Um fato
chamou especial atenção de fornecedores do Governo do Maranhão na entrevista
que concedeu o governador Flávio Dino (PCdoB) à Folha de S. Paulo, publicada na
segunda-feira, 7.
Em
determinado ponto, o comunista admite “algum atraso de fornecedores, mas nada
alarmante”.
Após uma
rápida pesquisa no Portal da Transparência do Maranhão, percebe-se que o
conceito de “alarmante” do governador maranhense pode não ser o mesmo do homem
médio – muito menos dos fornecedores com faturas em atraso.
Segundo
dados oficiais, a atual gestão estadual entrou o ano de 2018 com mais de R$ 807
milhões de restos a pagar – ou seja, débitos não quitados do ano anterior -,
quase R$ 200 milhões a mais que os R$ 624 milhões de 2017.
São
valores que só aumentam ano a ano. Por isso, hoje estão nas alturas.
Em 2015,
assim que assumiu o governo, Dino recebeu o Estado com restos a pagar da ordem
de R$ 289 milhões. Quatro anos depois, o valor do “calote” em fornecedores
praticamente triplicou.
Mas não é
“nada alarmante”.
Aguardemos
os dados de 2019, que estarão disponíveis para consulta pública em breve.
Estado
Maior