BALAIO DE AMORES
Lereno Nunes
Nossa terra querida, onde encontramos a vida,
Cheia de cores múltiplas misturadas,
Entre crianças que brincam nas calçadas,
Quintais ocultos por fachadas vivas e abraçadas,
Abertas por portas que acolhem o nosso tempo menino.
Fomos ao mundo, mas tudo ficou,
Na porta dos fundos que ao tempo guardou
A chave seleta de imagens benditas :
O pé de goiaba franzino e alcançado,
Gaiolas ao tempo, redemoinhos alados
Que piam e sempre nos tentam alcançar,
Ao movimento abrupto das curtas corridas,
Bola de meia ao chute indefensável,
E entre os amigos iguais, a mesma chave
Abrindo a ciência das belas e saudosas cantigas.
Nos jornais, figuras elucidativas,
Sob a fome altiva de tantos Bacabais...
Eis-me a sonhar! Eis-me a sorrir!
De onde nunca haveremos de partir.
Lereno Nunes

Nenhum comentário:
Postar um comentário