Se depender do presidente da CPMI do 08 de janeiro, deputado federal Arthur Maia (União), a comissão não deverá pautar o caso das joias que envolveria o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da CPMI tem dito que comissão é para investigar os atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro.
“Aviso aos navegantes: CPMI tem o propósito de investigar os acontecimentos do dia 8/1. Não admitirei que seja transformada em um palco de discussões estranhas a esse objetivo. Eventuais denúncias de corrupção ou outros assuntos contra quem quer que seja não serão tratados aqui”, destacou Arthur Maia.
Apesar do posicionamento já claro de Maia, governistas devem insistir na pauta. Os governistas vão afirmar que a tentativa de golpe de Estado no dia da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes fazia parte de um plano para o derrotado nas eleições de 2022 se manter no poder e, assim, “ocultar seus crimes e garantir sua impunidade”.
O deputado federal Duarte Júnior (PSB) já apresentou requerimentos pedindo a convocação do general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid; do tenente Osmar Crivelatti, também ex-ajudante de ordens; e do Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
A senadora e relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD), também já adiantou que irá investigar se há relação entre esse caso denunciado pela Polícia Federal na semana passada e os financiadores dos atos extremistas do 8 de Janeiro.