terça-feira, 9 de abril de 2013


A PRINCESA DO MAR
          Fiquei muito feliz quando o Dr. Gilmar, um dos advogados mais conceituados do estado e o escritor mais premiado, me pediu que revisasse e prefaciasse o seu novo livro. Dono de uma literatura fantástica, eu não apenas li , mas entrei nas suas estórias e me senti parte delas. Nada mais a falar, o prefacio pala por mim.

 PREFACIO
          O menino Gilmar Pereira Santos é um predestinado, iluminado e abençoado produtor de ilusões. Sempre ameaçado por estórias fantásticas, ele veste a sua armadura e com a espada da inspiração, digladia, e não se deixa vencer, colocando em páginas e páginas, acontecimentos que só não vão, além da sua imaginação.
                        Refinado e sempre atento ao novo, Gilmar Pereira está constantemente vencendo concursos com seus livros cheios de textos apoteóticos, com figuras do lendário popular, figuras palpáveis e até com aliens e monstros que habitam as profundezas do mar, temas principais deste livro. Dono de uma escrita ondulada, ele intercala antagonismos onde tempestade e calmaria se irmanam no mesmo parágrafo, assim como medo e coragem, choro e riso, doença e cura, vida e morte.
                        Gilmar Pereira é um pensador que se escalaria no mesmo time de Machado de Assis, Arnaldo Jabor, Josué Montello, Júlio Verne, Gabriel Garcia Márquez, Kafca, Umberto Eco, Ken Follett, Vitor Hugo, Mário Vargas Llosa e outros poucos que pensaram ou pensam, como mexer no subconsciente popular com suas estórias que nem mesmo a própria história, seria capaz de (re) produzir. 
                        Nesse PRINCESA DO MAR, o nosso contista nos leva a lugares nunca antes imaginados, paraísos exuberantes e infernos catastróficos. Ele sabe como ninguém, usar personagens folclóricas como os tritões e as sereias, junto com exércitos de criaturas estranhas, aliens, inocentes meninos, senhoras tecelãs, velhos ociosos e valentes pescadores, o que faz da sua literatura, uma obra ímpar, dona do seu próprio nariz, ou melhor, dona dos sete mares, de todos os mares e mais, se tiver.
                        O que sai da fértil imaginação de Gilmar Pereira alcança os extremos, tanto do mar como da terra, e assim como o canto da sereia Serena foi ouvido a dezenas de quilômetros da praia, o seu tino de tornar o fantástico muito mais fantástico, alcançará o gosto do seu público alvo, que é o infanto-juvenil.
                        Usando atores de sua terra natal, Penalva, como coadjuvantes e principais, esse inventor de lendas sabe como distribuir a sua infância dentro das estórias, e embora escrevendo sempre na terceira pessoa, muito de si, está contido nessas perigosas e fascinantes odisséias terrestres e marítimas.
                        Gilmar Pereira já alcançou a maturidade que tanto perseguiu e a grande faixa de praia,  por onde caminha a sua história, leva-lhe a vilas cheias de felicidade, com anjos caídos e piratas fantasmas, castelos e guerreiros de areia, navios e casebres abandonados, mortos-vivos e vivos-mortos, aliens e naves espaciais, moradias e lugares mirabolantes, riachos e mares ainda inexplorados, lutas e batalhas entre homem e homem, animal e animal, homem e animal, objetos e seres ainda impensados, tudo dentro de uma harmonia distribuída em dez contos.
                       Gilmar Pereira, o menino Gilmar, é um amante da arte, de todo tipo de arte que dá prazer, e consegue, dentro de seu ser adulto,  a principal virtude, que é a arte de todas as artes. Gilmar Pereira não deixa de ser criança, uma eterna criança, que semeia estórias para todos os séculos e séculos sem fim.

Zé Lopes



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