sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

“TODOS QUE ME ROUBAR EU MATO, TODOS!”, DIZ HOMEM PRESO ACUSADO DE ASSASSINATOS EM BACABAL E SÃO LUÍS GONZAGA DO MARANHÃO



 Por Sérgio Mathias



Uma equipe da Polícia Civil, comandada pelo titular da delegacia de São Luís Gonzaga do Maranhão, Thiago Salgado, juntamente com policiais militares do 15º BPM, lotados no Destacamento daquele município, cumpriram na noite desta quinta-feira (29) mandato de prisão preventiva em desfavor de Francisco Figueredo dos Santos, vulgo “Neguinho”, de 47 anos, residente na rua José Bonifácio, bairro Esperança, em Bacabal.

Francisco é acusado de ter homicidado Natalino Lopes Cardoso, 26 anos, crime esse ocorrido na tarde do dia 05 de janeiro desse ano, na cidade de São Luís Gonzaga do Maranhão.

Natal, como a vítima era conhecida, foi alvejado a bala quando saia de um bar em direção às margens do rio Mearim.



Tido como principal suspeito após as primeiras investigações, Francisco já havia prestado depoimento e confessado o crime, porém, a decretação de sua prisão preventiva só foi assinada nesta quinta-feira pelo Juiz João Paulo Mello, titular da 4º Vara da Comarca de Bacabal, que também responde pela Comarca de São Luís Gonzaga do Maranhão, onde o acusado foi localizado na residência de sua atual companheira.

Ele recebeu voz de prisão ao montar na sua motocicleta para deixar o local. Como a polícia havia feito o cerco Francisco não teve como esbouçar qualquer reação, mesmo estando portando um revolver de calibre 38 com cinco munições intactas.

Regional de Bacabal ele acusou a vítima de ter roubado seis galinhas e um galo do quintal de sua propriedade na zona rural de São Luís Gonzaga do Maranhão, além de arrombar a residência de seu pai e ter furtado peças de roupas, um par de botas e objetos pessoais. Que por esses motivos, no dia do citado crime, estava em bar e enquanto dançava avistou Natal, esperou que o mesmo se afastasse do local, e ao perceber que havia seguido em direção às margens do rio, lhe seguiu. Ao chegar próximo da vítima efetuou dois disparos à queima-roupa com uma arma de fogo. Segundo o próprio Francisco, não teve discussão e nem deu chances de defesa para a vítima que caiu dentro do rio, morrendo em seguida.


Em entrevista concedida ao repórter Romário Alves, que vai ao ar logo mais a partir do meio-dia, no programa Ronda na Difusora (canal 2), apresentado por Randyson Laércio, Francisco também confessa ser autor de outro homicídio, esse ocorrido em 2012, em um bar localizado na rua 10 de Novembro, bairro Esperança, em Bacabal, que teve como vítima um homem de alcunha “Bibi”. A motivação seria o roubo de uma bicicleta. “Ele [Bibi] estava lá, eu saquei a arma e atirei. Foi só um tiro... Ele me roubou e eu matei, eu não minto, não nego”, disse Francisco.

No final da entrevista Francisco foi categórico: “Todos que me roubar eu mato, todos!”.

Francisco Figueredo dos Santos diz já ter prestado serviço como vigilante durante oito anos no Campus da Universidade Estadual do Maranhão, em Bacabal, mas que atualmente trabalha na roça.


Além de responder pelos crimes de homicídio, ele também foi autuado por porte ilegal de arma e ficará a disposição da Justiça.






PELO MENOS R$ 2,1 BI FORAM DESVIADOS DA PETROBRAS, DIZ MPF



São Paulo – Levantamento do Ministério Público Federal mostra que ao menos R$ 2,1 bilhões foram desviados da Petrobras no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.Como o número é referente aos crimes denunciados pelo MPF até agora, é possível que o volume aumente com o avanço das investigações da Polícia Federal.A Procuradoria, no entanto, estima que só na área de Abastecimento, os desvios podem ser da ordem dos 5 bilhões de reais, de acordo com entrevista publicada no jornal O Globo. Ontem, a Petrobras divulgou seu balanço trimestral, mas as perdas acumuladas com os casos de corrupção não foram contabilizadas.Perto de completar um ano de investigações, o Ministério Público Federal criou um site para divulgar informações sobre a Operação Lava Jato. Segundo o balanço divulgado na página, 400 milhões de reais já foram recuperados e 200 milhões de reais em bens dos acusados foram bloqueados.Até agora, 86 pessoas já foram denunciadas. A expectativa é de que, em fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhe ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.Confira quem são e o que dizem os 33 políticos citados na Lava Jato. Veja nos slides os grandes números das investigações da Operação Lava Jato.

Levantamento do Ministério Público Federal mostra que ao menos R$ 2,1 bilhões foram desviados da Petrobras no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.Como o número é referente aos crimes denunciados pelo MPF até agora, é possível que o volume aumente com o avanço das investigações da Polícia Federal.

A Procuradoria, no entanto, estima que só na área de Abastecimento, os desvios podem ser da ordem dos 5 bilhões de reais, de acordo com entrevista publicada no jornal O Globo. Ontem, a Petrobras divulgou seu balanço trimestral, mas as perdas acumuladas com os casos de corrupção não foram contabilizadas.

Perto de completar um ano de investigações, o Ministério Público Federal criou um site para divulgar informações sobre a Operação Lava Jato. Segundo o balanço divulgado na página, 400 milhões de reais já foram recuperados e 200 milhões de reais em bens dos acusados foram bloqueados.

Até agora, 86 pessoas já foram denunciadas. A expectativa é de que, em fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhe ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Veja nos slides a seguir os grandes números das investigações da Operação Lava Jato.

PERDAS COM CORRUPÇÃO PODEM AUMENTAR, ADMITE GRAÇA FOSTER

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, afirmou na tarde desta quinta-feira, 29, em teleconferência a analistas e investidores, que as perdas com corrupção, estimadas pela empresa em R$ 4 bilhões, podem ser maiores, caso novas denúncias de desvios de recursos apareçam.

O cálculo do rombo da corrupção no patrimônio da companhia considerou os projetos firmados com empresas investigadas pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. Do total orçado dos projetos, foram descontados 3%, que seria o pagamento de propina, segundo denúncia feita pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa à Polícia Federal. 

De acordo com Graça, a companhia poderá reavaliar os dados apresentados em seu balanço quanto aos valores imobilizados e contratos relacionados às empresas sob investigação da Polícia Federal. Segundo a executiva, a companhia poderá ampliar o escopo dos contratos sob análise, os períodos e também o valor dos ajustes estimados inicialmente no balanço.

"Novas informações oriundas das investigações em curso podem causar novos ajustes, ampliação do escopo dos contratos e empresas e também do período analisados", disse. "É importante frisar que o período analisado não foi escolhido pela companhia, mas extraído dos depoimentos recebidos como "prova emprestada" pela Petrobrás", acrescentou.

A presidente da estatal informou que foram gastos R$ 150 milhões para dimensionar o tamanho das perdas causadas pela corrupção. O custo diz respeito à contratação dos serviços de consultores internos e também aos gastos com a equipe interna.
Preço justo. Graça Foster disse, ainda, que recomendou ao conselho de administração que não fosse utilizada a metodologia de valor justo para calcular o efeito da corrupção em seu patrimônio. Isso porque considera essa metodologia - em que o valor contábil é corrigido pelo valor de mercado - falha, por utilizar inúmeras variáveis.

Entre as variáveis utilizadas que podem comprometer o resultado da análise dos ativos, Graça cita mudanças de preços e margens de insumos, dos equipamentos, salários, deficiência no planejamento de projetos, contratações de bens e serviços antes da conclusão dos projetos básicos das obras - além da "cartelização de fornecedores, corrupção e sobrepreços".

"Recomendamos ao conselho de administração que não utilizaríamos essa metodologia, por ser uma composição de muitas variáveis", afirmou a presidente da Petrobrás. Em seguida, ela acrescentou que, agora, "o trabalho é fazer uma limpeza dedicada em tudo o que tivermos que fazer". E que a intenção é "ter uma avaliação correta para o patrimônio líquido e o ativo imobilizado". Graça disse também que o esquema de corrupção na empresa não afetou a posição de caixa da petroleira.


new caption PETROBRÁS ADMITE QUE PODE DEIXAR DE PAGAR DIVIDENDOS

A Petrobrás poderá deixar de pagar dividendos aos acionistas se entender que atravessa uma situação de "estresse financeiro". A avaliação é do diretor Financeiro da companhia, Almir Barbassa. Segundo ele, essa é uma prerrogativa da Lei das S.A., mas a companhia ainda não analisa a possibilidade no momento.

"A alternativa poderá ser considerada a depender da avaliação da situação financeira da companhia", afirmou Barbassa.
Segundo ele, "em situação normal de negócio", a política da Petrobrás é remunerar as ações preferenciais e garantir 25% de distribuição do lucro. Mas o diretor frisou que esse pagamento dependerá da avaliação da situação da estatal.

"Há uma possibilidade, e ela não está sendo colocada nesse momento, mas poderá sê-lo, que se refere à não haver pagamento de dividendos. Se uma companhia, qualquer companhia, julga que há situação de estresse financeiro, há possibilidade de não haver pagamento", explicou.

Balanço. O balanço divulgado nesta quarta-feira sem o aval da auditoria independente e sem baixas contábeis frustrou a expectativa de investidores. Entre julho e setembro do ano passado o lucro foi de R$ 3,1 bilhões, queda de 38% em relação ao segundo trimestre de 2014 e de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2013. O Ebitda ajustado foi de R$ 11,7 bilhões - queda de 28% ante mesmo período de 2013.

A companhia atribuiu a queda no lucro líquido ante o trimestre anterior às maiores despesas operacionais, principalmente pela baixa dos valores relacionados à construção das refinarias Premium I (R$ 2,1 bilhões) e Premium II (R$ 596 milhões), devido à descontinuidade desses projetos.

Segundo a empresa, a divulgação dos resultados sem a revisão dos auditores independentes tem o objetivo de atender obrigações da companhia (covenants) em contratos de dívida e de cumprir seu dever de informar o mercado e agir com transparência no episódio da Lava Jato. A companhia diz que entende ser necessário fazer ajustes no balanço para corrigir os valores dos ativos, mas não houve consenso sobre a metodologia adequada para a correção.