uso de medicamentos antirretrovirais
para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus.
Trata-se de uma urgência
médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível - preferencialmente nas
primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da
PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
Recomenda-se avaliar todo
paciente com exposição sexual de risco ao HIV para um eventual episódio de
infecção aguda pelos vírus das hepatites A, B e C.
Onde encontrar a PEP?
A PEP é
oferecida gratuitamente pelo SUS. Veja aqui os serviços que realizam
atendimento de PEP.
Pela Constituição brasileira,
as pessoas vivendo com HIV, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, têm
obrigações e direitos garantidos; entre eles, estão a dignidade humana e o
acesso à saúde pública e, por isso, são amparadas pela lei. O Brasil possui
legislação específica quanto aos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à
discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos,
portadores de doenças crônicas infecciosas e de deficiência.
Por Dr. Otávio Pinho Filho