AO CAJUEIRO DO CANTO
No Canto do Caju, que não mais canta,
Tombaste ao vento, velho sonhador.
De fruto doce e azedo, és a planta
Que abrigou farras, risos e calor.
Tua sombra generosa nos regia,
Testemunhando a farra e a verdade.
Regado a goles que a noite servia,
Cresceste forte em pura liberdade.
Não morres, não! Tu vives na memória,
Nos causos soltos ao sabor do vento.
És tronco firme na nossa história,
És riso ecoando num novo tempo.
E mesmo ao chão, na terra a repousar,
Teu nome e glória hão de ficar!
Otávio Pinho Filho

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