Foi, no mínimo, estranha a nota de utilidade
pública do prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), sobre a operação
do Gaeco em sua residência e também em prédios do Município.
Sem nada explicar sobre as acusações feitas pelo
Ministério Público, o gestor se ateve a atacar a promotora Gabriela Tavernard,
afirmando haver um excesso de fiscalização por parte da membro do MP.
Segundo alegou Dutra, o MP já enviou mais de 2 mil
pedidos de informações a respeito das mais diversas ações da Prefeitura,
principalmente dos processos de licitação.
E ainda de acordo com o prefeito, o Município
enviou 90%. Dutra se diz alvo de perseguição – tanto ele quanto a primeira-dama
e supersecretária Núbia Dutra – pela promotora e ameaçou ao dizer que vai
buscar os meios cabíveis para denunciar Gabriela Tavernard.
O que o prefeito não disse é que o MP, sempre que
provocado, investiga irregularidades na aplicação do dinheiro público e com sua
administração não poderia ser diferente.
Dutra não explicou os problemas encontrados pela
promotora no contrato com a Liberty Serviços e Comércio e a denúncia (que
motivou investigação do MP) de que funcionários da limpeza recebiam a menos que
o previsto.
Pelo visto, para o prefeito, a melhor defesa é o
ataque. Só não se sabe se a população de Paço do Lumiar vai concordar com a
estratégia.
Estado Maior
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