terça-feira, 10 de agosto de 2021

LULA DEVERÁ APOIAR FELIPE CAMARÃO PARA GOVERNO DO MARANHÃO

 

Enquanto o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), segue mais uma vez com uma estratégia eleitoral equivocada e não define o nome do seu grupo para as eleições de 2022, vai crescendo o número de defensores da pré-candidatura do secretário de Educação, Felipe Camarão (PT), ao Governo do Maranhão.

Os defensores do nome de Camarão entendem que o excelente trabalho desenvolvido por ele na Educação e até mesmo em outras pastas, lhe credenciam para disputar o cargo. Além disso, o nome de Felipe Camarão poderia ser uma saída salomônica para Flávio Dino.

No entanto, o maior reforço que Camarão pode ter nessa empreitada é o apoio do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, maior nome do PT na atualidade.

Lula tem agenda confirmada para o Maranhão na semana que vem e já tem quem diga que no encontro com Dino, Lula defenderá o nome de Felipe Camarão para o Governo do Maranhão nas eleições do ano que vem.

Felipe Camarão tem dito que é candidato a deputado federal, mas já teve seu nome também cotado como vice-governador na chapa do pré-candidato Carlos Brandão (PSDB) para o Governo do Maranhão. Recentemente, Camarão disse que seu nome está pronto para qualquer desafio que desejar o governador Flávio Dino.

Ou seja, Felipe Camarão segue em stand by e sem descartar nenhuma possibilidade.

MORRE DALVA SANTOS


Faleceu no final desta manhã, a grande artista bacabalense Dalva Santos.

Militante do teatro, ela escrevia, dirigia, atuava e mantinha um curso para formação de novos atores.

Sempre na ativa, em datas especiais, ele sempre tinha novidades para mostrar e era a marca na arte de representar de nossa cidade.

Dalva Santos estava internada em uma casa de saúde de Bacabal com Covid-19, não resistindo às complicações impostas pela doença, vindo à obido.

As homenagens, velório e sepultamento seguem as regras da pandemia.

Que a terra lhe seja leve

DESFILE DE VEICULOS MILITARES É CRITICADO POR FLAVIO DINO

 

Nesta terça-feira (10), no mesmo dia em que acontece a votação da PEC do Voto Impresso pelo Plenário da Câmara Federal, acontecerá um desfile de veículos militares pela Praça dos Três Poderes, em Brasília, para a entrega de um convite ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O convite é relativo a um treinamento que será realizado pelas Forças Armadas.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), tem criticado a iniciativa e afirmado que é uma afronta a democracia.

“Esse desnecessário passeio de veículos militares pela Esplanada é uma provocação e tem cara de ameaça. Evento deveria ser cancelado. Nação precisa de serenidade e paz”, destacou.

Flávio Dino voltou a reiterar sua crítica sobre o desfile dos veículos militares. O governador maranhense disse que a extrema-direita odeia a democracia.

“Hoje vamos assistir à entrega de correspondência mais cara da história: um desfile militar para entregar um mero convite ao presidente da República. O pretexto é tão absurdo quanto o fato. É da tradição da extrema-direita: na falta de votos, apelam a tanques. Odeiam a democracia”, finalizou.

Nesta terça-feira, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido do PSOL e Rede para suspender a exibição dos veículos militares no desfile. Toffoli nem chegou a analisar o mérito do caso, por entender que o assunto, que envolve ato da Marinha, deveria ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

PROJETO SURF ESCOLA FOI APROVADO E BUSCA CAPTAÇÃO DE RECURSOS



O Projeto Surf Escola está aprovado pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte na fase de captação de recursos e tem  como finalidade  promover atividades esportivas para crianças e adolescentes, visando a saúde, o bem estar e o exercício da cidadania. O esporte é um veículo para a educação, a sua prática implica a absorção de valores fundamentais como respeito ao próximo, regras de civilidade e convivência, disciplina e muitos outros.


 O público alvo atinge meninos e meninas de escolas públicas do  município e estado e o objetivo do projeto é a formação do cidadão através do Esporte .

O IDHM do Brasil entre 1990 e 2010 demonstra que houve um crescimento significativo na  educação de 0,337, no entanto, ainda é um índice baixo. A porcentagem de crianças na faixa de 06 a 14 anos em 2010 foi de 1,66 e a porcentagem de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham, e são vulneráveis, foi de 1,76. 



"A fase da pré-adolescência e adolescência são períodos determinantes para o desenvolvimento físico, mental e emocional, os alunos nesta fase precisam expandir seus conhecimentos, possuem também uma necessidade de vínculo e confiança, sentimento de pertencimento e que sua voz seja ouvida, assim buscamos suprir algumas destas necessidades por meio da prática do esporte como uma ferramenta importante na educação, pois o esporte promove o desenvolvimento de individualidades, formação para a cidadania e orientação para a prática social". Finalizou Mauro César, representante da MC Sport, empresa proponente

 Local de funcionamento avenida litorânea



COLUNA DO JOSÉ SARNEY- DOS MUSEUS

 


Por José Sarney

Quando eu era Governador do Maranhão e fazíamos uma verdadeira revolução urbanística em São Luís — abrindo avenidas, construindo estradas e preservando a cidade histórica —, surgiram problemas, como acontece em toda grande transformação urbana. Ouvi isto de um representante do BID quando eu pedia um empréstimo para as obras: “Governador, nosso cuidado com os financiamentos para o Brasil refere-se à qualidade dos projetos. Um bom projeto resulta em diminuição de problemas e melhora dos resultados. Toda obra tem problema.” Seguindo esta advertência, tivemos uma grande preocupação com os projetos, pois deles dependiam as dores de cabeça de uma obra. Mesmo assim não as evitamos. Naquele tempo, os problemas em São Luís foram pequenos e limitados a dois viadutos, que apresentaram duas fissuras.

Foi o bastante para que o nosso grande poeta José Chagas, que escrevia crônicas como ninguém, fizesse uma com o título “Doença dos viadutos”, que serviu para uma gozação danada. Um dos viadutos, no Bairro da Alemanha, foi logo consertado. Deixamos o outro viaduto, o João do Vale, para depois.


Mas os problemas de governar podem ser muito graves. Alguns nos cortam o coração e nos impedem de conter as lágrimas: o fogo no Museu Nacional nos levou a belíssima e jamais recuperável Coleção de Arte Indígena de Raimundo Lopes e objetos raros por ele coletados em anos de trabalho: penas labiais dos urubus, suas técnicas de rede, flechas de osso com o modelo de ferro, braceletes com folhas, pentes de pauzinhos com flores de palma, oriundos do Maranhão, consumidos para sempre.

Felizmente agora está recuperado o Museu da Língua Portuguesa, exemplo mundial das novas técnicas museológicas, num trabalho notável do governo de São Paulo e de organizações como EDP, Globo, Itaú, Sabesp. Mas nem sempre a recuperação é possível, como aconteceu agora com parte da Cinemateca Nacional, quando as chamas foram em busca da memória dos filmes e da documentação sobre o cinema nacional, como roteiros, desenhos de cenas, como se fazia à moda antiga, antes das modernas técnicas do desenho eletrônico e de suas inúmeras capacidades de corrigir, modificar ou apagar. Muitos originais do nosso Glauber Rocha estavam entre os perdidos para sempre.

Assim a memória nacional e a nossa cultura desaparecem nas chamas, que destroem as obras de arte e o trabalho daqueles que, por tantos anos, dedicaram suas vidas para a pesquisa e preservação da memória artística e cultural do País.

Cito, para lembrar a preferência do fogo pelos museus, o incêndio do Museu de Arte Moderna do Rio, no aterro do Flamengo, que destruiu um acervo valioso, reunido com dificuldade — e, claro, irrecuperável. Lembro-me que Sanguinetti, ex-Presidente do Uruguai e grande conhecedor de pintura, lamentava que naquele incêndio tenham sido destruídas muitas obras do Pedro Figari, importante pintor uruguaio, que o Museu detinha.

Mas há por trás disso tudo descaso, desleixo e abandono. Nossos museus vivem de pires na mão, a mendigar verbas a incompetentes e despreparados, gente que não tem apreço pela arte e pela cultura, que as deixam desaparecer e que não aparecem na hora de assumir a responsabilidade.



segunda-feira, 9 de agosto de 2021

LULA NO CONTROLE DAS DECISÕES NOS DIRETÓRIOS ESTADUAIS

 

De acordo com o Portal Metrópoles, caberá ao ex-presidente da República e maior nome do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, controlar as decisões que os diretórios estaduais irão tomar com relação as eleições de 2022.

Interlocutores do ex-presidente Lula dizem que esse será um dos assuntos a serem tratados na reunião marcada para hoje, segunda-feira (09).

Aglutinar o poder decisório no comando do partido foi a forma que Lula encontrou para evitar rebeliões internas na sigla. Nas eleições municipais de 2020, o PT teve de lidar com a pecha de partido desunido em função dos conflitos que surgiram em diversos estados.

No Maranhão, o PT tem sido disputado pelos dois pré-candidatos do grupo político do governador Flávio Dino (PSB), o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT).

O problema é que os dois partidos devem ter candidatura própria para a Presidência da República.

É óbvio que no Maranhão deverá pesar o desejo de Flávio Dino, atualmente maior aliado de Lula no estado. Só que o desejo de Dino, um apoio de Lula para Brandão, pode barrar no PSDB, atual partido do vice-governador.

Flávio Dino segue tentando costurar uma ampla aliança da esquerda e incluindo até partidos do centro, mas se a estratégia não vingar, já tem quem admira que Brandão pode trocar o PSDB pelo PSB. Na semana passada, Brandão fez questão de se reunir com o deputado federal Bira do Pindaré, um dos principais nomes do partido no Maranhão e com muita influência junto a Direção Nacional do PSB.

ESTADO E CAPITAL EM CAMINHOS OPOSTOS


 O Blog do Zé Lopes já havia abordado o assunto na postagem “Os números diferentes da vacinação no Maranhão e em São Luís“, mas infelizmente volta ao tema pelo fato de que o estado maranhense e capital seguem em caminhos opostos na imunização contra a Covid-19.

No fim de semana em que a Prefeitura de São Luís, na gestão Eduardo Braide, terminou de oportunizar a todos os adolescentes entre 12 e 17 anos a primeira dose da vacina, o Maranhão segue com números terríveis na vacinação.

Se São Luís foca em oportunizar novas chamadas para toda a população, já que todos já tiveram a oportunidade de tomar a primeira dose da vacina, o Maranhão está longe de alcançar de vacinar toda a população adulta com a primeira dose.

Se São Luís, merecidamente, recebeu o título de capital brasileira da vacinação, o Maranhão é, infelizmente, o sexto estado que menos vacinou no Brasil, de acordo com os dados do Consócio de Veículos de Imprensa. E a situação do Maranhão só não é pior, justamente pelos números incríveis de São Luís.

Ou seja, se São Luís fosse um estado, seria o estado que mais teria vacinado no Brasil, mas em contrapartida se São Luís não pertencesse ao Maranhão, o nosso estado estaria entre os dois piores na imunização.

Os números além de ligar o alerta para a vacinação no interior maranhense, comprova também o tamanho do mérito da gestão Eduardo Braide.

domingo, 8 de agosto de 2021

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO

 


JESUS CRISTO JULGADO E INJUSTIÇADO

 A condenação e as condições pelas quais ocorreu a morte de Jesus Cristo é um dos assuntos mais debatidos de todos os tempos. O seu julgamento ocorreu em duas dimensões: uma no âmbito judaico e outra no âmbito romano. O Torah, lei israelita, era interpretada pelo Sinédrio, não era muito justa no âmbito processual. Porém, apesar de falha, essa lei exigia, num julgamento, pelo menos duas testemunhas para que se consumasse a característica formal de uma acusação. Sendo assim, jamais alguém poderia ser considerado culpado, unicamente, pela audição de uma só pessoa, está escrito no artigo 19, inciso 15 do Torah e no livro de deuteronômio na Bíblia. O sinédrio era um Tribunal judaico que tinha competência para se pronunciar no âmbito religioso e civil. Era composto por 71 anciãos escolhidos entre as famílias sacerdotais mais influentes de Israel. Jesus viveu num momento em que sua nação estava conturbada, pois ela estava ocupada pelos invasores romanos que cobravam impostos altíssimos para manter Roma. Pôncio Pilatos foi designado pelo Imperador Tibério César para mandar na região que englobava a Galileia, Judéia e Samaria. Pilatos ficou conhecido como um homem que teve uma postura incisiva em defesa de Jesus. Jesus tinha um tipo corajoso de pregar por onde passava. Isso chamou a atenção de César, Caifás, Pilatos e Herodes, todos políticos. O Martírio de Jesus começou com a sua prisão em Getsêmani. A prisão foi à noite e na mesma noite foi julgado e condenado pelo Sinédrio comandado por Caifás. Havia muita gente em Jerusalém, pois a cidade comemorava a Páscoa e muitos se obrigavam a dormir nas cercanias da cidade. Imagine o sírio de Nazaré em Belém, Brasil. Jesus já havia sido muito duro com os camelôs que vendiam na porta do templo, isso deixou muita gente importante insatisfeita, pois interesses financeiros foram contrariados naquela ocasião. A Páscoa era o momento mais esperado pelos comerciantes, pois nela eles amealhavam lucros que os sustentavam o ano inteiro. A firme postura de jesus contra os abusos do comércio irritou os comerciantes. Preso, Jesus foi levado ao Sinédrio, o Sumo Sacerdote Caifás presidia a corte. Caifás, juntamente com outros sacerdotes e o Sinédrio da época interrogaram Jesus, procurando por "falsas evidências": perguntaram a Jesus: “Qual é a essência doutrinária que fundamenta a tua pregação?” Evasivamente Jesus responde a essa pergunta de resposta óbvia: “Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei nas sinagogas e no templo onde se reúnem todos os judeus; nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que me ouviram o que lhes falei; eles sabem o que eu disse”. Logo depois dessa resposta, um guarda deu um tapa no rosto de Jesus, e disse: “É assim que tu respondes ao Sumo Sacerdote?” Jesus, porém, numa desconcertante proposição, imediatamente devolveu a violência do guarda com a seguinte declaração: “Se falei mal, testemunha sobre o mal, mas se falei bem, por que me bates?” (toma). Caifás perguntou a Jesus: “Tu és realmente o Messias, filho de Deus Bendito?” Jesus respondeu: “Eu sou. Vereis o filho do Homem sentado à direita do poderoso e vindo com as nuvens do céu. Caifás ouviu essas palavras e disse: “Não preciso mais ouvir depoimentos de testemunhas, estás condenado por blasfêmia.” Durante o julgamento pelo Sinédrio várias ilegalidades foram praticadas, Primeira ilegalidade: Jesus não poderia ter sido preso durante a noite, principalmente, porque era celebração da Páscoa, o mais importante festejo do calendário judaico. Segunda: O interrogatório não poderia ter sido feito na casa de Anás, mas sim no Sinédrio. Terceira: não era praxe realizar julgamentos nos dias festivos, mas julgaram Jesus. Quarta: não foi dado a Jesus o direito ao amplo exercício de defesa oral. A condução do interrogatório demonstrou que jesus foi condenado antecipadamente. O Sinédrio não foi imparcial. Não houve, em nenhum momento, qualquer consideração à presunção de inocência de Cristo. Quinta ilegalidade: Jesus foi prontamente sentenciado à morte pelas autoridades do Tribunal Judaico. Esse colegiado não tinha competência para aplicar a pena de morte, Pilatos tinha que chancelar o julgamento em nome de Roma. Depois de ocorrer a primeira parte do julgamento, Jesus foi levado à presença de Pilatos. Pilatos morava em Cesária, mas ele estava em Jerusalém para apreciar o famoso festejo israelita. Jesus foi condenado por blasfêmia, mas isso não interessava a Roma, pois isso era religião. Havia a necessidade de se demonstrar que ele era uma pessoa sediciosa como era Barrabás. Perante Pilatos Jesus foi acusado por dois crimes: Incitar o povo a não pagar impostos e por ter se declarado o Messias, portanto, o próprio Rei de Israel. Pilatos, por sua vez, queria apenas averiguar se as acusações de Caifás significavam crime de sedição. Então Pilatos perguntou a Jesus: “Tu és o Rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “Tu dizes”. Então Pilatos se dirigiu aos sacerdotes e à multidão e disse: “Não encontro nesse homem motivo nenhum para condenação.” Pilatos mandou que levassem Jesus à presença do Governador da Galileia, Herodes. Na presença de Herodes Jesus optou pelo silêncio absoluto. Jesus desprezava Herodes, ele o considerava uma raposa. O silêncio de Cristo foi interpretado por Herodes como uma atitude de desprezo pela figura do interlocutor maior. Ele sentiu-se diminuído pelo desdém de Cristo às suas indagações. Na verdade, Herodes queria ver Jesus morto, mas temia causar novo ressentimento ao povo, como aquele mal-estar gerado com a execução de João Batista a pedido de Salomé. Herodes promoveu um gesto de escárnio e mandou vestir Jesus com trajes de Rei e coroa de espinho, mandando-o de volta a Pilatos a fim de que ele desse a sentença final. O segundo encontro de jesus com Pilatos foi mais intrigante. Pilatos perguntou a Jesus: “Tu és o rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “falas assim por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?” Respondeu Pilatos: “Sou, por acaso, judeu? Teu povo e os chefes dos sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?” Respondeu Jesus: “Meu reino não é desse mundo, se meu reino fosse desse mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas meu reino não é daqui.” Pilatos disse a Jesus: “Então, tu és rei?” Respondeu Jesus: “Tu dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz.” Pilatos fez pouco caso das respostas de Jesus ao Sinédrio quando ele afirmou que era o Messias prometido. Para ele a resposta foi teológica e não via seriedade ao ponto de levá-lo à crucificação. Então Pilatos perguntou a Jesus: “O que é a verdade?” Tendo dito isso, Pilatos saiu e foi ao encontro dos judeus e disse: nenhuma culpa encontro nele! É costume entre vós que eu vos solte um preso, na Páscoa. Quereis que eu solte o rei dos judeus? O povo respondeu: “Solte Barrabás!” Com essa resposta do povo, Jesus foi injustiçado, crucificado e morto. Quem errou nesse julgamento, o Juiz, o Tribunal ou o Povo?



CONVERSA DE MARANHENSE - POR HAMILTON RAPOSO

 

CONVERSA DE MARANHENSE.

O maranhense sempre foi um brasileiro diferenciado, não fomos fundados por portugueses, a nossa posição geográfica é indefinida e a nossa linguagem  nos diferencia dos outros brasileiros. 

Falar que está arreliado é o mesmo que dizer que está irritado ou desassossegado. Se esta irritação extrapolou os limites e criou-se uma confusão, costumamos chamar esta situação de cascaria e o indivíduo causador da cascaria é o casqueiro. O casqueiro é diferente do fuxiqueiro, que é aquele que faz o fuxico, o leva e trás. Fuxico é o disse me disse.  O final de todo fuxico é uma grande cascaria.

Em toda cascaria ou fuxicagem você pode ouvir uma pérola maranhense o “eu vou te da-le”, que é o mesmo que bater em alguém. É uma frase ameaçadora, é o extremo da raiva de um maranhense e se alguém de outro estado ouvir de um maranhense o “eu vou te da-le um bogue”, avise para que saia da frente que o maranhense vem raivoso.

O bogue significa esmurrar outra pessoa, é o mesmo que sopapo ou murro. O bogue mais terrível é o bogue no “pé do ouvido”, é terrível, um verdadeiro “pescoção”! Confesso que nunca dei um bogue em ninguém, fiquei somente na vontade, faltaram-me coragem e força física. Em uma ocasião senti vontade de dá um bogue em um colega quando disputava uma lanceada na Praça da Alegria, outra vez foi jogando bolinha e o parceiro não avisou o “casa ou bola porco leitão”. Se você não entendeu, com certeza nunca empinou papagaio ou jogou bolinha de gude.

A desaprovação de uma situação ou quando não tenha nenhum valor ou significado, ou aquilo que não presta, identificamos como fuleragem, tanto que o causador da fuleragem é o fulero ou imprestável ou irresponsável. 

Pior que a fuleragem é a esculhambação, situação onde exista corrupção, malversação pública ou privada ou descuido com a moral. O esculhambado é o grande causador da esculhambação.

Se algo quebrou ou apresentou algum defeito, tenha certeza que está escangalhado e que precisa de conserto. O maranhense não diz que um objeto está quebrado, ele diz que está escangalhado. Se este objeto for um carro e se estiver bastante usado, com certeza este carro é uma “casqueta”

Com certeza se conhece alguém muito econômico, que não gastou dinheiro quando não devia e muito menos quando devia, alguém que nunca divide uma conta e que sempre dá uma desculpa para sair na hora da divisão, este é o canhenga.

Adoeceu, sentiu-se incomodado, pede por ajuda ou por socorro, o maranhense vai dizer “me acode” e se ouvir “me vale ou valha-me”, tenha certeza que é um pedido de clemência ou de ajuda Divina para o seu sofrimento.

O hum, hum ou hém, hém são palavras afirmativas ou negativas, e o seu sentido depende do contexto de quem fala ou de quem ouve. Outras vezes não tem significado nenhum, o maranhense simplesmente ignora a conversa dizendo hum, hum ou hém, hém.

Colocar uma roupa no cabide do guarda-roupa é compreensível, entretanto o maranhense coloca a roupa na cruzeta, ele não fecha o zíper, ele fecha o ríri e ele abotoa a camisa depois de engomada.

O “piqueno ou piquena” não significa o antônimo de grande ou tamanho das pessoas. Referimo-nos à faixa etária ou características infantis. Pode às vezes ter um caráter pejorativo, não sei por que alguns quando chamados de piqueno, devolvia em tom raivoso que piqueno era filho de cego, confesso que nunca entendi esta resposta. 

Não existe expressão mais maranhense que “qualhira ou qualira”. Adoramos ser identificado por qualira, talvez seja a identificação do maranhense em qualquer lugar do mundo, se ele ouve alguém ser chamado de qualira, ele tem certeza que um maranhense está por perto. O qualira pode até ser comparável com gay, fresco ou veado, mas não tem caráter homofóbico. Qualira é um estado de espírito e qualhiragem ou deixar de fazer qualhiragem, é o mesmo que pedir  para uma pessoa deixar de fazer besteira ou chatice, portanto se alguém lhe chamar de qualhira ou qualira,  não se arrilie e nem faça cascaria, sente num mocho e descanse.

Em caso de admiração, ouve-se o “éguas”! Éguas é uma palavra exclamativa e superlativa e utilizada pelo maranhense no sentido de exagero. 

O órgão genital feminino é o xiri, e junto com o qualira formam uma dupla 100%  maranhense, que resistem bravamente a todos os modismos e invasões culturais, são duas hidentidades genuinamente maranhenses. O maranhense não vive sem xiri, sem qualhiragem e sem farinha d’ água!


Texto: Hamilton Raposo

Enviado ao blog pelo radialista Osmar Noleto

DIAGNOSE - DICA DE SAÚDE- AGOSTO LILÁS


Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

A campanha nasceu em 2016, idealizada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), para comemorar os 10 anos da Lei Maria da Penha, reunindo diversos parceiros governamentais e não-governamentais, prevendo ações de mobilização, palestras e rodas de conversa – e desde então vem se fortalecendo e consolidando como uma grande campanha da sociedade no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, que já alcançou um público aproximado de 419.404 pessoas em todo o Estado, de 2016 a 2020.

A Campanha, de forma inédita, produziu material  educativo sobre a Lei Maria da Penha direcionado as  mulheres com deficiência visual, auditiva e mulheres das etnias guarani e terena, as quais receberam cd’s em áudio com narração em braile, DVD’s de libras para mulheres surdas e cartilhas traduzidas nas línguas indígenas.

A Lei 4.069/2016  também criou o programa "Maria da Penha Vai a Escola" e nos anos seguintes foram incorporados outras ações, como: Maria da Penha vai à Igreja, Maria da Penha vai ao Campo, Maria da Penha vai à Empresa, Maria da Penha vai à Aldeia, Maria da Penha vai ao Quilombo, Maria da Penha vai ao Bairro, Maria da Penha vai à Feira.



No estado de Mato Grosso do Sul,  alguns municípios instituíram por Leis Municipais, as suas campanhas “Agosto Lilás”.  Água Clara, Aquidauana, Amambai, Anastácio, Aral Moreira, Batayporã, Bonito, Campo Grande, Caracol, Caarapó, Corumbá, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Ivinhema, Japorã, Juti, Ladário, Maracaju, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde de MT, Rochedo, Sidrolândia e Três Lagoas, têm leis próprias criando a campanha em âmbito municipal.

Além de conseguir a mobilização no estado de Mato Grosso do Sul, a campanha recebeu adesão de diferentes municípios e estados da federação como: Acre, São Paulo, Minas Gerais,  Rio de Janeiro, Pernambuco, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, Dustrito F,ederal, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Ceará, Roraima, Amapá, Amazonas, Espirito Santo, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Rondônia e Sergipe, sendo executada pelos Poderes Legislativo e Judiciário, por diversos órgãos da segurança pública e do sistema de justiça, Universidades,  Sindicatos e outros.

Por Dr. Otávio Pinho Filho