quinta-feira, 24 de outubro de 2013

JUIZ DO CNJ AFIRMA QUE O MARANHÃO É O ESTADO ONDE SE MATA MAIS PRESOS


Juiz Douglas Martins, do CNJ, criticou elevado número de detentos mortos em presídios locais (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Ministério Público enviou um representante ao Maranhão para avaliar a situação das unidades prisionais em São Luís. O conselheiro Mário Bonsaglia visitou o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, mas a entrada da imprensa não foi permitida.

Durante a vistoria, o juiz-auxiliar do Conselho Nacional de Justiça, Douglas Martins chamou a atenção para a violência nos presídios maranhenses. "Talvez a marca principal do Maranhão seja o número exagerado de mortes. O Maranhão hoje é o Estado em que mais presos são assassinados e, agora, é o Estado em que a organização das facções criminosas em presídios começou a atingir a comunidade fora, de forma mais forte", disse.

A visita do Conselho Nacional às unidades prisionais da capital começou pela Casa de Detenção, local onde ocorreu uma rebelião no dia 9 de outubro, quando 10 detentos morreram e cerca de 20 ficaram feridos.

Depois da visita à Cadet, o representante do Conselho Nacional do Ministério Público disse que viu a unidade prisional completamente destruída. "Pude ver muita precariedade também", disse Mário Bonsaglia. Além da Cadet, será realizada visita ao Centro de Detenção Provisória, ao presídio feminino, e à Central de Custódia de Presos de Justiça do bairro do Anil.

Para a Ordem dos Advogados do Brasil, que também acompanha a visita, o problema no sistema penitenciário no Maranhão é a falta de vagas no interior do Estado. "O preso do interior tem que ficar no interior. Aí é desarticulada a necessidade de organização criminosa para defender os direitos dos presos", disse Antônio Pedrosa, representante da OAB-MA.

Depois de visitar às unidades prisionais da capital, o representante do Conselho Nacional do Ministério Público se reuniu com membros do Ministério Público Estadual. Quinta-feira (24), se reúne com a governadora Roseana Sarney.

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