Zezim Trabulsi |
Hoje, se Deus não tivesse precisado de um arquivista para arrumar as relíquias do céu. ele estaria entre nós e comemorando mais um ano. Esse iluminado é Zezim Trabulsi.
Tocados pela saudade, todos os instrumentos, uníssonos, celebram em ritmo de festa, esta data. José Trabulsi, bacabalense até na alma, foi um baluarte na arte de fazer cultura. Tocava violão, sanfona, gaita, tinha coleções e coleções de discos, amava música, teatro, sarau e tinha como ídolo, o velho Lua, o Gonzagão, o Luis Gonzaga.
Primeiro filho do casal Alberto Trabulsi e Floripedes, ele é irmão de Graça, Graciete, Rachide, Betico, Eliane, Kenedy e Kalil e foi Zezim Trabulsi quem começou a revolucionar a cultura bacabalense. Animador por excelência, ele deixou marcas por onde passou, foi vereador, dono de radiola, dono de aparelhagem, dirigiu por muito tempo o projeto federal Movimento Brasileiro de Alfabetização com a Mobralteca, teatro volante que levava cultura para todas as cidades do Brasil.
Zezim foi do pelotão de frente do carnaval bacabalense, tentou fazer a liga das escolas de samba, projeto que não chegou a concluir. Espalhafatoso, contador de causos, colecionador de arte, dramaturgo e amante da música, Zezim deixou um legado de relíquias, como vinis, fitas k7, fitas de rolo, revistas, fotos, recortes de jornais, livros raros e muitos souvenis, um acervo invejável que conta a história, não só de Bacabal, mas de grande parte do Brasil.
Zezim era rock, reggae, samba, baião, quadrilha,xote, xaxado. Zezim hoje é choro, tocado nos palcos do céu que sob a batuta de Deus e com um regional de anjos, solam a mais bela canção que faz todas as almas dormirem em paz.
Zezim, hoje a tua saudade é a nossa festa e mesmo ausente, cantaremos para que tua alma se encha de luz e acenda mais uma vela no bolo imaginário que celebra esta data.
Como você continua vivo em nossos corações e na alma desta cidade, parabéns..
SAUDADE ATRABULSADA DE ZEZIM
É uma coisa assim desesperada
Como uma escola que atravessa na avenida
Que salta aos olhos e vai além da vida
É dor que dói sem drogas pra curar
São contas que não dá pra se contar
São flores que não nascem em jardim
É a voz da madrugada
Cantando apaixonada
Uma saudade atrabulsada de Zezim.
Zezim
De souvenir em souvenir
Formaste teu acervo pessoal
Colecionaste montes de canções
Confetes coloridos do teu carnaval
Manchetes e recortes de jornal
O som do “Velho Lua” no vinil
A batucada em cada botequim
Tocava a emoção de se sentir assim
Com uma saudade atrabulsada de Zezim
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