Ministério Público enviou um representante ao Maranhão para avaliar a
situação das unidades prisionais em São Luís. O conselheiro Mário Bonsaglia
visitou o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, mas a entrada da imprensa não
foi permitida.
Durante a vistoria, o juiz-auxiliar do Conselho Nacional de Justiça,
Douglas Martins chamou a atenção para a violência nos presídios maranhenses.
"Talvez a marca principal do Maranhão seja o número exagerado de mortes. O
Maranhão hoje é o Estado em que mais presos são assassinados e, agora, é o
Estado em que a organização das facções criminosas em presídios começou a
atingir a comunidade fora, de forma mais forte", disse.
A visita do Conselho Nacional às unidades prisionais da capital começou
pela Casa de Detenção, local onde ocorreu uma rebelião no dia 9 de outubro,
quando 10 detentos morreram e cerca de 20 ficaram feridos.
Depois da visita à Cadet, o representante do Conselho Nacional do
Ministério Público disse que viu a unidade prisional completamente destruída.
"Pude ver muita precariedade também", disse Mário Bonsaglia. Além da
Cadet, será realizada visita ao Centro de Detenção Provisória, ao presídio
feminino, e à Central de Custódia de Presos de Justiça do bairro do Anil.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil, que também acompanha a visita, o
problema no sistema penitenciário no Maranhão é a falta de vagas no interior do
Estado. "O preso do interior tem que ficar no interior. Aí é desarticulada
a necessidade de organização criminosa para defender os direitos dos presos",
disse Antônio Pedrosa, representante da OAB-MA.
Depois de visitar às unidades prisionais da capital, o representante do
Conselho Nacional do Ministério Público se reuniu com membros do Ministério
Público Estadual. Quinta-feira (24), se reúne com a governadora Roseana Sarney.
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