DESALEGRIA
A velha orquestra embalava a multidão
E eu cheirava o teu lança perfume
O pierrot chorava de ciúme
A colombina ria no salão.
A máscara no rosto do fofão
O medo no olhar do arlequim
O samba que morreu dentro de mim
Deixou todo um cordão na solidão.
Batendo a lata da desalegria
Bebendo em doses a desarmonia
Cantei a marcha- rancho do horror
E vi meu carnaval perder a cor
Aquilo que eu pensava ser amor
Não passa de uma mera fantasia.
Zé Lopes

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