A
PRINCESA DO MAR
Fiquei muito feliz
quando o Dr. Gilmar, um dos advogados mais conceituados do estado e o escritor
mais premiado, me pediu que revisasse e prefaciasse o seu novo livro. Dono de
uma literatura fantástica, eu não apenas li , mas entrei nas suas estórias e me
senti parte delas. Nada mais a falar, o prefacio pala por mim.
PREFACIO
O menino Gilmar Pereira Santos é um
predestinado, iluminado e abençoado produtor de ilusões. Sempre ameaçado por
estórias fantásticas, ele veste a sua armadura e com a espada da inspiração,
digladia, e não se deixa vencer, colocando em páginas e páginas, acontecimentos
que só não vão, além da sua imaginação.
Refinado e sempre atento ao novo, Gilmar Pereira está constantemente vencendo
concursos com seus livros cheios de textos apoteóticos, com figuras do lendário
popular, figuras palpáveis e até com aliens e monstros que habitam as
profundezas do mar, temas principais deste livro. Dono de uma escrita ondulada,
ele intercala antagonismos onde tempestade e calmaria se irmanam no mesmo
parágrafo, assim como medo e coragem, choro e riso, doença e cura, vida e
morte.
Gilmar Pereira é um pensador que se escalaria no mesmo time de Machado de
Assis, Arnaldo Jabor, Josué Montello, Júlio Verne, Gabriel Garcia Márquez,
Kafca, Umberto Eco, Ken Follett, Vitor Hugo, Mário Vargas Llosa e outros poucos
que pensaram ou pensam, como mexer no subconsciente popular com suas estórias
que nem mesmo a própria história, seria capaz de (re) produzir.
Nesse PRINCESA DO MAR, o nosso contista nos leva a lugares nunca antes
imaginados, paraísos exuberantes e infernos catastróficos. Ele sabe como
ninguém, usar personagens folclóricas como os tritões e as sereias, junto com
exércitos de criaturas estranhas, aliens, inocentes meninos, senhoras tecelãs,
velhos ociosos e valentes pescadores, o que faz da sua literatura, uma obra
ímpar, dona do seu próprio nariz, ou melhor, dona dos sete mares, de todos os
mares e mais, se tiver.
O que sai da fértil imaginação de Gilmar Pereira alcança os extremos, tanto do
mar como da terra, e assim como o canto da sereia Serena foi ouvido a dezenas
de quilômetros da praia, o seu tino de tornar o fantástico muito mais
fantástico, alcançará o gosto do seu público alvo, que é o infanto-juvenil.
Usando atores de sua terra natal, Penalva, como coadjuvantes e principais, esse
inventor de lendas sabe como distribuir a sua infância dentro das estórias, e
embora escrevendo sempre na terceira pessoa, muito de si, está contido nessas
perigosas e fascinantes odisséias terrestres e marítimas.
Gilmar Pereira já alcançou a maturidade que tanto perseguiu e a grande faixa de
praia, por onde caminha a sua história, leva-lhe a vilas cheias de
felicidade, com anjos caídos e piratas fantasmas, castelos e guerreiros de
areia, navios e casebres abandonados, mortos-vivos e vivos-mortos, aliens e
naves espaciais, moradias e lugares mirabolantes, riachos e mares ainda
inexplorados, lutas e batalhas entre homem e homem, animal e animal, homem e
animal, objetos e seres ainda impensados, tudo dentro de uma harmonia
distribuída em dez contos.
Gilmar Pereira, o menino Gilmar, é um amante da arte, de todo tipo de arte que
dá prazer, e consegue, dentro de seu ser adulto, a principal virtude, que
é a arte de todas as artes. Gilmar Pereira não deixa de ser criança, uma eterna
criança, que semeia estórias para todos os séculos e séculos sem fim.
Zé Lopes
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