Em
entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (01), o governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), anunciou novos investimentos e novas medidas para tentar
combater a pandemia do novo coronavírus no estado.
Dino
anunciou que o HTO – Hospital de Traumatologia passou a ser uma unidade de
saúde para atendimento exclusivo para pacientes da Covid-19. O mesmo processo
também já foi iniciado também com o Hospital Carlos Macieira. Serão mais 130
leitos exclusivos para o coronavírus, somente em São Luís, a partir da próxima
semana.
O
governador anunciou que o trabalho para o hospital de campanha já foi iniciado
no Multicenter Sebrae. O tempo da obra deve durar cerca de 20 dias. Também
anunciou que já foram adquiridos mais 70 respiradores para o Maranhão.
Sobre a
decisão judicial que determinou que o Governo do Maranhão decrete o lockdown na
Região Metropolitana, a pedido do Ministério Público, Flávio Dino reafirmou que
vai cumprir a decisão, já que zela pela harmonia entre os poderes. No entanto,
quando a Justiça decidiu pelo reajuste de servidores em 21,7%, o Governo do
Maranhão, por determinação do governador, recorreu.
O
governador diz que o decreto sobre as novas diretrizes para acatar a decisão do
lockdown, será oficialmente divulgado no domingo, dia 03. Mas na coletiva, Dino
já antecipou que existirá uma interrupção de veículos quase total na entrada da
Ilha de São Luís. Anunciou ainda que fará uma restrição das atividades
essenciais, que atualmente funcionam no decreto estadual em vigência. Garantiu
ainda que supermercados e farmácias ficarão funcionando normalmente.
Uma
novidade será a criação de barreiras nas principais avenidas da Ilha de São
Luís, para que só circulem pessoas que trabalhem em serviços essenciais ou que
efetivamente precisem sair temporariamente por questões estritamente
necessárias. Além disso, por conta da inoperância dos bancos, o estado vai
contratar pessoas para organizar as filas na Caixa, onde centenas de pessoas se
aglomeram diariamente para o recebimento do auxílio emergencial.
Por fim,
o governador voltou atrás e recuou de sua decisão de transferir a
responsabilidade a prefeitos, pais de alunos e donos de escolas para decidirem
pela volta das aulas presenciais. Dino assegurou que as aulas presenciais só
devem voltar em junho.
O novo
decreto também apresentará sanções para quem não cumprir as decisões, inclusive
com multas.