terça-feira, 27 de abril de 2021

PARABENS PEDREIRAS PELOS TEUS 101 ANOS - POR PAUL GETTY

 


(In memoriam aos amigos: 

(RAIMUNDO LEAL FILHO E SAMUEL BARRETO e ao meu Pai - O mestre CHIQUITO)

Por Paul Getty

Terra cantada e decantada em verso e prosa com muita beleza por esse imenso Brasil, onde é sinônimo de cultura e arte. O cartão postal do seu coração não despreza o centro dessa cidade, nem esconde a periferia. Em Pedreiras, os apaixonados vivem a dizer que arte e poesia, brotam no solo fértil cultivado, como nascentes de um caudaloso rio, e segundo as Lendas, Estórias e Histórias as pedras se encontram!

Dom Jacinto veja como é bonito/A igreja preparada pro festejo de São Benedito.

Pedreiras de tantas Lendas, mais verdadeira do que a própria Estória ou História? Porém com certeza é um precioso documento que grava, que comove, e fica para sempre na memória do povo. Conhece a velha piada que diz que não pode se esticar a perna em Pedreiras sem antes chutar o traseiro de um poeta? Será então Lenda, Estória ou História que “o poeta é uma mentira que sempre diz a verdade?"

Nossos ouvidos sempre acordam com o som da cidade, com os gritos dos vendedores, com o vozerio na feira, com o som dos alto-falantes, no entanto eu tenho a largura (sorte) de morar num bairro em que se ouve o sino da igreja, um doce som que deleita o santo ouvido, e como dizem as Lendas, Estórias e Histórias! As pedras se alegram e cantam!  Pedreiras minha terra / Minha casa, meu chão / A alegria do meu canto é assim / Pra enfeitar teu coração.

O caminho das pedras vive no limiar da nossa  LINHA IMAGINÁRIA, pois só elas têm o poder de desatar os nós de poesia, os nós cegos do silêncio, e por isso, com razão, acreditando em Lendas, Estórias e Histórias, as pedras em Pedreiras nunca se cansam!  João Muniz, hoje teu boi não dança/João de Bronze, tua arte não me cansa!

Nossa cidade Pedreiras é feita de artistas,  de uma alma poética que não pode ser vista, apenas sentida, de uma musicalidade no silêncio do poema. Outra Lenda, Estória ou História? O som é uma voz que circula o ar e que invade a todos, e permite aos pedreirenses sentir e sonhar. Os sons que tocam no seu coração são os mesmos que tocam na sua alma!

Pedreiras meu pedaço de canção / minha cidade, minha poesia / Verso, universo da minha alegria / Terra onde plantei meu coração.

27 de abril,_ aniversário também da minha amada mãezinha IRIS LANE... beijos no seu coração. Te amo!!!

Paul Getty S Nascimento

Poeta, compositor e membro da APL - Academia Pedreirense de Letras

COLUNA DO JOSÉ SARNEY- A BIBITA PEGOU COVID

 Por José Sarney

O Coronavírus não é o primeiro vírus da era digital. Mas é o que está utilizando todos os instrumentos para proporcionar à sociedade um volume extraordinário de informações, fazendo a população conhecer detalhes da doença — a Covid-19 —, do vírus — o SARS-CoV-2 — e de sua estrutura, os métodos que estão sendo usados pelos laboratórios em suas pesquisas e a opinião de cientistas. São conhecidos os nomes das vacinas, os percentuais de imunização das primeiras doses, os efeitos que podem provocar ao serem tomadas. Mas é tanto conhecimento que até eu, espectador do programa de televisão conduzido pela formosíssima apresentadora Elisa Veeck e pelo dr. Fernando Gomes, fiquei em dúvida sobre qual vacina tomar e consultei David Uip, meu médico há 40 anos, considerado o maior infectologista do Brasil, e ele me respondeu — as vacinas ainda não tinham chegado — o seguinte: “Sarney, a primeira que aparecer, pois a ciência já desenvolveu um nível de segurança e os laboratórios têm uma responsabilidade tão grande que todas são confiáveis e boas.”

Ao compartilhar essa informação com um amigo, ele me contestou, afirmando que a chinesa fulana tinha tal percentual de imunização, a inglesa sicrana tanto, a russa beltrana tanto e assim por diante, com os nomes e suas potencialidades na cabeça, e que estava estudando qual era a melhor. Eu fui incisivo: “Não fique procurando vacina melhor. Não tem melhor, todas são melhores. Em vez de envelhecer, queira que diminua logo a idade dos que são vacinados para chegar a sua vez.” E aí, fui precursor com o David da campanha Vacina Sim, pois para nós a melhor era a seringa na mão, meu braço aberto e feliz por ser vacinado. Vejo com emoção os velhos, como eu, na alegria de serem picados pela agulha condutora da salvação. Quem fica preocupado com a idade nesta hora são as mulheres, para não revelar a sua, e desse modo quando a gente pergunta a elas se já se vacinaram, sempre respondem: “Ainda não, estou esperando chegar a vez de minha idade…”

Mas o que me diz do poder da informação é que presenciei meus bisnetos a discutirem sobre vacina, e Sofia, ao ser perguntada pela prima Júlia “O que é vacina?”, respondeu que é “um remédio que se toma para evitar essa doença que está matando tanta gente”. “Então eu vou vacinar minha gatinha Bibita, para ela não pegar.”

Assim, a Covid está mexendo com tudo. O mais sério é que realmente temos motivos para preocupação. Era uma doença inexistente, e, portanto, nada se sabia dela. Embora os cientistas saibam dos menores detalhes do vírus, precisamos ainda de tempo e muita pesquisa para começar a conhecer os processos de mutação desse insidioso vírus. Todos nós, escondendo, querendo ou não querendo, estamos com o medo. E o medo é tão poderoso que dizia Petrônio, o poeta do Satíricon, que o medo criou os deuses. Estávamos tão desamparados, tão sós, tão perdidos no mundo que precisávamos de quem pudesse nos socorrer. Primus in orbe deos fecit timor.

E no meio dessas indagações, volto à Júlia, que gritou com medo e alarmada: — “Sofia, a gatinha Bibita está espirrando, pegou a tal da Covid”.

José Sarney completou 91 ano, no último sábado (24).

segunda-feira, 26 de abril de 2021

R. CAVALCANTE- PARABENS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS


“Um poeta romântico”, assim ele se auto intitula, como se só o romantismo fizesse parte dos seus escritos. Ele é sim, romântico, mas, é também áspero, é folclórico, é atual, é polêmico, é antigo, é frio, é inflamável, é amável, é explosivo, é humorado, é marginal, é poeta, é Cavalcante, um nome que qualifica todos esses adjetivos e antagonismos e que assina embaixo, a folha de papel por onde passeia a mais bela poesia.

Cavalcante não é só uma bela poesia, ele é um artista completo, em sintonia fina com a perfeição. Desde muito cedo descobriu seus dotes para a arte, seja ela qual for e todas as artes presentes, com suas plásticas e cores, podem muito bem ser dores, ou amores, em uma simples frase desse literato de plantão.

Poeta, poeta e poeta, ele vai muito além. É escritor, cronista, contista, compositor e antropólogo autodidata. Dono de belas canções, ele tem um repertório autoral ainda desconhecido do grande publico. Atuante nos festivais de música de Bacabal, ele já arrebatou muitos deles, seja ele de canções, de samba, de músicas carnavalesca e até de concursos de escolas de samba. No ano passado participou em São Luis do concurso de Samba Enredo da Turma do Quinto que cantou na avenida o centenario de Bacabal.

Algum poeta já imaginou "sem querer, se afastar de sua amada como as folhas de outono?" O compoeta Cavalcante sim. Tendo canções gravadas por Perboire Ribeiro, Beny Carvalho, Luana Magalhães, Chico Lacerda, Josa, Lifanco Kariri, dentre outros, ele é do tipo que pensa em tudo e está presente sempre.

Fundador do TEMOB- Teatro Modelo de Bacabal, com a poetisa, teatróloga e novelista Cledy Maciel, Cavalcante também atuou como ator em peças encenadas pelo grupo. 

Eximio radialista e apresentador de programas de televião, com sua voz marcante, fez história na comunicação de Bacabal.

Compositor contemporâneo de Beny Carvalho, Farias (em memória), Cledy Maciel, Cadoca, Chico Lacerda, Professor Luizinho, Zeneide Miranda, Chico Lacerda, Josa dentre outros, ele foi o grande vencedor do Festival Intermunicipal da Música, com o sucesso “O Preço da Paz”, interpretado por Josa, uma parceria com Perboire Ribeiro.  A música também ganhou novas versões nos discos de Chico Lacerda.

Raimundo Cavalcante é um tudo dentro de um todo artístico e a sua poesia, a sua música, a sua crônica, o seu canto e o seu conto, um dia dobrarão em uma esquina qualquer e ganharão o mundo. 

Quem viver verá.

Pesquisa e texto - Zé Lopes 

Coordenação- Marcela Ferreira 

Direção- Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura  




HISTORIA DE BACABAL - A FACA DE SEU MAURICIO


Seu Mauricio tinha um comércio que vendia de tudo. Para a insatisfação de muitos, ele só tinha uma faca para todos os fins.  Quando alguém perdia um pedaço de toucinho, lá ia ele com a faca, meia barra de sabão, lá ia ele com a faca, um quarto de rapadura, lá ia ele com a faca, uma fatia de bolo, lá ia ele com a faca, um pedaço de queijo, lá ia ele com a faca.

 Certa vez, chegou Chico Fedora e reclamou:

- Porra, Seu Maurício, lave ao menos a porra dessa faca entre cortar uma coisa e outra!!!

E ele tirando a faca do toucinho, esbravejou:

- Sai logo daqui senão eu te furo com ela.



SAI O RESULTADO DA CONEXÃO CULTURAL 4


A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) divulgou na sexta-feira, 23, o resultado final da quarta edição do edital Conexão Cultural. Foram selecionadas 1.000 produções artísticas inéditas, em vídeos, nas mais diversas modalidades culturais, que receberão o recurso de R$ 1.500,00.  A partir da publicação dos resultados, o artista deverá aguardar o recebimento do auxílio.

A análise de vídeo, última etapa do processo, teve como critério produções artísticas inéditas, em vídeo finalizado, para difusão em plataformas digitais de hospedagem aberta (como o YouTube, por exemplo), após a análise dos pedidos de reconsideração de propostas.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, o resultado veio após um árduo trabalho dos servidores da Secma, e da Comissão de Avaliação, na realização de análise documental, de recursos, análise de vídeos, pós-recursos, e finalmente, a aprovação final. O gestor considera que com isso, o governo do estado consegue ajudar muitas pessoas da classe artística, especialmente nesse momento difícil de pandemia.

“Nós conseguimos lançar o resultado do edital Conexão Cultural 4, um edital que visa fomentar a produção cultural em tempos de pandemia, e com esse concurso de vídeo conseguimos contemplar inicialmente 1.000 selecionados. Mas temos ainda pessoas que passaram no edital e que não estavam dentro do número de vagas inicial. Então, estamos trabalhando para conseguir mais recursos e iremos chamar, pela ordem de classificação, à medida que formos conseguindo recursos, até o máximo que consigamos atender nesse momento difícil que sabemos que todos estão passando, principalmente a cultura por estar impedida de exercer a sua atividade cultural de forma plena, devido as restrições impostas pelas autoridades sanitárias, para que a gente possa combater o vírus. Esperamos que com isso possamos fazer com que esses profissionais da cultura possam ter recursos agora nesse momento tão difícil”, disse o secretário.

Segundo o Presidente da Comissão de Seleção Artística do edital, Waldemir Nascimento, as mil produções artísticas selecionadas representam variadas linguagens, como, artes cênicas, literatura, artes visuais, dança, música, cultura popular, entre outros.

Clique aqui e veja o resultado final do Conexão Cultural 4.

LEVY FIDELIX MORRE DE COVID

 


No início da pandemia, aqueles incrédulos com a gravidade da doença, afirmavam que só passariam a acreditar na Covid-19 quando políticos começassem a morrer, e isso também tem acontecido.

Desta vez, a nova vítima fatal da Covid-19 foi Levy Fidelix, presidente e fundador do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), que inclusive disputou a presidência da República em, pelo menos, duas oportunidades.

José Levy Fidelix da Cruz, 69 anos, morreu na noite da sexta-feira (23). Ele estava internado desde março em um hospital particular de São Paulo e morreu por complicações da Covid-19.

Levy Fidelix comandava o PRTB, partido do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

domingo, 25 de abril de 2021

GUIDO DO MARANHÃO - PARABÉNS BACABALX PELOS TEUS 101ANOS


Ele nasceu em Bacabal, foi registrado e batizado com o nome de Esmaragdo Silva Sobrinho, que usa apenas para assinar documentos e no decorrer dos anos, ganhou vários cognomes até se fixar como Guido Maranhão.

Filho do médico Dr. Antônio (ex-prefeito de Bacabal) e da belíssima senhora Maria das Mercês, Guido sempre teve inclinações para a arte e teve a música, sempre, como primeiro plano. Amante da música baiana dos renomados Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Betânia e dos paraenses Ruy Barata, Fafá de Belém, Eloy Iglésias, dentre outros da fina música popular, Guido acabou por aprender a refinar mais o seu ouvido musical.

Extrovertido, inovador, inteligente, amigo, ele sempre soube o que quis e determinado, buscou na capital paraense, o seu curso superior e o refinado gosto pela pesquisa cultural.

De volta a sua terra, Bacabal, Guido dentro das suas aspirações, trabalhou como programador na Rádio Mirante na equipe formada por Hidalguinho, Paulo Campos, Zé Lopes, Abel Carvalho, Maira Nogueira, Evandro, Jomar, Sergio Fernandes, Cláudinha Castro, Darlan Caldas, Sílvio, Carmem Lopes, Natinho Mix, Finey Hendrix, dentre outros.

De musicalidade sempre germinante, até hoje, ele procura aprender mais e mais, e com o cheiro de patichuli e o sabor da castanha do Pará, a sua imaginação ganhou forma e foi amadurecendo a idéia até que por fim, montou o seu próprio espetáculo de música, dança e teatro que foi apresentado com muito sucesso em sua própria casa de eventos, o bar e restaurante Dom Guido.

Amante de souvenires e de antiguidades, ele tem coleções memoráveis de rádios, vinis, instrumentos musicais, fitas k7, louças, pratarias e um monte de outras raridades que, de vez em quando, ele expõe para os freqüentadores da sua casa, e por várias vezes montou brechó no bar e restaurante Dom Guido, para que pessoas levassem para casa, peças de valor incalculável.

Antropólogo autodidata, esse cara é um poço de conhecimentos, tem um acervo musical invejável, um acervo histórico-visual impressionante, é aluno prodígio do tempo em artes, aprendiz contumaz da vida e exímio professor do conhecimento que absorveu.

Guido é bastante viajado, tem no seu currículo um sem número de cidades conhecidas, de tribos, de aldeias, de capitais e já desbravou rios e matas em busca de novos conhecimentos.

Cantor, ele já se apresentou em vários palcos pela cidade, estado e estados, já fez shows com músicas genuinamente maranhenses, fez shows com o fino da MPB, fez show com músicas indígenas e tem no forno um show com os melhores sambas brasileiros que falam no maranhão.

Em sua discografia, consta uma gravação no DVD do bar Cebola Cortada, e também a gravação da toada “Promessa para Santa Terezinha”de autoria de Zé Lopes, no CD “Desanonimato”, uma produção do multifacetado Cláudio Cavalcante.

Guido Maranhão, é como ele mesmo diz, um pacote completo, uma mistura rimada de cultura com loucura. É  a pura pulsação da arte.

Pesquisa é texto  - Zé Lopes 

Coordenação - Marcela Ferreira 

Direção - Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura 




COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 

DOIS HOMENS UMA PAIXÃO UMA TRAGÉDIA

Creuza conviveu sete anos com o senhor Amauri Mendonça Verde, um homem de 70 anos de idade. Ele tinha a moça como um prêmio, mas aqui e ali ocorria uma briga devido ao ciúme que ele nutria pela amada. Os dois moravam no povoado de Pedra da Ribeira, Cajari-MA. Creuza era uma moça muito bonita de 32 anos de idade. A sua família tinha boa condição financeira e ela era proprietária de um comércio de venda de produtos de beleza na cidade de Santa Inês. O homem, com mais do dobro da idade de Creuza, era aposentado da Rede Ferroviária Federal s\a e recebia cerca de R$ 8.700, 00 por mês. Além do mais, ele tinha uma pequena propriedade no povoado de Jeju, Altamira. Nesse local ele criava cerca de trezentas cabeças de gado. Ele tinha uma vida tranquila e não aparentava a idade que tinha. Ele era cafuso, tinha pai negro e mãe índia. Ela era cabocla, tinha a mãe branca e pai índio. Olhando para ele, qualquer pessoa diria que sua idade era de uns 55 anos, impressionante. Mas quem olhasse para Creuza, dizia: essa só tem vinte anos. Mais impressionante, ainda. Pois bem, certo dia os dois foram para uma festa num povoado onde se comemorava dia de São Lázaro, era 17 de dezembro de 2000, fim da primavera brasileira. Creuza e Amauri chegaram no povoado lá pelas 17 horas. Tempo suficiente para um banho, troca de roupa e jantar na casa de Apolinário, amigo de Amauri, homem de 37 anos de idade dono de uma propriedade cuja produção girava em torno de distribuição de cachaça, fumo, mel de abelha e farinha de puba. O jovem era solteiro, educado e elegante. As mulheres da região viam nele um bom partido, mas ele era paciente, não estava disposto a qualquer precipitação quando o assunto era casamento. Pois bem, Creuza tomou seu banho e lá pelas 19hs ela já estava pronta. Trajou-se com um vestido vermelho, sandália preta, um cordão de ouro no pescoço e uma pulseira dourada no braço direito. Seu perfume era “Eau du soir”. Dizem que esse perfume faz os momentos mágicos durarem para sempre e, em certas circunstâncias, leva o homem fraco à loucura. Apolinário olhou para a bela moça e não se conteve: Creuza, você está parecendo uma princesa! Seu perfume cheira jasmim. Amauri é um homem de sorte. Creuza devolveu o recado dizendo: são os seus olhos, mas, mesmo assim, obrigada. Amauri, entretanto, apenas ouviu o gracejo, mas nada falou. Contudo, seu coração acelerou a tal ponto que teve que sentar-se numa cadeira de macarrão que estava de lado, pediu água, bebeu e se acalmou. Passada a agonia, já por volta das 10h, os três saíram da casa de Apolinário e seguiram para a festa. Entraram no recinto e o casal começou a dançar. Lá pelas 23h:30min Apolinário já não suportava mais a vontade de pegar na mão da mulher do amigo e dançar um pouquinho apenas para sossegar a própria alma. Ele já não suportava ficar apenas trocando olhares com a moça, precisava abraçá-la, mesmo que aquilo lhe custasse um furo no abdômen. Assim, Apolinário fez a seguinte pergunta para Amauri: posso dançar uma parte com sua mulher? Respondeu Amauri: ela é quem sabe. Então Apolinário virou-se para Creuza e disse: Vamos? Ela respondeu: sim, vamos. Ninguém sabe o que aconteceu com a cabeça de Apolinário. Talvez a paixão cega, ou um feitiço qualquer, ou até mesmo um passamento ou sabe-se lá o que, mas ele abraçou a moça como se fosse sua namorada. Ele a levou para o meio do salão e talvez tenha sido tomado por algum espírito cego, um Cupido maluco, um Eros enlouquecido ou o amor à primeira vista. Ela, de algum modo, caiu no encanto do jovem comerciante. Na terceira música eles ainda estavam agarrados no meio do salão. Isso tinha tudo para se transformar numa tragédia. Amauri, que era muito ciumento e muito apaixonado pela jovem moça, foi buscá-la no meio da sala. Tocando no ombro de Apolinário, disse Amauri: acho que já basta, venha comigo, Creuza. Essa mulher não pertence mais a você, Amauri, ela gostou de mim e eu gostei dela, disse Apolinário. Nesse momento, Amauri desferiu um soco no rosto de Apolinário e outro em Creuza. Apolinário sacou uma faca de 12 polegadas que carregava na cintura e desferiu em Amauri, Creuza entrou entre os dois e a faca atingiu o seu peito em cheio tendo ela caído ao chão. Vendo Creuza esfaqueada no solo, Apolinário agachou-se para socorrê-la. Nesse instante, Amauri aproveitou e desferiu um profundo golpe no lado esquerdo de Apolinário atingindo o seu pulmão. Em segundos estavam mortos Apolinário e Creuza no meio do salão. Amauri, sem saber o que fazer, foi para a casa de João de Inácia, onde permaneceu até a chegada da polícia que o levou preso. Amauri ficou 9 meses custodiado. Seu alvará foi concedido em 17 de setembro de 2001, quando assinava sua “liberdade provisória” passou mal, foi levado para o hospital onde faleceu uma hora depois de internado. Um dia, ainda preso, ele falou algo muito importante para o carcereiro Anajatuba: “Depois de uma certa idade, a PAIXÃO pode nos causar desgosto e nos levar à tragédia.”



DIAGNOSE- DICA DE SAÚDE ' CATETERISMO

O cateterismo cardíaco é um procedimento que pode ser utilizado para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas, que consiste na introdução de um catéter, que é um tubo flexível extremamente fino, na artéria do braço, ou da perna, até o coração. O cateterismo cardíaco também pode ser conhecido como angiografia coronária.

Este tipo de procedimento pode ser indicado tanto para o diagnóstico de alguns problemas cardíacos, como para o tratamento do infarto ou da angina, pois examina o interior dos vasos sanguíneos e do coração, sendo capaz de detectar e remover acúmulos de placas de gordura ou lesões nestas regiões.

 Como é feito o cateterismo cardíaco Como é feito o cateterismo cardíaco

Para que serve

O cateterismo cardíaco serve para diagnosticar e/ou tratar diversas condições cardíacas, dentre as quais se pode destacar:

Avaliar se as artérias coronárias, que irrigam a musculatura do coração, estão entupidas ou não;

Desobstruir artérias e válvulas, devido ao acúmulo de placas de gordura;

Verificar se existe lesões nas válvulas e do músculo cardíaco;

Verificar a existência de alterações na anatomia do coração não confirmadas por outros exames;

Mostrar em detalhes, caso exista, uma malformação congênita em recém-nascidos e crianças.

O cateterismo cardíaco pode ser realizado combinado com outras técnicas como angioplastia coronariana, técnica utilizada para desobstruir vaso coronariano e pode ser realizada com um implante de um stent (prótese metálica) ou apenas com o uso de um balão, que com elevadas pressões, empurram as placas, abrindo o vaso. Saiba mais sobre como é feita uma angioplastia. 

Também pode ser feito em conjunto com a Valvuloplastia percutânea com balão, usada como tratamento de doenças como das valvas cardíacas como estenose pulmonar, estenose aórtica e estenose mitral. Saiba, também, mais detalhes sobre indicações como é feita a valvuloplastia.

Como é feito o cateterismo cardíaco

O cateterismo cardíaco é feito através da inserção de um cateter ou sonda no coração. O passo a passo é:

Anestesia local;

Realização de uma pequena abertura para entrada do catéter, na pele da virilha ou do antebraço na altura do punho ou cotovelo;

Inserção do catéter na artéria (geralmente, radial, femoral ou braqueal) que será conduzido pelo médico especialista, até o coração;

Localização das entradas das artérias coronárias direita e esquerda;

Injeção de uma substância à base de iodo (contraste) que permite a visualização das artérias e de seus pontos de entupimento por raios X;

Injeção de contraste dentro do ventrículo esquerdo, permitindo visualização do bombeamento cardíaco.

O exame não causa dores. O máximo que pode acontecer é o paciente sentir algum incômodo na picada da anestesia e uma onda passageira de calor no peito quando se injeta o contraste.

A duração do exame varia de acordo com a facilidade em se cateterizar o alvo, sendo geralmente mais longo em pacientes já submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Normalmente, o exame não demora mais que 30 minutos, sendo necessário a seguir, permanecer em repouso por algumas horas e, se não houver problema, pode ir para casa, caso tenha realizado apenas o cateterismo sem outro procedimento associado.

Quais os cuidados necessários

Geralmente, para fazer um cateterismo programado é necessário um jejum de 4 horas antes do exame, e procurar repousar. Além disso, devem ser mantidos em uso somente os medicamentos orientados pelo cardiologista, evitando-se remédios que não foram orientados, inclusive remédios caseiros e chás. Confira quais são os principais cuidados que se deve ter antes e depois de uma cirurgia.

Geralmente, a recuperação do procedimento é rápida, e quando não há outras complicações que impeçam, o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte com recomendação de evitar exercícios vigorosos ou levantar pesos acima de 10 kg nas primeiras 2 semanas após o procedimento.

Possíveis riscos do cateterismo

Apesar de ser muito importante e geralmente seguro, este procedimento pode trazer alguns riscos para a saúde, como:

Sangramento e infecção no local de inserção do catéter;

Lesões nos vasos sanguíneos;

Reação alérgica ao contraste utilizado;

Batimento cardíaco irregular ou arritmia, que pode ir embora sozinha, mas pode necessitar de tratamento em caso de persistência;

Coágulos sanguíneos que podem desencadear derrame ou ataque cardíaco;

Queda da tensão arterial;

Acúmulo de sangue no saco que envolve o coração, podendo impedir que o coração bata normalmente.

Os riscos são mínimo quando o exame é programado, além disso, costuma ser feito em hospitais referência em cardiologia e bem equipados, contendo cardiologistas e cirurgiões cardíacos, pelo sus ou particular.

Estes riscos podem acontecer, especialmente, em diabéticos, portadores de doenças nos rins e indivíduos com mais de 75 anos, ou naqueles pacientes mais graves e em fase aguda do infarto do miocárdico.



Por Dr. Otávio Pinho Filho 

sábado, 24 de abril de 2021

DIANA CAROL THOMAZ - PARABÉNS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS


Não podia ser diferente, ela é filha do maestro e multifacetado instrumentista, Tchacathá com a polivalente Janete Valéria, proprietária do restaurante e casa de show Colher de Pau e é sobrinha do poeta Iremar da Silva e da cantora Tânia Tomaz. Ela é Carol Tomaz. Nascida e criada no meio de artistas, músicos, cantores, poetas, instrumentistas, ela foi formando vários mundos culturais e optou pela música, o que não podia ser diferente.

Dona de uma voz muito agradável, Carol Tomaz tem o carinho dos cantores e compositores de Bacabal e sempre é convidada especial para mostrar sua voz nas apresentações de Gil Estrela, Galego, Marcus Maranhão, Perboire Ribeiro, Zé Lopes, Frahm Almeida, Júnior Manga Rosa, Tchakathá, Grupo Pau Furado, dentre outros. Carol é a novidade da Música Popular produzida em Bacabal, é a xodozinho dos músicos e é um talento que está sempre em desenvolvimento.

Presente nos palcos bacabalenses, ela não canta o trivial e nem o descartável, seu repertório é composto do mais fino naipe da Música Popular Brasileira e o mestre Cartola é o seu artista preferido, seguido da sambista Clara Nunes.

Além de mandar bem os nossos hits mais marcantes, ela não tem freio musical e vai de samba, rock, reggae, canção, numa leitura ímpar com a qualidade e a assinatura genética de seu pai, o velho Tchaca, que é o grande responsável pela ascensão de muitos cantores, músicos e compositores  espalhados por esse mundão de meu Deus.

Carol se arvora em tocar matracas e sacudir o maracá quando o ritmo é bumba-meu-boi, de tocar o surdo quando é samba, de tocar pandeiro quando é chorinho, e isso com a mesma doçura de quando canta uma canção romântica. Carol assina a composição "Carnaval e Poesia" que ela mesmo defendeu no no último Festival de Musicas Carnavalescas de Bacabal.

Carol faz parte do time da nova música maranhense, bacabalense, brasileira, tem nas veias o sangue sonoro das serestas e dos violões madrugados de seu pai, tem suingue  e traquejo para puxar o bloco Vassourinha na avenida nos dias de carnaval e agora já é recambiada pelo pai para cantar para os mais exigentes ouvintes da boa música.

Carol é aluna da Música na Universidade Estadual do Maranhão e também faz parte do ministério de música da Igreja Santa Terezinha. Ela é a própria música, ela é Carol.

Pesquisa e texto - Zé Lopes

Coordenação - Marcela Ferreira

Direção - Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura