EIS
E eis que a madrugada te canta
A poesia da insônia em busca do sonho que não vem
E eis que as horas passam como a letargia
Dos desejos que se vão com o tempo infindo
E sem limites
E eis que os olhos não vêem que a vida segue mansa e sem destino
Sem tino em desatino como a doce agrura do bem-querer
E eis que os sonhos calam diante das guias que falam do cio
Do frio que chega sem querer ao fim
E eis que faltam palavras
E eis que a poesia cala
E eis que falta a fala
E eis que mais um dia chega ao fim
Abel Carvalho

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